segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Do alto dos meus vinte e seis!

Do alto dos meus vinte e seis já percebo que o fôlego não é o mesmo de outrora...

Do alto dos meus vinte e seis já me considero velho para algumas atividades e novo demais para outras...

Do alto dos meus vinte e seis já sei que minha paciência não é mais a mesma...

Do alto dos meus vinte e seis já percebo que estou sendo ultrapassado por novos talentos em qualquer uma das atividades que me considerava o “Tal”...

Do alto dos meus vinte e seis ainda resisto ao vício do celular, mas também não sei até quando...

Do alto dos meus vinte e seis já não cometo mais os mesmos erros de antigamente...

Do alto dos meus vinte e seis percebo que até bem pouco tempo atrás eu completava 15 e jurava jamais chegar aos 30...

Do alto dos meus vinte e seis percebo que já estou mais para um trintão do que para um juvenil de 17...

Do alto dos meus vinte e seis percebo que meus sonhos aos poucos estão se concretizando, e que tudo o que desejo aos poucos vem se realizando...

Do alto dos meus vinte e seis já não gosto mais de agitações, som alto e zoeiras, prefiro descansar ou até mesmo praticar esporte...

Do alto dos meus vinte e seis já encontrei a mulher dos meus sonhos...

Do alto dos meus vinte e seis conquistei várias formações em diferentes áreas...

Do alto dos meus vinte e seis ainda não me tornei ranzinza...

Do alto dos meus vinte e seis posso perceber que faço o que amo...

Do alto dos meus vinte e seis ainda teimo em torcer fanaticamente pelo Criciúma Esporte Clube...

Do alto dos meus vinte e seis ainda me considero um adolescente e uso o corte de cabelo como tal...

Do alto dos meus vinte e seis ainda não venci completamente o TOC...

Do alto dos meus vinte e seis ainda estudo e leio nas madrugadas mesmo sabendo que isso me deixa cansado no dia seguinte...

Do alto dos meus vinte e seis ainda leio vários artigos da Wikipédia sem relevância nenhuma...

Do alto dos meus vinte e seis ainda lembro-me do título de futsal da 3ª série como se fosse ontem, mas já faz 16 anos...

Do alto dos meus vinte e seis ainda acordo de bom humor...

Do alto dos meus vinte e seis posso contar os verdadeiros amigos com as mãos...

Do alto dos meus vinte e seis ainda lembro o nome da imensa parte dos meus alunos...

Do alto dos meus vinte e seis percebo que o maior tesouro que possuo é minha família...

Do alto dos meus vinte e seis ainda falo com gatos...

Do alto dos meus vinte e seis percebo que além de falar com gatos, falo sozinho e isso é corriqueiro...

Do alto dos meus vinte e seis ainda escuto as mesmas músicas de quando eu tinha dezesseis...

Do alto dos meus vinte e seis percebi que alguns simplesmente somem...

Do alto dos meus vinte e seis acumulei incontáveis erros, mas aprendi com a maioria deles...

Do alto dos meus vinte e seis já sei que não posso mais desperdiçar um só segundo...

Do alto dos meus vinte e seis já decepcionei muita gente, mas também arranquei inúmeros sorrisos de várias...

Do alto dos meus vinte e seis e nada mais...



segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Mais um desafio concluído...Não há estrada sem fim!

No dia de hoje comemoro mais uma conquista, minha segunda faculdade, minha terceira habilitação! Desta vez festejo a conquista do diploma que me concede a Licenciatura em Informática, um campo que sempre flertei por vários anos.

Nesta nova caminhada iniciada no ano de 2012 procurei estudar de que forma poderia aliar em sala de aula os conhecimentos da Geografia com o mundo cibernético. Dessa faculdade de informática surgiram vários projetos que até hoje mantenho, como o Blog do Futsal Clube Rio Sul Gym, o WebGeo e este mesmo blog "Relatos de um Homem de Bom Coração".


Colhi ótimos resultados nos anos de 2013 e 2014 nas escolas "Filho do Mineiro" e "Colegião" com o desenvolvimento das provas onlines. Projeto que utilizei para o trabalho de conclusão da minha graduação, o TCC. Enfatizo que em ambas as escolas cortei um "dobrado" para convencer alunos a participarem deste novo método.


Agradecimento no fim da apresentação do meu TCC.

Sobre o curso...

O meu curso era pra ser presencial, porém tinha uma demanda para EaD também, o que me levou a estudar pela primeira vez nesta modalidade. Como um bom estudantes, pouco faltei e tentei colecionar bons artigos e notas. Mudei e construí novos conceitos sobre a Educação a distancia, afinal, muito se iludem com a metodologia e acreditam que podem a qualquer momento "Comprarem seu diploma".

Como conhecia área tive facilidade em um alto número de disciplinas, mas em algumas, amigo...complicou, amarguei noites e mais noites estudando disciplinas extremamente técnicas e lendo os belos slides da professora Crislaine, aliás, uma menção honrosa a mesma, afinal, a mesma conduziu aproximadamente 50 pessoas da minha turma ao sucesso.

Fiz muitas amizades durante o meu curso, destaco as que fiz com Márcio, Jaqueline, Carina, Joana e Lidiane. Estes amigos sempre próximos de mim riam das minhas babaquices e brincadeiras de sala (Aos meus alunos: Não façam isso durantes minhas aulas, ok? haha).

Em resumo, só posso dizer que o curso me ofereceu bom material didático e trocas de experiências de grande valia. Creio que senti na pela as dificuldades de se estudar na modalidade EaD, afinal, por vezes estávamos longe da tutora (Esta que fazia milagres!)

Uma lição em poucas palavras...


Tenho a plena consciência que eu  poderia ser mais um jovem acomodado com minhas aulas e demais atividades que desenvolvo, afinal, já havia concluído minha graduação e deveria descansar. Mas...Topei este novo desafio, e confesso, quis por vezes desistir e até chorei com medo de reprovar, quem aqui nunca, né?!


"Jamais siga os passos meus, você vai ver
Que eu estou tão perdido quanto você".

Lucas Silveira, Vida, Biografia em Ré menor.


Adotei como pensamento central várias frases que ouvia por aí, experiências de amigos e decidi definitivamente não desistir (Cheguei muito perto em 2013). Das frases, são estas que você acompanhou ao longo do texto, das experiências, tentei tirar o melhor, esquecendo aquelas que diziam:

"Mais uma faculdade? Por quê?" 
"Vai ganhar mais com isso?"

Sei que esta conquista pode soar simples ante a tudo o que lemos referente aos casos de superação, mas sim, sou um exemplo para alunos e demais jovens que sonham estudar. 

Meus amigos, o conselho que lhes deixo é sempre escutar somente as críticas construtivas, tudo que for destrutivo, esqueça, apague e delete! A inveja e a falta de altruísmo de seus inimigos só servem para te derrubar!

"Há muito tempo, eu aprendi
Que os inimigos são pra nos testar
Aprenda o que eles têm pra te ensinar
Porque eles sabem tudo de você!"

Lucas Silveira, Vida, Biografia em Ré menor.

Pra finalizar, deixo aqui algumas das palavras que mais ouvi como ferramenta motivacional nestes longos 4 anos.

"Evite o coitadismo, brigue pelo o que é seu, pelos seus sonhos".




Concluído!



segunda-feira, 20 de julho de 2015

Saudades do que nunca vivi...O STS Colegião que só ouvi falar...

Em um dos muitos dias de minha vida em que sou acometido pelo mal da insônia paro refletir sobre fatos ocorridos em meu cotidiano, isso é absolutamente normal, afinal, todos pensam em várias coisas antes de pegarem no sono, é algo universal.

Neste dias estava analisando criticamente um vídeo de uma turma que encerrara seu ciclo na escola EEB Sebastião Toledo dos Santos, o ano era 2007, no mesmo momento em que assistia pensei:

-Nossa, que rapaziada integrada e inteligente, utilizavam o Movie Maker e o youtube há quase uma década, que inveja!

Contudo, ao reparar os integrantes do vídeo tive uma grata surpresa, afinal, alguns deles tinham sido meus colegas no de 2004, ano que finalizamos a 8ª série (9ºano). E me lembrei com exatidão que muito comentávamos sobre as possibilidades de estudarmos fora do EEB irmã Edviges.

Muitos falavam do Colegião, era uma escola muito famosa e também sede de grandes eventos escolares, contudo, não me empolguei, e vários colegas partiram com destino a SATC e ao Colegião, fiquei na mesma escola por comodismo, admito.

E neste lapso de alguns segundos vendo o início do vídeo comecei a me imaginar integrante de todas as situações relatadas, afinal, tudo no vídeo parecia estimulante e retratar um escola especial. Lembro-me também que como aluno de fora do Colegião participei de vários eventos na escola, principalmente torneios e campeonatos de futsal, como aficionado, não poderia ficar de fora.

Ainda sobre o vídeo, ao questionar alguns colegas percebemos que a escola, o Colegião, está visivelmente mal cuidado, e com sua população reduzida, uma escola que vivenciou a gloria de ter 3 turnos lotados hoje briga para possuir um turno lotado e olhe lá.

É claro que o Colegião era modelo, afinal, lá se organizavam grandes eventos, campeonatos e a integração dos alunos era contínua, em uma pesquisa rápida e básica achei até um site da época, isso mesmo! Bem tosquinho, feito mais na vontade do que realmente com conhecimento técnico, contudo as visitas e comentários eram constantes.

Analisando todos estes argumentos penso, realmente, como não amar uma escola assim? Você não paga para estudar, as diferenças inexistem do portão a dentro e além de tudo você é integrado a todas as atividades interessantes e dignificantes.

Acredito que o Colegião possuía muros ou grades, mas parecia uma escola aberta, aquela em que os alunos possuem voz ativa e oportunidade de construírem e modelarem, afinal de contas, os mesmos são os sujeitos ativos da educação.

Nos dias de hoje, como professor da escola, percebo que as coisas mudaram ou deixaram de funcionar como antigamente, assim como na maioria das escolas as atividades dinâmicas e todas as coisas “Legais” da escola sumiram, com isso, temos feiras que reproduzem conhecimentos básicos e aulas torturantes em sala de aula, ah, e o método avaliativo? Quantitativo e idêntico ao do século XIX.

Mudam-se os personagens, mas a história é sempre a mesma, podendo ser contada de maneira distinta, contudo sempre com o mesmo final.
Os grêmios e demais atividades parecem pura perda de tempo nos dias de hoje, e em qualquer escola vemos que a importâncias dos eventos decresceu muito, festas são realizadas para formaturas e melhorias no ambiente escolar, porém sempre se colocam abaixo de quaisquer expectativas.

É fundamental compreendermos que uma escola só se faz com o trabalho comunitário intenso, com a coesão do grupo de professores e com lideranças estudantis significativas, afinal, como podemos cobrar atitudes de direções ou governantes se nem nossa própria cama arrumamos.

Voto por uma educação que resgate as oficinas, onde professores possuem salas próprias e esperem seus alunos, bem utópico, mas fazer o que? Com insônia podemos imaginar muitas coisas mesmo.

quinta-feira, 11 de junho de 2015

Ser bem sucedido não é ter um Audi A3 é ter lucidez e não se entregar à estupidez!

No início desta semana ao procurar páginas de bandas que acompanho desde a minha adolescência tive um grande choque, duas delas encerraram suas atividades nesta mesma semana, sempre ouço as mesmas quase que diariamente, principalmente em viagens mais longas.

As referidas são o Scracho e o lendário Forfun, ambas bandas que reproduziram por décadas no mercado independente a real cena do underground brasileiro, e não escondo que sou fã delas desde que as conheci, são bandas que começaram no hardcore, estilo que ficou mais conhecido como Emocore por conta de reportagens babacas e desastrosas da rede Globo.

O que o fim destas bandas representam, afinal? No meu caso morrem ícones da minhas adolescência, afinal, por vezes fiz trabalhos escolares e de faculdade nas madrugadas embalado por sons destes caras, sem dúvidas algumas foram grandiosos no que produziram, mesmo que o reconhecimento seja restrito a poucos indivíduos.

Jamais negaria minhas raízes e meus gostos musicais por modismo e confesso que Scracho e o Forfun deixarão em meu coração uma imensa lacuna musical, primeiro porque vários momentos e vivências foram embalados por músicas compostas por estes rapazes, mesmo que com melodias simples e com instrumentais "manjados" sempre me convenceram a valorizar a vida e jamais desistir de meus sonhos.

Várias pessoas ao lerem este breve texto devem imaginar com facilidade o seguinte:
-Mas olha só, logo ele fã de bandas de tipo?

Sim, bandas que me acompanham desde os meus 15 ou 16 anos de idade e como sempre reitero, não gosto de música, gosto somente do que sempre ouvi, o velho e bom hardcore, aquele que gera inspirações contestadoras e que por vezes me consolou em situações que eu me encontrava no fundo do poço.

Por fim, como um fã assíduo do humor crítico do Forfun, não posso deixar de fazer uma menção estratosférica a esta banda, a mesma que sempre apareceu como um ícone em provas que desenvolvi, seja sobre questões ambientais ou até mesmo nos rumos que o consumismo conduz nossa sociedade.

Muito obrigado Forfun e Scracho, que este adeus seja somente um até logo!


Nasce de você a revolução
Sufocada atrás da inércia
Amplifique a forma de pensar
Palmas pra você
Que ainda acredita na vitória
E os que são de paz
Não desiste dos seus ideais
Ser bem sucedido
Não é ter um Audi A3
É ter lucidez
E não se entregar à estupidez


Ainda falta o sol se pôr
E assim é o paraíso
A onda bate e eu vejo você
A energia que ficou
Reflete o seu sorriso
E eu preciso te dizer

Tudo o que eu penso. 
Estranho, mas já que é assim
Eu vou até o fim pra te convencer







terça-feira, 5 de maio de 2015

Um fim para um eterno recomeço...

Na noite do dia 29/04 me despedi de mais uma turma da Educação de Jovens e Adultos, a Turma 111, que iniciou como Turma 64, é verdade. Nesta turma desenvolvi o meu melhor, mais prazeroso e dignificante trabalho nesta modalidade de ensino, lecionei vários temas e conteúdos por longos (Ou não!) sete meses.

Muitos alunos desta turma preparam-se agora para se formarem no ensino médio, apenas dependem de uma disciplina, Educação Física, para alcançarem grandes conquistas e a primeira delas é o certificado conclusão do ensino médio.

Nesta turma percebe-se uma imensa heterogeneidade, pessoas mais experientes, garotos e garotas e também o bom humor e respeito mútuo, algo agradável para qualquer docente que assume esta turma que praticamente se guia sozinha, possuindo valores morais incríveis.

Com um semblante sorridente posso afirmar que tivemos terças-feiras inesquecíveis, sempre com risadas e também muito conhecimento, além de um pouco de cobrança, fato normal de qualquer escola.

Agora, com a conclusão do ensino médio, vários alunos terão a autonomia de escolher o que desejam para seus futuros e quais as melhorias que podem desenvolver em seu cotidiano. Muitos já partirão para a faculdade, outros que preferem os trabalhos práticos escolherão cursos técnicos almejando uma nova profissão.

Mas, diante do exposto um fato não pode ser mensurado, a admiração que sinto por cada um, em sete meses passei a conhecer melhor meus alunos e é impossível não diagnosticar a principal característica comum a todos, a força de vontade, algo que moveu por sete meses todos para a sala de aula buscando conhecimentos nas disciplinas de Geografia, História, Sociologia e Filosofia.

Nestes meses fiquei sabendo de histórias, aspirações, objetivos, dramas e dificuldades de muitos alunos, e é claro, mencionando minhas vivências que eram significativas.
Daqui a um mês grande parte estará apta para enfrentar novos desafios, e é claro, sempre baseado no que aprenderam em sala de aula com os vários professores do Sesi Escola que lhe sempre ofereceram aulas bem elaboradas e dinâmicas.

É estranho saber que não terei mais um compromisso semanal no CEDUP, e vocês, alunos da Turma 111 também não! Agora serão desafiados pelo mercado de trabalho e pela própria sociedade, buscando assim novos rumos profissionais e também aprender novos ofícios.

Agradeço pelo apoio, dedicação e compromisso de todos os alunos da Turma 111, principalmente os que enfrentaram estes sete meses junto comigo, afinal, o lema da Educação de Jovens e Adultos do SESI é “Quem estuda cresce”, e isso está alicerçado em vários fatores. Em sala de aula todos construíram amizades e socializaram muitas informações, discutiram pontos de vista e também ciência.

Nunca olhem para trás e desvalorizem tudo o que produziram, foi uma etapa muito intensa e especial.
Em minha despedida quis ser duro e realmente finalizar meu ciclo como comecei, com piadinhas e passando a segurança de que vencemos mais uma etapa, juntos, é claro! Toda a gratidão demonstrada ao fim de minha trajetória através de cumprimentos básicos são extremamente significantes.

_Até mais, Professor!
_Valeu, Professor!
_Muito obrigado, Lucas!


Para finalizar gostaria de agradecer a todo apoio dado na noite de ontem, noite em que nos despedimos, mas não em que mencionamos a palavra adeus...


Só não queria dizer Adeus

[É que eu tinha tanto pra contar]
Eu não queria perder o que sempre foi meu.


Eu não queria dizer Adeus!

[É que eu tinha tanto pra contar]
Só não queria perder o que sempre foi meu.

sexta-feira, 10 de abril de 2015

Minha vez de ser maior que as muralhas!

Já no fim do ano de 2013, tomei uma decisão no mínimo inusitada, cursar mais uma especialização. Nesse momento cursava uma nova graduação, a de Informática, porém ainda me sentia cru e vazio no tocante À EJA (Educação de Jovens e Adultos) e necessitava direcionar meus estudos para esta área em respeito ao meu público - alunos do SESI.

Sabia que seria um desafio enorme, afinal, lecionava em várias escolas e tinha de reservar a terça-feira especialmente para o curso. E pasmem, minha vaga somente apareceu para um pólo distante - Praia Grande. Sim, toda terça-feira eu deveria ir a Praia Grande e depois lecionar ao chegar em Criciúma.


"Eu odiava cada minuto dos treinos, mas dizia para mim mesmo: Não desista! Sofra agora e viva o resto de sua vida como um campeão."

Muhammad Ali

Mesmo assim, fui persistente! Topei ir sozinho. Inicialmente outros colegas se dispuseram a ir, os planos foram adiados e acabei permanecendo só. Entretanto, acabei indo em frente, já conhecia a região, embora tivesse esquecido do quão distante era do meu ninho – Criciúma.

E as aulas foram “rolando” comecei a me apaixonar pelo lugar e também me encontrei no curso; estava realmente aprendendo a lidar melhor com a Educação de Jovens e Adultos. Constato que me percebia um profissional mais sensível, dinâmico e completo.

Mas... nem tudo são flores! Em Abril de 2014, com o curso em pleno vapor, fui acometido por algo totalmente inesperado. Envolvi-me em um acidente de trânsito em São João do Sul e, por pouco, não me custou mais que meros danos materiais! Repensei minha trajetória no curso!

Meu carro ficou pronto, e pensei:

- Partiu Praia Grande! Não vou desistir, nunca desisti de nada! 

No início da apresentação!

Ledo engano. No mesmo dia em que meu pobre automóvel saiu da oficina, eu me envolvi em outro acidente; sendo que saí de casa para cobrir gastos do acidente anterior.

Confesso que voltei triste para casa e com metade das peças do meu carro em minhas mãos. As mesmas representavam meu coração naquele momento: algo destruído, destroçado, totalmente despedaçado!

Fiquei realmente sem estrutura alguma, muito abalado e “me escondendo”; não sabia como agir e sequer o que sentir! Minha expressão vitoriosa e sorridente deu lugar a um hegemônico semblante triste.

Mas, conversando com meus pais (A voz a experiência tem valor incalculável!) percebi que não poderia abdicar de meu planos, deveria prosseguir com minha rotina e não me abater, deveria voltar a Praia Grande e concluir meu curso, afinal, estava lutando muito por isso, e sempre mostrava interesse e bom desempenho nas avaliações e atividades propostas.
Fonte:http://paulgettynascimento.blogspot.com.br/2012/02/nunca-desista-mermao-charge-humor.html

Decidi regressar e, posteriormente, fiz a reposição da aula perdida. Contudo,  sempre temendo que novos episódios ocorressem, afinal, rodovias movimentadas e perigosas atreladas ao meu cansaço poderiam ser uma combinação fatal.




"Não desista, vá em frente. Sempre há uma chance de você tropeçar em algo maravilhoso. Nunca ouvi falar em ninguém que tivesse tropeçado em algo enquanto estava sentado."

Charles F. Kettering

Todavia, no fim de ano passado, concluí todas as disciplinas e, com isso, fui habilitado a começar a monografia e o artigo de conclusão de curso. E com o auxílio da minha orientadora Tania Cordova e da minha supervisora Simoni Miguel Gonçalves, tudo se tornou realidade. No dia de hoje, 10 de abril de 2015,  apresentei meu artigo o qual foi aprovado por uma exigente banca de um gabaritado instituto federal, o IFSC.

Para alguns leitores esta conquista pode parecer pequena, talvez simplória, contudo a valorizo muito, pois foram, em meus cálculos, mais de 10.000 km percorridos nestes quase dois anos de curso, com vários prejuízos mas com amizades e um resultado muito bem alicerçado na persistência.

Na imagem: Tutora Fabricia, Lucas Cechinel da Rosa, Silvia (Coordenadora do polo) e Simoni.

Afirmo que jamais fui teimoso, mas sim persistente! Fui até o fim, superei limites, neguei impossibilidades e trabalhei com a realidade, realizei um sonho e conquistei mais um dos meus objetivos...

E agora? Agora é o momento correto de comemorar e rumar novos mares, buscando sempre me desprender da calmaria e do comodismo!

Agradeço a todos que prestigiaram minha apresentação ou me acompanharam nesta caminhada!

Menções honrosas Às seguintes pessoas:

Minha família e minha namorada Larissa Silveira;
Tania Cordova (Orientadora);
Simoni Miguel Gonçalves (Banca);
Meus grandes amigos Gio Silva e Elaine Banhara!

Chegou a hora de ser
Maior que as muralhas
Tentarão me prender
Em vão
A gente pode crescer
Perdendo a batalha
Não deixe a vida escorrer das mãos
[...]
Chegou à hora de ser
Maior que as muralhas
Tentarão me apagar
Com escuridão
A gente aprende a viver
No fio da navalha
De que adianta viver em vão




sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Chegou a minha vez!

Era exatamente fevereiro de 2001, naquele ano eu iniciava uma nova etapa, saía de minha antiga escola Fiorento Meller e também do primário. Meu destino estava selado, partiria para a Escola de Educação Básica Irmã Edviges, maior instituição escolar de minha região.

Coitada da minha mãe! Ela ficou horas em uma fila esperando limitadas vagas que eram disponibilizadas na época, porém, graças a sua paciência consegui entrar nesta escola em que também estudaram meus irmãos.

Desde o primário, mais precisamente na 3ª série, já sabia o que queria ser quando mais velho: Geógrafo e professor de Geografia, e minha primeira professora nesta nova escola foi uma senhora muito simpática e atenciosa, a Dona Zilma, e através dela ganhei mais gosto pela leitura de cunho geográfico e também por fenômenos climáticos, ela era uma ótima professora, cativava a todos.

"Se a educação sozinha não pode transformar a sociedade, tampouco sem ela a sociedade muda."
Paulo Freire.

No decorrer da minha trajetória na escola me deparei com excelentes professores, da área de Geografia posso citar Dona Sandra e Pablo, este último extremamente conectado à Astronomia, com isso nossa identificação foi instantânea.

Formei-me no ano de 2007, optei por não participar da formatura, pois tinha o desejo de fazer o vestibular no mesmo ano, e infelizmente na época as condições somente me permitiam escolher um dos dois, contudo já no fim de minha trajetória no Irmã Edviges percebia um claro sucateamento da minha escola, sim, após tanto tempo posso chamá-la assim.

"Mudar é difícil, mas é possível."
Paulo Freire.

O Sucateamento que me refiro não era somente estrutural, afinal, por vezes a escola caminhou de maneira incorreta e “espantou” seus alunos, isso também é refletido nas condições atuais de nossa escola, que apesar de contar com uma estrutura física bastante chamativa, possui menos da metade dos alunos que possuía em 2007.

Regressei ao Irmã Edviges no ano de 2011, fiz meu terceiro estágio da faculdade na escola, e Pablo foi meu companheiro neste momento, muito discutimos sobre as condições da escola na época, uma realidade medonha e que só piorava com o passar dos dias. Portas rangiam, lâmpadas não eram trocadas e o básico não era oferecido. Professores guerreiros pareciam se desdobrar para oferecer qualidade, mas era difícil e eu compreendo.

"O professor só pode ensinar quando está disposto a aprender."
Janoí Mamedes

No ano de 2014, já distante do Irmã Edviges percebi que muito se lutou para a transformação física da escola, a comunidade se engajou e tudo começou a ocorrer, a reforma foi um pontapé inicial de um possível resgate do nome da escola, que mais era conhecida por possuir uma infraestrutura inferior às vizinhas.

No fim de 2014 em meio à ausência de aulas para minha carga horária na Escola Sebatião Toledo dos Santos fui orientado a procurar aulas em outras escolas da região, e pasmem, entre as opções possíveis estava o Irmã Edviges, resolvi voltar para a escola, percebi que meus professores estavam todos lá, mudanças mínimas ocorreram, alguns novos chegaram, assim como foi meu caso no Colegião.

"O impossível não é um fato: é uma opinião."
Mario Sergio Cortella

Neste ano, talvez o meu único de Irmã Edviges (como professor) tentarei ao máximo levar qualidade para meus alunos, afinal, por anos fui concebido com ótimos professores, devo muito a esta instituição! Tenho uma chance que talvez seja única, a de retribuir com boas aulas e aprendizagem na minha disciplina.


Hoje, percebo que tenho uma missão, pois não estou entrando em uma escola qualquer! Estou regressando à minha casa, ao meu lar educacional, local onde fui escolarizado e muito aprendi!