sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Chegou a minha vez!

Era exatamente fevereiro de 2001, naquele ano eu iniciava uma nova etapa, saía de minha antiga escola Fiorento Meller e também do primário. Meu destino estava selado, partiria para a Escola de Educação Básica Irmã Edviges, maior instituição escolar de minha região.

Coitada da minha mãe! Ela ficou horas em uma fila esperando limitadas vagas que eram disponibilizadas na época, porém, graças a sua paciência consegui entrar nesta escola em que também estudaram meus irmãos.

Desde o primário, mais precisamente na 3ª série, já sabia o que queria ser quando mais velho: Geógrafo e professor de Geografia, e minha primeira professora nesta nova escola foi uma senhora muito simpática e atenciosa, a Dona Zilma, e através dela ganhei mais gosto pela leitura de cunho geográfico e também por fenômenos climáticos, ela era uma ótima professora, cativava a todos.

"Se a educação sozinha não pode transformar a sociedade, tampouco sem ela a sociedade muda."
Paulo Freire.

No decorrer da minha trajetória na escola me deparei com excelentes professores, da área de Geografia posso citar Dona Sandra e Pablo, este último extremamente conectado à Astronomia, com isso nossa identificação foi instantânea.

Formei-me no ano de 2007, optei por não participar da formatura, pois tinha o desejo de fazer o vestibular no mesmo ano, e infelizmente na época as condições somente me permitiam escolher um dos dois, contudo já no fim de minha trajetória no Irmã Edviges percebia um claro sucateamento da minha escola, sim, após tanto tempo posso chamá-la assim.

"Mudar é difícil, mas é possível."
Paulo Freire.

O Sucateamento que me refiro não era somente estrutural, afinal, por vezes a escola caminhou de maneira incorreta e “espantou” seus alunos, isso também é refletido nas condições atuais de nossa escola, que apesar de contar com uma estrutura física bastante chamativa, possui menos da metade dos alunos que possuía em 2007.

Regressei ao Irmã Edviges no ano de 2011, fiz meu terceiro estágio da faculdade na escola, e Pablo foi meu companheiro neste momento, muito discutimos sobre as condições da escola na época, uma realidade medonha e que só piorava com o passar dos dias. Portas rangiam, lâmpadas não eram trocadas e o básico não era oferecido. Professores guerreiros pareciam se desdobrar para oferecer qualidade, mas era difícil e eu compreendo.

"O professor só pode ensinar quando está disposto a aprender."
Janoí Mamedes

No ano de 2014, já distante do Irmã Edviges percebi que muito se lutou para a transformação física da escola, a comunidade se engajou e tudo começou a ocorrer, a reforma foi um pontapé inicial de um possível resgate do nome da escola, que mais era conhecida por possuir uma infraestrutura inferior às vizinhas.

No fim de 2014 em meio à ausência de aulas para minha carga horária na Escola Sebatião Toledo dos Santos fui orientado a procurar aulas em outras escolas da região, e pasmem, entre as opções possíveis estava o Irmã Edviges, resolvi voltar para a escola, percebi que meus professores estavam todos lá, mudanças mínimas ocorreram, alguns novos chegaram, assim como foi meu caso no Colegião.

"O impossível não é um fato: é uma opinião."
Mario Sergio Cortella

Neste ano, talvez o meu único de Irmã Edviges (como professor) tentarei ao máximo levar qualidade para meus alunos, afinal, por anos fui concebido com ótimos professores, devo muito a esta instituição! Tenho uma chance que talvez seja única, a de retribuir com boas aulas e aprendizagem na minha disciplina.


Hoje, percebo que tenho uma missão, pois não estou entrando em uma escola qualquer! Estou regressando à minha casa, ao meu lar educacional, local onde fui escolarizado e muito aprendi!