domingo, 12 de dezembro de 2021

As Soft Skills são úteis?

Caro leitor, 


Estamos chegando a mais um final de ano emocionante, uma reta final cheia de obstáculos e desafios, e para acalentar os corações de vários educadores, mais um ano atípico para o sistema educacional brasileiro.


E para falar nele, a cada dia que passa escancara suas grandes chagas deixadas por um profundo descaso ou até mesmo a ausência de um robusto projeto nacional. Mas para além disso, no próximo ano os desafios serão ainda maiores, pois estaremos diante de uma grande ruptura no segmento em que a evasão é quase uma companheiro fiel, um Novo Ensino Médio.


mas para além do próprio nome e de críticas desvalidas, temos um termo que tem encantado a muitas pessoas…


Você já ouviu falar das Soft Skills?


Bom, se você não é um nativo do idioma ou pulou essa lição do seu English book, ai vai a tradução ao pé da letra…”Habilidades interpessoais”.


Mas isso é algo desenvolvido socialmente, ou então nos próprios grupos sociais, certo? Errado, agora a escola pautará suas ações pensando também nas competências socioemocionais…é um imenso desafio!


Mas espere! Para compreendermos o papel das Soft Skills é necessário que conheçamos também as Hard Skills…mas claro que você sabe o significado deste termo, não é mesmo?


Se não faz ideia, eu explico… Habilidades facilmente aprendidas e ensinadas por meio de cursos, aulas e similares.


A pauta de aprendizagem atualmente se baseia na resolução de problemas e na humanização das relações, portanto não estranhe se em um curto espaço de tempo você passe a reconhecer estes nomes em seu cotidiano. As empresas, fábricas e demais setores logo passarão a utilizar estes jargões que grudam mais que chiclete jogado em praça pública ou músicas ruins de carnaval…


O fato é que, na prática, elas serão úteis?


Dependendo…as Hard Skills são apreendidas hoje em dia da maneira mais tradicional possível. São exemplos: Dominar linguagem de programação, excel, ou até mesmo edição de imagens. Elas nunca perdem seu valor, mas precisam de equilíbrio.


As Soft Skills estão mais conectadas a itens cotidianos, porém esquecidos e que buscam equilibrar a relação entre trabalho e vida social e inteligência emocional (Talvez a principal delas). Destacam-se: Resiliência, Comunicação assertiva, Princípios éticos.

Mas como isso aparecerá no Novo Ensino Médio? Será através do Projeto de Vida, uma disciplina que serve, antes de tudo, para escutar os anseios de nossos estudantes, e logicamente ajudá-lo a perseverar em atividades que possui afinidade e deseja executar. 


Mas e aí, estamos preparados para (re) aprender as Soft Skills?

 



quinta-feira, 2 de dezembro de 2021

A diversidade é pauta na escola?

A diversidade é pauta na escola?


Cara leitor, estamos à beira do final do ano, momento em que reflexões chegam à tona porque mais um ano letivo se finda!


Recordar bons momentos, interações e também apontar os erros para que haja evolução no ensino-aprendizagens de nossos estudantes, primordialmente no que tange a inclusão e diversidade.


Mas a diversidade é realmente trabalhada em nossa escola?


A diversidade pode ser pauta, mas sua temática efetivamente é esquecida em nossas escolas boa parte do ano, sendo rememorada por aqui apenas em datas específicas, assim como funciona com a conscientização…


Ou você já não percebeu que apesar de uma semana do meio ambiente ser carro-chefe de um mês de atividades na escola, ao fim temos os mesmos alunos jogando papéis fora do lixo e desprezando a utilidade de uma lixeira seletiva?


Conscientização, inclusão, diversidade...infelizmente se tornam jargões de "boas" instituições, já que qualquer adaptação é atraso atravancam nosso voraz sistema, haja nota e número…


Agora, em época de novas matrículas, novos ares, novas metodologias. Enfatizo que a diversidade é o mais esquecido entre estes reptos...primordialmente por ser tratado como "mimimi", outro jargão para justificar que…


"Na minha época eu sofria bullying e tudo funcionava", "Hoje o aluno é sensível demais", "Hoje ninguém reprova".


Comentários audaciosos como este desejam perpetuar justamente a educação que não deu certo, a pouco vigorosa, que era baseada em experiências totalmente fora da base que se deseja para alçar voos maiores.


Mas ora, o que isso tem a ver com diversidade?


Tudo.


Principalmente porque a educação, em um primeiro momento, parte de casa, com a construção de valores ligados à humanidade, desmistificados e conexos a proposta de uma vida social plena e de liberdade.


Não adianta ser a favor da diversidade e julgar credos e orientações! É essencial que o respeito, antes de tudo, guie nossa sociedade  e que urgentemente contagie nossas escolas…espaço que para além de conteúdos, nos formam melhores cidadãos.


O fim do ano letivo chegou…Reprovações também!

O fim do ano letivo se aproxima...

Frustrações de quem encaminha mais um ano na mesma série, alegria de quem vence mais uma etapa rumo a novos desafios, sejam estes uma estrada pavimentada a Universidades, ou então a uma nova etapa, como o Novo Ensino Médio, tão polêmico e que começará a rodar em definitivo no próximo ano.


Mas, vale a pena reprovar? A reprovação é uma punição justa? Um castigo?


Bom, pedagogicamente falando, querido leitor, estamos diante de um implacável debate, afinal, a reprovação pode levar a evasão escolar, o grande calcanhar de Aquiles em nossa educação, haja vista que as distorções série/idade começam a pesar, além é claro, da subsistência, esta condicionada a um trabalho e/ou estágio.


A reprovação escolar não é exatamente a ferramenta mais didática e interessante para estimular um estudante, sendo que muitas vezes ela ocorre mediante a um baixo desempenho ou falta de estímulo do estudante em frequentar a escola.


As reprovações tendem a ser cada vez mais diminutas, recriando um sistema de vício dos estudantes, que agora estão acostumados a avançar sua série sem ao menos absorver ou discutir os conceitos mais básicos.


A grande esperança de combate ao desinteresse escolar, evasão e reprovações é o Novo Ensino Médio, mas também poderá ser o grande divisor de águas, estabelecendo quem vai ou não estudar no último segmento do ensino básico.


Mas voltando às reprovações, devemos lembrar que elas retardam sonhos, objetivos e acarretam frustações, apesar de que seu objetivo inicial seria um grande reforço e um volta por cima, torna-se na verdade uma punição...que não necessariamente recupera ou renera algúem, mas encarcera em uma situação incômoda.

 

E você, já repetiu o ano? É frustrante?


As alternativas relacionadas a reprovação sempre devem ser debatidas, afinal, não é prazeroso para pais e professores estabelecer um diálogo com jovens de 16 anos em pleno 6º ano, junto a crianças que ali avançam a pré-adolescência.


Por isso este debate é precioso e válido...vale a pena reprovar de qualquer maneira? A punição regenera alguém?


Fica a reflexão e desta vez, sem avaliação ou reprovação alguma.






GIRO DE NOTÍCIAS



Cursos técnicos e de pós-graduação gratuitos em SC estão com inscrições abertas



O IFSC (Instituto Federal de Santa Catarina) está com inscrições abertas para cursos técnicos e de especialização em várias em áreas em todo o Estado.


Os cursos podem ter duração de 3 a 4 anos, ao final dos quais o aluno recebe o diploma de técnico de nível médio. As inscrições, sem taxas, estão abertas até 16 de dezembro. A seleção das vagas é realizada por meio de Sorteio Público.


Os locais dos cursos são nos campi de Araranguá, Caçador, Canoinhas, Criciúma, Garopaba, Gaspar, Jaraguá do Sul (Centro e RAU), Joinville, Palhoça Bilíngue, São Carlos, São Lourenço do Oeste, São Miguel do Oeste, Urupema e Xanxerê.


São quatro cursos de pós-graduação Lato Sensu gratuitos, oferecidos pelo IFSC com ingresso no primeiro semestre de 2021. Os cursos têm inscrições totalmente gratuitas abertas até 30 de novembro.








Bolsa Estudante de R$ 6 mil em SC está pronto e será encaminhado à Alesc



O Grupo Gestor do governo de SC aprovou, nesta segunda-feira (22), o projeto para a criação do Bolsa Estudante para alunos do ensino médio e do programa Educação de Jovens e Adultos (EJA). Em setembro, a coluna antecipou a ideia, já com vários detalhes. Agora o texto está pronto, aprovado e será encaminhado para a Assembleia Legislativa assim que tramitar pela Casa Civil.


O Bolsa Estudante de SC será concedido para alunos do ensino médio e do EJA com famílias inscritas no CadÚnico, programa social do governo federal. Eles receberão R$ 6,25 mil por ano, em parcelas mensais.


Além de matriculado na rede pública estadual de ensino e com família no CadÚnico, os alunos precisam de pelo menos 75% de frequência nas aulas. Um dos objetivos do programa é reduzir a evasão escolar no Estado.






Enem: SC tem menor índice de abstenção do Sul, mas bate recorde com quase 24% de faltantes



No primeiro dia de provas, realizado neste domingo (21), Santa Catarina registrou taxa de abstenção de 23,8% no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). Cerca de um candidato a cada quatro faltou. Apesar disso, a taxa caiu mais da metade se comparada ao ano anterior, quando 52,8% dos alunos não compareceram para realizar o exame.


Os dados ainda são preliminares e foram apresentados durante a coletiva de imprensa realizada pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira). Entre os Estados do Sul do Brasil, Santa Catarina teve o menor índice de abstenção. Os vizinhos Paraná e Rio Grande do Sul tiveram taxas de abstenção de 25% e 24,2%, respectivamente.



sábado, 20 de novembro de 2021

Dissertar é preciso!

 No auge de extremas polêmicas envolvendo exames para admissão de professores na rede estadual, tivemos a troca da empresa que lidera o certame, agora a desconhecida - Para nós catarinenses, Selecon, abandonou o barco, alegando que seu contrato previa uma gama de até 45 mil inscritos, sendo que a realidade se mostrou diferente, afinal, 70 mil  inscritos vão estar nos bancos prestando tal prova.


A prova terá exigências antes nunca feitas, como uma dissertação, que misteriosamente foi reduzida, explico leitor, é que na realidade seu tamanho mínimo previsto era de 20 linhas, agora ficamos com um pequeno "texto", já que a redação terá no máximo as 20 linhas, sendo seu mínimo 10, o que soa até um pouco absurdo aos mestres da língua portuguesa…


Na última edição do Educação em Ação estivemos à frente deste debate; novidades do edital, troca de banca, vinda da Acafe e, por fim, a polêmica envolvendo a minúscula dissertação, mas afinal, será um processo fidedigno? Reduzir a dissertação é o caminho para que resultados sejam divulgados mais cedo?


Dissertar é preciso?


É sim, até para que tenhamos parâmetros mais alinhados quando desejamos qualidade, não obstante disso, aulas provavelmente não faltarão, o que range os dentes é escrever, ser julgado...o desespero de alguns profissionais aflige muito, será que não se propõe, de maneira nenhuma, estudar, se reciclar ou trabalhar gêneros textuais em sala? As avaliações, sempre são objetivas?


São questões que o tempo, e o certame idealizado pela a Acafe vai responder, afinal, fica evidente que a valorização por parte do governo, com reconhecimento a categoria (pelo menos a faixa ingressante) tornou este exame uma verdadeira disputa do conhecimento, e provavelmente, vencerá o mais preparado, mas no fundo, quem sairá beneficiado de verdade são os alunos, que assim terão professores cada vez mais preparados, valorizados e buscando o melhor para seus pupilos.


Por isso, afirmamos aqui em nossa coluna e nas tardes de sábado..


Dissertar é preciso!


Os cancelamentos educacionais e a vida no magistério…

Para quem esperava seletivos e concursos concorridos em nossa região…vai ter que aguardar!


Foram alguns cancelamentos! Os dois primeiros certames cancelados foram referentes ao município de Criciúma, cujo nicho é, em sua maioria, pedagogos. O primeiro foi o processo seletivo de caráter temporário, posteriormente a isso, o concurso público, cujo caminho da efetivação é pavimentado; sonho de muitos servidores, inclusive.


Estes cancelamentos são de ordem judicial, pelo CREF, Conselho Regional de Educação Física, o que gerou polêmica entre o professorado da área, que julga improcedente essa exigência de filiação ao Conselho, já que suas atividades não se referem a atuação profissional de um bacharel…gerando profundo debate sobre a utilidade de tal Conselho aos licenciados.


Do outro lado, com mais candidatos e ainda mais polêmicas presenciamos outro grande golpe no magistério, o cancelamento dos serviços da Selecon, empresa fluminense cuja missão era sistematizar, conduzir e aplicar o seletivo no estado de Santa Catarina, cujo recorde de inscrições acabou ocorrendo…


E foi isso mesmo que derrubou o instituto, vide sua incapacidade de gerenciar tamanha demanda, primordialmente pelo fato de estar com estrutura para no máximo 45 mil candidatos, o certame passou facilmente das 70 mil inscrições. Diante da falta de flexibilidade de ambos, instituto e governo catarinense, ficamos sem o certame, pelo menos por agora...adiado para dezembro.


Mas como isso impacta na vida docente? Explico!


Trata-se de uma etapa que qualifica o professor a escolher escolas mais próximas ou que já tenha algum tipo de laço, facilitando o trabalho a ser desenvolvido!


Além disso, poderá valer, de fato, o posto de trabalho! Como apontamos em outra coluna "Rufem os tambores", é necessário que haja humanidade nestes tempos, afinal, muitas pessoas, de distintos níveis de saúde ou possibilidade de dedicação participam destes exames e concursos, e não é fácil ficar decepcionado com colocações não favoráveis.


Por isso professor, se tem um lado positivo neste prisma de final de ano letivo, leve em consideração que seu tempo de estudos aumentou, e a dedicação para galgar melhores escolas ou maior carga de trabalho, está aí!


Uma imensa sorte para todos nós, principalmente àqueles que amam estar em sala!



sábado, 30 de outubro de 2021

O ENEM vem aí...

O ENEM vem aí…

São dois domingos de pura tensão, afinal, o futuro de adolescentes, jovens e adultos se deposita em um grande exame, o Exame Nacional do Ensino Médio…


Ele nasce com outra finalidade, como um indicador de qualidade de nosso ensino, vide que em meados de 1998 o primeiro exame reuniu apenas milhares de alunos! 


Sim, o ENEM já foi pequeno um dia…


Mas hoje ele é gigantesco, aceito em outros países, em federais, estaduais e universidades privadas...é obrigatório flertar com o exame, que também sempre se mostra como fio de esperança para a conquista em uma universalidade de qualidade.


O ENEM é fundamental ao Prouni - Programa Universidade para todos, já que por meio de sua nota, o estudante pode pleitear vagas em instituições privadas por meio de bolsas parciais ou integrais...aliás, este programa foi elementar para a consolidação do acesso à Universidade no Brasil, já que oportunizou estudantes a chegarem a passos mais largos em seus sonhos.


Dias 21 e 28 de novembro estudantes entram em salas visando responder questões de Ciências Humanas, Natureza, Matemática e Linguagens...além da temida redação…


Os murmúrios já iniciaram...qual será o tema deste ano?


Professores, escolas e alunos buscam sempre a melhor preparação, mas o ENEM mudou...não é o mesmo de 1998...são dois períodos de prova, 180 questões e uma produção surpreendente  om tema sempre bem elaborados…


E você, vai encarar?

sábado, 23 de outubro de 2021

Homeschooling é o caminho?

Meses atrás em mais uma edição do nosso Educação em Ação estávamos discutindo essa modalidade pouco conhecida por brasileiros, o Homeschooling, que consiste em contratar tutores ou professores para que o aluno tenha seu processo formativo em casa, sem a socialização comum que acontece nas escolas.


Lembrando que este papel também poderá ser desenvolvido por pais ou responsáveis capazes de ministrar, didaticamente se possível, todos os conteúdos e objetos de aprendizagem exigidos por cada ano escolar.


O fato é, que no centro desta polêmica estão educadores, base governista, progressistas educacionais, e por fim, associações de pais que preferem manter seus filhos como alunos também.


Mas quem está certo? Se é que podemos começar o debate tentando entender o porquê de tamanhas polêmicas…


A modalidade Homeschooling ou estudo domiciliar é bastante popular nos Estados Unidos, quase que uma tradição existir, em todas as famílias, casos de primos que cursam toda fase elementar e inicial de seus estudos em casa, sem contatos diretos com aglomerações ou atividades escolares conjuntas…


Mas sabemos que países desenvolvidos e nortistas como os Estados Unidos, Japão, Coreia do Sul e Canadá comportam tamanha modalidade, o analfabetismo e outros problemas de escolaridade foram quase que erradicados nas últimas décadas.


Mas é o Brasil? Onde ele se coloca?


Assistindo este fervoroso duelo está o MEC, que até hoje parece não ter um líder de fato, apenas um grande líder provisório...o MEC para estar posicionado ao lado óbvio, negando que estudantes sigam esta modalidade acaso realmente não necessitem (afastamentos de saúde, por exemplo).


A maior parte dos especialistas educacionais acreditam que a escola é um local formativo essencial para a formação humana, e uma dispensa de um local em que muito se aprende com a convivência, é um tiro no pé.


No Brasil temos aproximadamente 18 mil alunos na modalidade, essencial para este debate é lembrarmos que apenas o Distrito Federal possui uma regulamentação para o funcionamento desta modalidade.


Lembrando que apesar de casos isolados, como de outras cidades, para além dos Distrito Federal, é expressamente proibido o funcionamento do Homeschooling, pois se configura como uma modalidade de ensino, e isso é papel do Estado brasileiro.


Mas afinal, quem ganha com isso?


Apesar da escola balizar tudo, incluindo exigir conteúdos e cobrar avaliações e exames constantes, famílias se organizam para oferecer esta modalidade, principalmente com associações crescendo! O número de estudantes abonados cresce, enquanto a escola tende a parecer o reduto da formação de trabalhadores…


O Homeschooling mostra os níveis de desigualdade altos de nossa nação, em que pais podem pagar tutores específicos em suas casas, contrariando uma maioria pobre, que infelizmente, depende de tudo que a escola pode oferecer…


Amizades, ensinamentos, sabedoria e principalmente, Ciência...itens capazes de fazer qualquer indivíduo romper o estamento e ascender socialmente!


Viva a escola!

sábado, 16 de outubro de 2021

O dia do professor - O ser que professa

Em um longínquo dia 15 de outubro de 1827 D. Pedro I emitiu uma lei sobre o ensino elementar, e a partir dela, no ano de 1963 o então presidente João Goulart, vulgo "Jango", criou o dia do professor.


A data internacional é dia 05 de outubro, mas tudo bem, a lei sobre o ensino elementar foi fundamental para nossos primeiros passos no que tange a educação, inclusive estabelecendo objetos de estudos, locais das escolas e salários dos professores.


Atualmente a educação dá passos firmes para novas transformações, aliás, pode-se afirmar que Raul Seixas está certo, a educação é uma metamorfose ambulante, sempre deve ser renovada, discutida, e de maneira invariável, lutar por valores como igualdade, equidade e fraternidade.


E os professores, como ficam nestas transformações?


Como sempre respondo aos meus alunos, todos profissionais devem continuar estudando, se especializando e buscando inovar em suas atividades. Mas o caso dos professores é atípico, pois devemos ter na ponta da língua conteúdos e metodologias bem arquitetadas em nossas "cacholas". Não é fácil estar sempre animado e com várias cartas na manga...até Mister M já cansou de ter truques…


Ao professor resta estudar, e muito por sinal! Um professor nunca termina sua trajetória como aluno, tampouco como aprendiz...ao professor resigna-se o papel de trabalhar conteúdos, transformá-los em objetos de aprendizagem cotidianos, interessantes e instigantes!


Dar-se-á ao professor a missão de professar, ou seja, de discutir e proliferar a ciência, não somente reproduzir, mas sim produzir conhecimento.


Os desafios do magistério são enormes, as decepções e angústias também, contudo o prazer do chamado "chão de sala de aula" é muito maior...ao professor auleiro, não se preocupe, seus alunos te amam, valorizam muito sua atividade, sabem que profissionais como você são elementares para o funcionamento da sociedade...não se preocupe ou compare a alguém que trilha caminhos universitários, porque é na base que tudo acontece!


Tenha orgulho, professor! Você professa, você constrói!


A todos os professores, fé! Muita fé! São de vocês que partem as mais raras e preciosas joias de nossa nação! 


São os votos do Educação em Ação, um humilde programa, que nasce com a missão de fortalecer ainda mais os laços educacionais entre estudantes e professores.


domingo, 10 de outubro de 2021

O centenário do incompreendido Paulo Freire

Paulo Freire é o terceiro educador mais buscado em mecanismos de pesquisas a nível global, é notadamente uma grande referência quando mencionamos a palavra mágica"Educação".

Freire reluz inclusão, principalmente inclusão por meio de uma educação que valoriza os conhecimentos acumulados durante a vida de um trabalhador, de um operário, como milhões em nosso país.

Mas Paulo Freire é em demasia associado a questões políticas, se tornando símbolo de algo que simplesmente nunca fez parte de fato...deixemos a ignorância de lado, ele jamais foi inimigo de quaisquer grupos políticos, mas sim foi perseguido por implementar métodos que alfabetizaram pessoas em extrema pobreza, os marginais sociais.

Lembrar-se-á que estes são aqueles indivíduos ocultos da sociedade, excluídos por não possuírem o mínimo, que neste caso é a alfabetização…

O centenário de Freire é símbolo de nosso fracasso educacional? 

Não, justamente o contrário! Seu método de fato nunca foi aplicado em ampla maioria das comunidades onde prevalecia o analfabetismo, Freire é, e segue sendo, alguém injustiçado pelo destilar de informações básicas e desconexas de pessoas que sequer leram um preâmbulo de seus livros…

O centenário de Freire é um recado de que não somente ele, mas outros tantos pensadores brasileiros, podem ajudar nossa nação na construção de um projeto para o desenvolvimento da educação em nosso país! É fundamental alicerçarmos nossas esperanças em um futuro melhor...em que o analfabetismo seja erradicado e a escola um espaço formativo de construção de cidadãos críticos, dispostos a (re) construir um país melhor!

Como disse o mestre: 

“Educador e educandos se arquivam na medida em que, nesta distorcida visão da educação, não há criatividade, não há transformação, não há saber. Só existe saber na invenção, na reinvenção, na busca inquieta, impaciente, permanente, que os homens fazem no mundo, com o mundo e com os outros.”

Novo Ensino Médio: Avançar ou retroceder.

Em 2022 teremos novidades para os estudantes que avançam ao Ensino Médio, um modelo novo, repleto de desafios…

Educadores, gestores e estudantes vivem momentos de euforia e angústia, já que toda grande ruptura gera descontentamento para uns e alegria extrema a outras.

Mas afinal, o que muda?

O Educação em Ação faz questão de esclarecer!

Em um primeiro momento, o estudante frequentará por mais tempo sua escola...ao invés das tradicionais 25 aulas com 12 disciplinas, passamos a ter 31 aulas, com mais componentes curriculares e trilhas de aprofundamento...é fato que este modelo é o que vigorará em nossa região, podendo ser oferecido com um contra turno ou um turno único possuindo mais aulas.

Mas afinal, e o Ensino noturno?

Este é o grande "galho", pois teremos mais aulas, porém não há como combater os relógios, portanto...teremos quatro anos de Ensino Médio, uma reprovação poderia acarretar um atraso colossal!

Portanto; pai e mãe, ajude seu filho e o guie pelo melhor caminho! O novo Ensino Médio é repleto de meandros e ainda se encontra sob uma grande névoa, com isso é importante estarmos cientes de nossas escolhas!

Flexibilizar e preciso? Sim! Reformar e necessário? Sim!

E todas as mudanças acarretam descontentamentos, é necessário que maturidade e tempo façam parte deste processo. Professores, gestores e estudantes...todos são partes integrantes deste processo, e são elementares! 

Mas os desafios são enormes, e você caro leitor, vai acompanhar tudo isso pelas colunas do Educação em Ação e também por meio de nossos programas!

Grandes decisões estão por vir…


Setembro amarelo e o papel das escolas

Mike Emme deixou um legado…

Para poucas pessoas é familiar a história deste jovem que tirou sua própria vida aos 17 anos de idade, chocando amigos e familiares...mas o legado existiu!

O setembro amarelo, de Mike e tantos outros, não pode pode passar batido nas escolas! Setembro é um mês de combate aos grandes desafios que envolvem a defesa pela vida.

Mas para compreendermos a importância deste mês, antes de tudo, devemos entender que há vidas e mais vidas…

Dificuldades, percalços e desafios são ilustrados por estudantes em nossas escolas, e muitas vezes independem de questões físicas, sociais ou econômicas...mas sim emocionais!

Como trabalhamos o lado emocional de nossos jovens? A estrutura do lar de cada um deles favorece o desenvolvimento pessoal e a estabilidade emocional?

O mundo não é um mar de rosas…

Jovens, principalmente no ensino médio, lidam com diferentes pressões, decisões e precisam ser cada vez mais precoces. Muitas vezes são objetificados por pais que espelham suas frustrações e objetivos em seres que ainda estão em plena formação…

É vestibular aos 17, ENEM em seguida, mercado de trabalho, relacionamentos e por fim, mais decisões…

Nesta turbilhão o peso da experiência é fundamental...muitos jovens pedem socorro pelo olhar, por sinais quase indetectáveis. 

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o suicídio é o único fator de mortalidade que não teve redução no número de casos nos últimos 50 anos. "Precisou vir uma pandemia para que esse tema passasse para o primeiro plano”. 

O CVV hoje é uma luz no fim de qualquer túnel, disque 188 e converse com voluntários.

Lembre-se, neste Setembro amarelo, valorize a vida! Valorize o coleguismo, e principalmente a empatia. Somente o dono da casa sabe apontar onde existem goteiras...ainda bem que hoje podemos tentar consertar cada uma delas juntos!

Valorize a vida!


Rufem os tambores....

Chegamos a mais um mês de setembro, etapa conhecida pelos educadores como a época dos “Editais”...

Sim, caro leitor! Professores anualmente ou no máximo bienalmente passam por provas e exames de admissão, e porventura, os melhores vencem! Sei que não devemos tratar a educação como uma competição, ou como uma disputa similar a páreos com apostadores afoitos sedentos pelo primeiro prêmio…

Neste caso, para o magistério, o primeiro prêmio é dormir tranquilamente por mais um tempo trabalhando, ou seja, essas provas definem os rumos de muitas famílias! 

A concorrência está grande, cada vez maior! Em nossa região postos de trabalho na educação são almejados como um valioso copo d'água em um dia ensolarado do Atacama!

Mas, como bons lutadores, sabemos que esta etapa não somente seleciona, mas também gera nosso “ganha pão”...ou seja, ninguém trabalha por amor, necessitamos urgentemente de valorização, não somente financeira, mas de respeito às condições mínimas de trabalho!

Devo alertá-lo! Há inúmeras formas de se estudar gratuitamente, então colega professor, muito cuidado! Cursos mirabolantes prometem aprovações, bons lugares, mas fique atento! Cada vez mais pessoas estão mais conectadas a boas maneiras de estudos e práticas! Então, mãos à massa!

Mas você, querido leitor? Faz parte do páreo? Ou apenas vai ser espectador deste espetacular (ou nem tanto) processo de seleção e classificação de docentes? Torcer, vibrar? Vale tudo...mas o que desejamos é…

Educação a todos, e com qualidade, valorização e sem a falta de docentes em nenhuma sala de aula!

Os desafios da escola no século XXI

Nesta segunda coluna do Educação em Ação se faz necessário um diálogo elementar...o futuro da educação!
Para onde vão as escolas? Como elas serão ao longo deste século XXI?

São desafios, incertezas e com certeza, muita busca! Mas caro leitor, fazê-lo-ei refletir sobre a origem desta instituição milenar.

A Educação apresenta seus primeiros passos junto a Grécia Antiga, principalmente por Platão e outros filósofos/pensadores que capacitavam pessoas nas mais diferentes poleis
gregas…

Mas a escola que conhecemos, enquanto instituição seriada e dedicada a aprendizagem é mais jovem, provém do Século XII. Mesmo que apresente uma linda história, repleta de rupturas inclusive, a escola tem se modernizado pouco ao longo dos últimos séculos.

A ideia de disciplinas com caixinhas de aprendizagem e conteúdos são,por vezes, pouco utilizados ou materializados para crianças e adolescentes, apresentando assim uma face entediante, comum e pobres em muitos segmentos da escola…
A dúvida é...para onde vão as escolas? Sairemos deste modelo oriundo do século XIX? 

Ou ainda vamos patinar e abominar novidades? A culpa é sua, estudante? Nossa, docentes? Ou realmente de todo um contexto social e econômico que insiste que devemos ficar inertes, com uma escola que funciona a parte,
que preconiza uma ideia de recebermos repasses científicos mas não trabalharmos com eles…

No Brasil, teremos um Novo Ensino Médio; Angústias, desafios, evasão e muita pauta ainda estarão presentes no Educação em Ação!

Mas a pergunta é...Para onde vai a Educação do século XXI?

São 50 edições…

A educação é fundamental a qualquer ser humano, e na escola, espaço formativo que se constroem às primeiras lições...mas será que podemos resumir educação a escola?

A resposta é um categórico não! Com isso a mais de um ano atrás pensamos em levar novidades, informações e convidados qualificados durante as tardes de sábado.

Por que não ousar? Em mais de um ano cativado nossa audiência e produzimos 50
edições...exploramos talentos, estudantes, universidades e vários profissionais qualificados!

"O Educação em ação está no ar!" Sempre com o compromisso de informar e estabelecer laços mais afetivos entre educação e ouvintes...que são pais, estudantes e antes de tudo,
cidadãos.

Nem Jorge, nem Lucas; O Educação em Ação pertence ao mundo! Chegamos a
frequências vizinhas a Cocal do Sul, mas antes de tudo, invadimos a Internet…por lá
compartilhamos angústias, desafios e transformações educacionais, e não vamos parar por aí!

Aguarde, outras 50, 100 ou 200 edições ainda vão ocorrer, sempre naquele horário...na aconchegante 14h, no sinal mais charmoso desta cidade...87,9 FM…
E soando o sino na igreja matriz podemos ouvir, seja no rádio ou Internet…

"O Educação em Ação está no ar"...