sábado, 20 de novembro de 2021

Dissertar é preciso!

 No auge de extremas polêmicas envolvendo exames para admissão de professores na rede estadual, tivemos a troca da empresa que lidera o certame, agora a desconhecida - Para nós catarinenses, Selecon, abandonou o barco, alegando que seu contrato previa uma gama de até 45 mil inscritos, sendo que a realidade se mostrou diferente, afinal, 70 mil  inscritos vão estar nos bancos prestando tal prova.


A prova terá exigências antes nunca feitas, como uma dissertação, que misteriosamente foi reduzida, explico leitor, é que na realidade seu tamanho mínimo previsto era de 20 linhas, agora ficamos com um pequeno "texto", já que a redação terá no máximo as 20 linhas, sendo seu mínimo 10, o que soa até um pouco absurdo aos mestres da língua portuguesa…


Na última edição do Educação em Ação estivemos à frente deste debate; novidades do edital, troca de banca, vinda da Acafe e, por fim, a polêmica envolvendo a minúscula dissertação, mas afinal, será um processo fidedigno? Reduzir a dissertação é o caminho para que resultados sejam divulgados mais cedo?


Dissertar é preciso?


É sim, até para que tenhamos parâmetros mais alinhados quando desejamos qualidade, não obstante disso, aulas provavelmente não faltarão, o que range os dentes é escrever, ser julgado...o desespero de alguns profissionais aflige muito, será que não se propõe, de maneira nenhuma, estudar, se reciclar ou trabalhar gêneros textuais em sala? As avaliações, sempre são objetivas?


São questões que o tempo, e o certame idealizado pela a Acafe vai responder, afinal, fica evidente que a valorização por parte do governo, com reconhecimento a categoria (pelo menos a faixa ingressante) tornou este exame uma verdadeira disputa do conhecimento, e provavelmente, vencerá o mais preparado, mas no fundo, quem sairá beneficiado de verdade são os alunos, que assim terão professores cada vez mais preparados, valorizados e buscando o melhor para seus pupilos.


Por isso, afirmamos aqui em nossa coluna e nas tardes de sábado..


Dissertar é preciso!


Os cancelamentos educacionais e a vida no magistério…

Para quem esperava seletivos e concursos concorridos em nossa região…vai ter que aguardar!


Foram alguns cancelamentos! Os dois primeiros certames cancelados foram referentes ao município de Criciúma, cujo nicho é, em sua maioria, pedagogos. O primeiro foi o processo seletivo de caráter temporário, posteriormente a isso, o concurso público, cujo caminho da efetivação é pavimentado; sonho de muitos servidores, inclusive.


Estes cancelamentos são de ordem judicial, pelo CREF, Conselho Regional de Educação Física, o que gerou polêmica entre o professorado da área, que julga improcedente essa exigência de filiação ao Conselho, já que suas atividades não se referem a atuação profissional de um bacharel…gerando profundo debate sobre a utilidade de tal Conselho aos licenciados.


Do outro lado, com mais candidatos e ainda mais polêmicas presenciamos outro grande golpe no magistério, o cancelamento dos serviços da Selecon, empresa fluminense cuja missão era sistematizar, conduzir e aplicar o seletivo no estado de Santa Catarina, cujo recorde de inscrições acabou ocorrendo…


E foi isso mesmo que derrubou o instituto, vide sua incapacidade de gerenciar tamanha demanda, primordialmente pelo fato de estar com estrutura para no máximo 45 mil candidatos, o certame passou facilmente das 70 mil inscrições. Diante da falta de flexibilidade de ambos, instituto e governo catarinense, ficamos sem o certame, pelo menos por agora...adiado para dezembro.


Mas como isso impacta na vida docente? Explico!


Trata-se de uma etapa que qualifica o professor a escolher escolas mais próximas ou que já tenha algum tipo de laço, facilitando o trabalho a ser desenvolvido!


Além disso, poderá valer, de fato, o posto de trabalho! Como apontamos em outra coluna "Rufem os tambores", é necessário que haja humanidade nestes tempos, afinal, muitas pessoas, de distintos níveis de saúde ou possibilidade de dedicação participam destes exames e concursos, e não é fácil ficar decepcionado com colocações não favoráveis.


Por isso professor, se tem um lado positivo neste prisma de final de ano letivo, leve em consideração que seu tempo de estudos aumentou, e a dedicação para galgar melhores escolas ou maior carga de trabalho, está aí!


Uma imensa sorte para todos nós, principalmente àqueles que amam estar em sala!