quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Emburrecimento cultural, sociedade monocultural e onomatopaica.

Acredito que qualquer ser humano sensato e no mínimo otimista imaginaria tempos atrás que nossa sociedade estivesse cada vez mais evoluída e mais organizada, afinal os tempos são outros e a modernidade, a internet e todos os outros fatores que já conhecemos bem conotam um futuro assim, temos tudo! Podemos realizar e satisfazer com poucos cliques todos os nossos anseios, sejam estes sociais, financeiros ou derivados do impregnado e transido consumismo, pois no que se refere a padrões culturais sinto que nossa sociedade caminha às pressas para a UTI, e talvez repouse por lá por um longo período, nossos traquejos e características culturais estão cada vez mais distantes! Não é possível concebermos a invasão de “pseudoculturas”! Atualmente é perceptível que somente alimentamos o nosso emburrecimento cultural com clichês já ultrapassados e com bordões encaminhados pela gigante “Globo”, os refrões monossilábicos e a apropriação do preconceito contra as minorias nos denota o “engraçado”, infelicidade para quem ri de seu próprio retrato. 

Diante de um cenário muito parecido com um pós tsunami, as escolas tentam recolher os cacos de uma cultura imensamente grandiosa e esquecida, porém também já não suporta mais tanta pressão. A monocultura e os padrões pré-estabelecidos pela mídia nos tornam somente reféns de uma ditadura que parece nunca ter fim: A ditadura capitalista. Devemos obedecer e nos travestirmos de acordo com as tendências e, pelo que sei, a atual é a do emburrecimento. O vídeo abaixo refere-se ao filme “Idiocracia”, o qual, em minha opinião, é baseado em fatos futuramente reais, retratando uma sociedade que vive no ano de 2.505, e que retornou ao período das trevas medievais.


Finalmente, prefiro adotar medidas preventivas e alimentar-me do conhecimento, nem que isso seja “careta” ou obsoleto segundo as tendências atuais. Para isso, fico com o bom e velho Gessinger e suas sábias palavras da canção “Muros e Grades” - "[...]Uma vida superficial, entre as sombras e entre as sobras, da nossa escassez".  


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