domingo, 29 de junho de 2014

“Qualidade na educação”? Um conceito sustentável!

O que podemos e o que devemos entender por “Qualidade na educação”? Afinal, o questionamento levanta e estabelece pareceres a uma análise crítica perante a nossas concepções já pré-estabelecidas.

De que maneira podemos definir o que é “Qualidade”? Afinal, de maneira clara observamos que por vezes a educação em nosso país encontra-se sucateada, e ao nos utilizarmos de dados históricos e de cunho educacional para confirmar tal panorama, a qualidade de educação deve estar atrelada diretamente a qualidade de vida do indivíduo, logicamente tudo partindo da instituição escolar.

O contexto de privilégios na questão de qualidade também deve ser questionado, afinal, como podemos utilizar modelos únicos e raros para conceituarmos ou aferirmos a qualidade de ensino, para isso ele se utiliza da seguinte citação, “Qualidade para poucos não é qualidade, é privilégio” (Gentili,  1995, 177).

O acesso democrático e não exclusivo a grupos (Questionando exclusões habituais e corriqueiras de nosso ensino), se aponta um endemismo e pragmatismo paradoxal dessa questão, afinal, percebe-se que as escolas nem ao mesmo possuem corpos técnicos e estrutura suficiente para a inclusão de deficientes, tampouco para a lida com novos problemas educacionais, tais como o Bullying.

Ao utilizarmos documentos e pareceres oficiais como o documento do CONAE (Conselho Nacional de Educação) que se refere à importância da infraestrutura física da escola, a realidade é pragmática, afinal, é perceptível que a educação básica brasileira está em um cenário aterrador e preocupante, se distanciando cada vez mais da excelência de países ditos desenvolvida.

Devemos nos preocupar também a com a unicidade educacional, afinal, os padrões seriam ideais? Seu questionamento o leva a reflexões emancipadoras propostas por Freire, que defendia um ensino público popular, acessível que ausente no que tange às preocupações com valores econômicos, mas sim com o social, pode ser constatado uma preocupação que foge Às propostas mais rígidas que mantém uma preocupação relativa à preparação para o mercado de trabalho, vestibulares e concursos.

Em uma reflexão básica, podemos questionar o fato da LDB aumentar o número de dias letivos para 200, em 1996, e o desempenho dos estudantes estar abaixo após tão transição, ou seja, será que a quantificação é sinônimo de qualificação neste contexto? Neste mesmo momento dar-se-á uma reflexão sobre uma possível implantação do ensino integral, mais uma vez levantando uma bandeira favorável ao mesmo, porém estabelecendo reflexões acerca da real qualidade do mesmo, afinal, maior carga horária não reflete aumento no desempenho e democratização da educação.

No fim dessa reflexão, podemos nos apoiar em um conceito de sustentabilidade educacional, questionando também os males que assolam nossas escolas atualmente, o “Instrucionismo”, ou seja, a mera reprodução do conhecimento, isolando assim os poucos focos que criatividade ainda existente.
Para o desenvolvimento da sustentabilidade educacional, pilares devem ser estabelecidos, afinal, de maneira complexa e sistêmica sabemos que só podemos ter alunos produtivos em universidades quando a educação básica receber devida atenção.

O fortalecimento das escolas perpassa primordialmente por fatores que envolvem a formação adequada de docentes e também uma infraestrututa adequada. Por fim, saliento que os paradigmas clássicos da educação (O que adotamos e seguimos rigorosamente até os dias de hoje) não possuem recursos suficientes para serem adotados em uma concepção sustentável de educação e tendem a segregar cada vez mais os discentes. Somente uma visão de concepção holística poderia acabar com tal segregação e tornar a educação sustentável e realmente útil e formadora.

Nenhum comentário:

Postar um comentário