O que podemos e o que devemos entender por “Qualidade na
educação”? Afinal, o questionamento levanta e estabelece pareceres a uma
análise crítica perante a nossas concepções já pré-estabelecidas.
De que
maneira podemos definir o que é “Qualidade”? Afinal, de maneira clara
observamos que por vezes a educação em nosso país encontra-se sucateada, e ao
nos utilizarmos de dados históricos e de cunho educacional para confirmar tal
panorama, a qualidade de educação deve estar atrelada diretamente a qualidade
de vida do indivíduo, logicamente tudo partindo da instituição escolar.
O contexto
de privilégios na questão de qualidade também deve ser questionado, afinal,
como podemos utilizar modelos únicos e raros para conceituarmos ou aferirmos a
qualidade de ensino, para isso ele se utiliza da seguinte citação, “Qualidade
para poucos não é qualidade, é privilégio” (Gentili, 1995, 177).
O acesso
democrático e não exclusivo a grupos (Questionando exclusões habituais e
corriqueiras de nosso ensino), se aponta um endemismo e pragmatismo paradoxal
dessa questão, afinal, percebe-se que as escolas nem ao mesmo possuem corpos
técnicos e estrutura suficiente para a inclusão de deficientes, tampouco para a
lida com novos problemas educacionais, tais como o Bullying.
Ao
utilizarmos documentos e pareceres oficiais como o documento do CONAE (Conselho
Nacional de Educação) que se refere à importância da infraestrutura física da
escola, a realidade é pragmática, afinal, é perceptível que a educação básica
brasileira está em um cenário aterrador e preocupante, se distanciando cada vez
mais da excelência de países ditos desenvolvida.
Devemos
nos preocupar também a com a unicidade educacional, afinal, os padrões seriam
ideais? Seu questionamento o leva a reflexões emancipadoras propostas por
Freire, que defendia um ensino público popular, acessível que ausente no que
tange às preocupações com valores econômicos, mas sim com o social, pode ser
constatado uma preocupação que foge Às propostas mais rígidas que mantém uma
preocupação relativa à preparação para o mercado de trabalho, vestibulares e
concursos.
Em uma
reflexão básica, podemos questionar o fato da LDB aumentar o número de dias
letivos para 200, em 1996, e o desempenho dos estudantes estar abaixo após tão
transição, ou seja, será que a quantificação é sinônimo de qualificação neste
contexto? Neste mesmo momento dar-se-á uma reflexão sobre uma possível
implantação do ensino integral, mais uma vez levantando uma bandeira favorável
ao mesmo, porém estabelecendo reflexões acerca da real qualidade do mesmo,
afinal, maior carga horária não reflete aumento no desempenho e democratização
da educação.
No fim
dessa reflexão, podemos nos apoiar em um conceito de sustentabilidade
educacional, questionando também os males que assolam nossas escolas
atualmente, o “Instrucionismo”, ou seja, a mera reprodução do
conhecimento, isolando assim os poucos focos que criatividade ainda existente.
Para o
desenvolvimento da sustentabilidade educacional, pilares devem ser
estabelecidos, afinal, de maneira complexa e sistêmica sabemos que só podemos
ter alunos produtivos em universidades quando a educação básica receber devida
atenção.
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