terça-feira, 25 de janeiro de 2022

Somos conteudistas?



Temos mais uma polêmica a frente...afinal, a escola brasileira é conteudista? Pautamos o trabalho docente em reproduções de conteúdo e não em inovação?


Sempre temos discussões acerca de como a escola funciona ou melhor, deveria funcionar! As comparações com modelos de países mais desenvolvidos não é algo saudável, principalmente para um país em que a maior parte das pessoas não atinge a escolaridade básica, ou seja, por infinitos problemas simplesmente deixam a escola.


Começando…


Não somos conteudistas, talvez isso seja até um grave problema, por vezes professores tratam de assuntos de maneira superficial, evitando rusgas ou imposição de dificuldades a seus alunos, que já deficitários sentem muitas dificuldades com o básico.


Não encare como presunção, apenas um choque de realidade...o discurso de redes sociais que preconiza o fato do sistema educacional "podar" criatividade ou não ser convidativo a todos caí por terra, afinal, ele exige o mínimo.


Pensemos, podemos afirmar que exigimos em sala que alunos sejam bons em todas as disciplinas? Que se sua afinidade for com linguagens e humanas, ele será condenado a "aprender" algo inútil nas exatas?


É um grave erro afirmar isso, e até temerário, pois em sala um aluno aprende ao menos o básico de todas as disciplinas, o que revela-se essencial para os preceitos mais básicos de cultura.


O Novo Ensino Médio altera algo?


Sim, porém ainda exige o mínimo, ou seja, o aluno não poderá deixar o ensino médio sem conhecer o mais básico em física, química, geografia, história...o que vai acontecer é a tomada de decisão frente às trilhas de aprofundamento, mas isso fica para um próximo debate!


Portanto caro aluno...sem choro, a escola não lhe poda nada, mesmo que avalie você você seus colegas de maneira quantitativa, não quer dizer que não valorize suas potencialidades!


Por isso, "bora" estudar!



quarta-feira, 19 de janeiro de 2022

A redação foi tão ruim assim?



Polêmicas à parte, tivemos na última semana a divulgação preliminar dos resultados envolvendo o certame da Secretaria de Educação de Santa Catarina. O magistério esperou com ansiedade e assistiu atônito um péssimo trabalho da Acafe...que de maneira morosa e desorganizada fez sua divulgação.


Os resultados não foram nada agradáveis…


Inúmeros professores foram desclassificados, ou seja, não atingiram o mínimo exigido em alguma das competências avaliadas...e a grande vilã? Sim, foi ela mesma, a redação.


Muitos cursos e preparatórios foram desenvolvidos por diversos institutos, haja vista que jamais na história recente uma avaliação discursiva foi utilizada pela SED. Mas parece que não surtiu muito efeito, inclusive dados preliminares informam que praticamente 50% dos profissionais foram desqualificados, sendo impedidos de participar de listas iniciais, dependendo das denominadas chamadas públicas.


De quem é a culpa?


Depende. Afinal, a Acafe já anunciou que haverá um campo para recursos, com isso a possibilidade de novos classificados pintarem na lista final é grande. Soa estranho termos uma reprovação tão gigantesca, mas não surpreendente. Explico o porquê logo abaixo.


As péssimas formações alinhavadas quase que exclusivamente a provas e modalidades frágeis tem se tornado cada vez mais populares, isso explica a falta de prática de escrita e até mesmo raciocínio e junção de ideia mediante uma dissertação, inclusive ante um tema tão tátil e de fácil explanação…


Agora devemos aguardar…


A Acafe e a SED foram rígidas demais? Houve erros? Somente a lista final nos revelará...o fato é, uma reprovação dessas proporções poderá comprometer o início do ano letivo devido a letargia das chamadas e por consequência, das demais que são públicas.


Por enquanto vamos aguardar os próximos capítulos deste agitado início de ano letivo...em que professores passaram a ser mais valorizados, porém mais exigidos também, perpassando por seu processo de seleção. 




sexta-feira, 14 de janeiro de 2022

Os desafios permeiam a vida de um professor!


O mundo é movido por perguntas, e esses questionamentos são vitais para que o ser humano descubra, aprenda e também ensine.


O desafio de ser professor não está somente em sua tarefa burocrática fora de sala de aula, em sua formação que cada vez mais exige novas habilidades...mas se encontra também no cerne das péssimas condições estruturais de nossas instituições.


Por mais que investimentos sejam feitos, a remuneração me parece a menor das queixas existentes entre os educadores, que em verões insuportáveis pingam junto com seus alunos em ambientes distantes do ideal para a aprendizagem.


Estamos rumando a educação 5.0, mas em alguns locais do Brasil temos situações de precariedade extrema, em que não há sequer banheiro com saneamento, e em outros, um teto decente.


Esqueca sua métrica quando for analisar situações, afinal, estamos em um país continental, em que temos mais de 8,5 milhões de Km² para ser gerenciados. São tantas dificuldades que são necessárias umas 4 décadas para colocar tudo em ordem quando mencionamos educação.


A nós educadores…


A nós educadores não cabe o conformismo, tampouco fazermos o básico, ou o "Que dá"...temos que inovar, porém sem ficarmos ainda mais pobres, doentes ou com chagas das sala de aula.


Portanto professor, abandone o sentimento de fracasso, de solidão ou inconformidade...busque forças na razão de um propósito, ou seja, ensinar e propagar valores e cientificidade…


Que em 2022 a inovação, qualidade e básico nos seja oferecido para darmos saltos a diante, rumando para uma educação eficaz e de saber crítico.




terça-feira, 4 de janeiro de 2022

O que esperar de 2022 para a educação?



É um grande e belo questionamento, afinal teremos muitas novidades para o ano de 2022. Desde o retorno presencial para todas as unidades escolares de Santa Catarina como a implementação de uma nova modalidade para o Ensino Médio.


As novidades não param, para além das mudanças em propostas metodológicas, estaremos diante de um programa de remuneração aos estudantes, este vinculado aos alunos que frequentarem o novo Ensino Médio, visando é claro o combate da evasão escolar, grande gargalo da educação brasileira.


Mas o que podemos esperar para este novo ano letivo?


Antes de tudo, nossa coluna não deseja estabelecer laços com a futurologia, tampouco adivinhações...mas se nenhuma das novas variantes impedir, estamos cientes que 2022 tem tudo para ser muito melhor que os dois anos letivos anteriores.


O que poderá acontecer de bom?


Provavelmente o combate à evasão será o grande desafio dos estados de nossa federação, políticas como a bolsa estudantil de SC devem servir como modelo, e a tendência é que se mostrem eficazes, pelo menos como uma medida mitigadora, ou seja, temporária.


Para a educação infantil e ensino fundamental a busca por maior número de vagas e ensino integral deve se propagar, não somente em SC, mas como proposta do MEC aliado a projetos estaduais e municipais, o que de certa maneira garante mais qualidade e pelo uma escola de tempo integral.


Ainda para o ensino médio, as propostas de novos componentes curriculares e escolhas feitas pelo corpo discente devem valorizar individualidades e atender novas demandas do século XXI, favorecendo habilidade e competências exigidas pela sociedade.


O que pode dar errado?


Primeiramente falando do infantil e fundamental...a ausência da efetiva universalização de vagas, para além disso, com a volta do ensino totalmente presencial grandes desafios tendem a aparecer relativos à alfabetização e conhecimentos básicos em séries iniciais.


Ainda neste segmento, a ausência de vagas em creches e pré-escolas deverá acontecer em grandes centros, por mais que políticas reforcem a universalização. Ainda neste segmento, ausência de efetividade na implementação de escolas em tempo integral.


Já no ensino médio o grande temor é que a nova proposta seja um grande fracasso, algo que poderá comprometer toda esta imensa revisão curricular a que se propõe a modalidade. Motivos que levariam a este fracasso seriam ligados à evasão, que poderá aumentar devido a situação econômica deteriorada de maior parte da nossa população ou até mesmo o desinteresse pelos novos componentes curriculares.


Mas é você, o que espera para o ano letivo de 2022? 


Serão grandes desafios, contudo nós, do Educação em Ação torcemos para que seja um ano repleto de alegrias e sucesso educacional.

O final do ano chegou, é hora de agradecer!

Mais um final de ano bate à porta...são as festas de confraternização, Natal, virada de ano e para nós, profissionais de educação, o último suspiro do ano.


O Educação em Ação obteve uma brilhante trajetória em 2021, foram grandiosas edições com inúmeras notícias positivas, e é claro, muitas negativas - O que infelizmente é comum ao meio educacional.


Mas para nós, Jorge e Lucas, é hora de agradecer!


Agradecer por todo apoio de patrocinadores, da própria Rádio Cocal 87.9 FM, que abriu mais uma vez espaço para a divulgação de projetos e notícias educacionais. Manteve o Educação em Ação ainda mais forte em sua programação, gerando ainda mais possibilidades para que em 2022 surjam mais novidades.


E para um novo ano?


Para 2022, a terceira temporada de nosso programa, esperamos grandes novidades, e partir do finalzinho de janeiro, a beira de um novo ano letivo, voltaremos com ainda mais intensidade, sempre na mesma frequência, com transmissões ao vivo pelo Facebook, e abertura de espaços para protestos e temáticas polêmicas que envolvam as diferentes esferas da educação.


Nossa gratidão!


Muito obrigado a todos que acompanham, e se fizeram presentes neste fabulosos ano de 2021, que apesar de grandes dificuldades, foi superado com árduo trabalho e acima de tudo muita dedicação.


Da equipe do Educação em Ação no resta agradecer!


Até breve, e que venha 2022!


Os seletivos e suas eternas confusões

Os seletivos para profissionais da educação nunca foram de fato uma primazia em termos de organização, porém sempre obtivemos boas avaliações no quesito lisura e agilidade.


Depois de regionalmente testemunhamos alguns episódios de editais ruídos e empresas desistindo de certames, chegamos a principal prova, a de seleção estadual promovida pela SED/SC.


A quantia de proponentes ao certame aumentou muito, tanto que a Selecon, do Rio de Janeiro, desistiu de organizar esta seleção, devido sua envergadura e todo o dispêndio exigido. A Acafe assumiu, experiente na seleção, logicamente gerou o sentimento de seguridade nos profissionais que se inscreveram.


Em muitas regionais o certame foi excelente, e também ocorreu de forma organizada, promovendo a prova na mais absoluta segurança e confiabilidade. Já afirmamos, a Acafe detém imensa experiência e sempre participou de certames de tamanho gigantesco como este, como edições anteriores e vestibulares das universidades comunitárias de Santa Catarina.


Porém…


Em outras regionais o certame foi marcado por grande confusão, desorganização e acima de tudo, irresponsabilidade da própria Acafe. A SED/SC contratou a Acafe e desta forma assiste a distância todos os casos relatando acesso a celular ou movimentações supeitas em sala.Para além disso, temos casos de pessoas passando mal em salas abarrotadas, impedindo sequer a idoneidade da avaliação, já que pareciam provas em dupla.


Quem é o culpado?


Depende. O culpado logicamente sempre é buscado, e recai quase sempre ao contratante a responsabilidade, e não poderia ser diferente…


Mas é a Acafe? Pois bem, tem sido alvo de inúmeras críticas, contudo tem afirmado que forma casos isolados, de qualquer maneira ficou evidente que problemas existiram, e que o volume de candidatos foi um grande problema para quem se acostumou a ver estas provas em Santa Catarina.


O processo também ilustrou irresponsabilidades como pessoas utilizando o celular em sala, filmando cartões de prova e também ironizando situações.


Fica claro que estes processos sim, podem oferecer pontos de discórdia e desorganização, mas cabe aos educacadores que dele participam primar pelo cumprimento de regras básicas, com o bom senso prevalecendo…


Agora é aguardar os próximos capítulos e uma possibilidade de cancelamento, em pleno dezembro de 2021, será que seria a melhor solução?


Aguardemos...


O Bolsa estudante é a solução?


O ano de 2022 ficará marcado pela virada de chaves em Santa Catarina, principalmente pela inserção em definitivo das escolas na modalidade do Novo Ensino Médio, que promete em seu escopo uma grandiosa revolução. O rompimento de paradigmas e gargalos parece ser um desafio para duas ou três décadas…


Mas e o Bolsa estudante, já ouviu falar, caro leitor?


Este projeto visa combater a evasão escolar, um problema crônico da educação brasileira, e que por ventura aparece com força em grandes municípios de Santa Catarina. O projeto já foi encaminhado para a ALESC, e carece de revisões, já que alguns critérios como bom desempenho e frequência deverão ser levados em consideração para que o benefício seja de fato pago aos responsáveis pelo aluno.


Mas qual seria o objetivo do bolsa estudante?


O ano de 2022 é eleitoral, e toda a prática neste tipo de ocasião merece ser analisada com todo cuidado. Apesar de fatores externos corroborarem para uma análise política desta pauta, valer-se-á o bom senso,afinal, boa parte de nossos estudantes são trabalhadores, e necessitam completar ou complementar a renda de suas famílias, deixando claro que alguns são os mantenedores de alguns grupos familiares.


O fato é, o bolsa estudante tem tudo para ser uma estratégia eficaz para a manutenção do estudante no Novo Ensino Médio, afinal, ele, mediante a comprovação de documentos de rendimentos, conseguirá fazer usufruto de 11 parcelas de 568 ao longo do ano letivo. Apesar disso, o caráter emergencial da matéria analisada por nossos representantes se dá pelas brechas orçamentárias e todo o traquejo necessário para que estes valores cheguem aos responsáveis.


Não podemos admitir que estudantes se tornem subalternos escolares, mas ao mesmo tempo não se torna viável desperdiçar a chance de contemplar famílias carentes com programas sociais que auxiliam na manutenção do subterfúgio mais importante ao jovem, a Educação…aquela que muda realidades e transforma cidadãos!


Que o programa/projeto se torne um sucesso, e principalmente, que os responsáveis façam usufruto de maneira adequada deste processo…e unidos, que vençamos o grande fantasma que impede que boa parte de nossos estudantes concluam esta etapa essencial de escolarização, a evasão escolar.