Neste fim de ano letivo as
conversas tomam o lugar das aulas, inúmeros conselhos decidem o futuro de
alunos, alguns com méritos cruzam a linha do horizonte e seguem sua vida
escolar na mais perfeita paz, alguns já galgam inclusive outras instituições
para estudarem, visando logicamente uma melhor qualidade de ensino, e porque
não uma formação técnica.
Aos que reprovam, resta
enfrentar mais um ano letivo igual, os mesmos conteúdos, métodos, porém com
colegas novos, a idade pode pesar muitas vezes e a desistência pode se tornar
eminente em alguns casos, primordialmente aos que se tornam “velhos” demais
para suas séries.
Fonte: http://blogsimpa.zip.net/images/reprovado.jpg
A reprovação deve ser
encarada como nova “Chance”, e construindo uma analogia, podemos compará-la Às
prisões, onde os alunos que “Reprovaram” continuam vagando até cumprirem suas sentenças,
e algumas delas podem ser pesadas, principalmente aos que reprovam em fases de
transições, tais como 5º ano, 9º ano e 3º ano do ensino médio.
Fonte: http://2.bp.blogspot.com/-notabaixa.jpg
As duras penas a reprovação
é aceita por pais, um ano perdido e de gastos deve ser levado em consideração,
não é comum aceitar uma “Sentença” tão pesada, é consternador observar que seu
filho ficará um passo atrás de todos os seus colegas, e com certeza, será alvo
fácil de piadas e constantes deboches, contudo, continuo com a analogia às
prisões, aquele que se “Arrepende” e cumpre sua sentença, provavelmente aprende
a lição, e deverá prosseguir seus estudos com mais segurança e talvez
confiança.
O que me machuca realmente é
a maneira com que “Recuperamos” estes alunos reprovados, se é que podemos
chamar de recuperação, afinal, o governo pouco investe na educação, e tampouco
se importa com a qualidade do ensino na rede pública, estabelece mirabolantes
exames e metas anualmente, porém nada investe em melhorias estruturais. Índices
internacionais como o PISA (Programa Internacional de Avaliação), sempre nos
mostram abaixo de países menos desenvolvidos.
Não sou entusiasta de dados
quantitativos, e tampouco aprovo a ideia de que devemos formar cidadãos com
habilidades técnicas, como os orientais adoram fazer, e gabar-se. Acredito que
uma formação crítica contribui muito mais para a formação de uma nação estável
e desenvolvida socialmente.
Vemos esplendorosos exemplos
de educadores que se esforçam e realizam projetos de uma magnitude didática
fantástica, porém poucas vezes são realmente reconhecidos ou prestigiados, e
atuam de maneira “Avulsa”, o governo pouco investe no ensino básico, e
direciona seus investimentos mais preciosos para o ensino superior, criando um
grande hiato entre a educação básico e o nível superior.
Aos professores do ensino
básico, resta preparar o aluno para o mercado de trabalho ou então para
vestibulares, ou seja, para ações práticas e que não envolvam criticidade, o
estímulo à criticidade, aliás, deve ser evitado ao máximo, nenhum governo
deseja uma massa extremamente crítica.
Mas diante de todas as
evoluções tecnológicas percebemos enfim que a escola já não exerce mais o papel
de outrora. Trata-se de um mero local de encontro para maioria dos jovens, que
também não fazem a menor questão de serem diferentes, desejam ser “Iguais” ou estereotipados,
a criticidade e a formação de opinião é somente fruto de poucas leituras ou
noticiários tendenciosos, isso quando assistem ou leem algo!
Mas afinal, a reprovação, é
culpa do professor? Ou somos apenas fantoches de nossa miserável e patética
realidade?!
Another Brick in The Wall - Pink Floyd
We don't need no education
We don't need no thought control
No dark sarcasm in the classroom
Teachers leave us kids alone
Hey! Teachers! Leave us kids alone!
All in all it's just another brick in the wall
All in all you're just another brick in the wall
"Wrong, Guess again!
If you don't eat yer meat, you can't have any pudding
How can you have any pudding if you don't eat yer meat?
You! Yes, you behind the bikesheds, stand still laddie! "
Ei Lucas, me lembro que estávamos discutindo sobre isso ontem :D kk
ResponderExcluirJustamente! Estava com essa ideia e com o texto esboçado, a discussão auxilia ainda mais para a construção de um bom texto! Valeu por acrescentar, nobre colega!
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