quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Sou apenas um fantoche de nossa miserável e patética realidade!

Neste fim de ano letivo as conversas tomam o lugar das aulas, inúmeros conselhos decidem o futuro de alunos, alguns com méritos cruzam a linha do horizonte e seguem sua vida escolar na mais perfeita paz, alguns já galgam inclusive outras instituições para estudarem, visando logicamente uma melhor qualidade de ensino, e porque não uma formação técnica.

Aos que reprovam, resta enfrentar mais um ano letivo igual, os mesmos conteúdos, métodos, porém com colegas novos, a idade pode pesar muitas vezes e a desistência pode se tornar eminente em alguns casos, primordialmente aos que se tornam “velhos” demais para suas séries.

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A reprovação deve ser encarada como nova “Chance”, e construindo uma analogia, podemos compará-la Às prisões, onde os alunos que “Reprovaram” continuam vagando até cumprirem suas sentenças, e algumas delas podem ser pesadas, principalmente aos que reprovam em fases de transições, tais como 5º ano, 9º ano e 3º ano do ensino médio.

Fonte: http://2.bp.blogspot.com/-notabaixa.jpg

As duras penas a reprovação é aceita por pais, um ano perdido e de gastos deve ser levado em consideração, não é comum aceitar uma “Sentença” tão pesada, é consternador observar que seu filho ficará um passo atrás de todos os seus colegas, e com certeza, será alvo fácil de piadas e constantes deboches, contudo, continuo com a analogia às prisões, aquele que se “Arrepende” e cumpre sua sentença, provavelmente aprende a lição, e deverá prosseguir seus estudos com mais segurança e talvez confiança.

O que me machuca realmente é a maneira com que “Recuperamos” estes alunos reprovados, se é que podemos chamar de recuperação, afinal, o governo pouco investe na educação, e tampouco se importa com a qualidade do ensino na rede pública, estabelece mirabolantes exames e metas anualmente, porém nada investe em melhorias estruturais. Índices internacionais como o PISA (Programa Internacional de Avaliação), sempre nos mostram abaixo de países menos desenvolvidos.

Não sou entusiasta de dados quantitativos, e tampouco aprovo a ideia de que devemos formar cidadãos com habilidades técnicas, como os orientais adoram fazer, e gabar-se. Acredito que uma formação crítica contribui muito mais para a formação de uma nação estável e desenvolvida socialmente.

Vemos esplendorosos exemplos de educadores que se esforçam e realizam projetos de uma magnitude didática fantástica, porém poucas vezes são realmente reconhecidos ou prestigiados, e atuam de maneira “Avulsa”, o governo pouco investe no ensino básico, e direciona seus investimentos mais preciosos para o ensino superior, criando um grande hiato entre a educação básico e o nível superior.

Aos professores do ensino básico, resta preparar o aluno para o mercado de trabalho ou então para vestibulares, ou seja, para ações práticas e que não envolvam criticidade, o estímulo à criticidade, aliás, deve ser evitado ao máximo, nenhum governo deseja uma massa extremamente crítica.


Mas diante de todas as evoluções tecnológicas percebemos enfim que a escola já não exerce mais o papel de outrora. Trata-se de um mero local de encontro para maioria dos jovens, que também não fazem a menor questão de serem diferentes, desejam ser “Iguais” ou estereotipados, a criticidade e a formação de opinião é somente fruto de poucas leituras ou noticiários tendenciosos, isso quando assistem ou leem algo!

Mas afinal, a reprovação, é culpa do professor? Ou somos apenas fantoches de nossa miserável e patética realidade?!

Another Brick in The Wall - Pink Floyd



We don't need no education
We don't need no thought control
No dark sarcasm in the classroom
Teachers leave us kids alone
Hey! Teachers! Leave us kids alone!
All in all it's just another brick in the wall
All in all you're just another brick in the wall

"Wrong, Guess again!
If you don't eat yer meat, you can't have any pudding
How can you have any pudding if you don't eat yer meat?
You! Yes, you behind the bikesheds, stand still laddie! "


2 comentários:

  1. Ei Lucas, me lembro que estávamos discutindo sobre isso ontem :D kk

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  2. Justamente! Estava com essa ideia e com o texto esboçado, a discussão auxilia ainda mais para a construção de um bom texto! Valeu por acrescentar, nobre colega!

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