A síndrome de Peter Pan foi
definida em psicologia como a “Síndrome do homem que nunca cresce”, e a
primeira obra que se refere ao assunto foi escrita por Dan Killey em 1.983,
porém nem há certeza se realmente isso é uma doença real, e eu por exemplo,
acredito que não, e somente creio que podemos defini-la como um estado de
extrema nostalgia.
Peter Pan era um personagem
que nunca crescia, e que aproveitava sua juventude eterna com seus companheiros
de sua idade, ou mais novos e ao lado de sua fiel escudeira, a fada sininho, e
como o mesmo nunca crescia, e desejava o mesmo, acredito que tenho um pouco em
mim do velho (risos) personagem de Walt Disney.
Desde cedo contava os dias
para nunca crescer, e sempre olhava para os mais adultos e acompanhava seu
semblante de extrema preocupação, e eram preocupações fidedignas, afinal,
existem dívidas, empregos e imensas responsabilidades quando você se torna
adulto.
Desde o ano 2000, quando
tinha 10 anos, já sabia que o tempo é implacável e que nossas vidas são guiadas
sempre ao sabor do destino e é claro, com nossa ajuda e com nossa tomada de
decisões.
Uma vez, após uma aula
questionei uma professora.
-Professora, será que um dia
o ser humano criará um jeito de se ser para sempre criança?
Ela me respondeu, e tal
resposta jamais esqueci...
-Não, jamais conseguirá
isso, mas pense, as memórias são o que de melhor você pode levar de todos os
momentos que você viveu quando criança, não esqueça também que existem
fotografias e os próprios relatos orais, muitos
que você conhece hoje serão seus amigos eternamente, mesmo que alguns você
nunca mais veja, algum resquício de memória você sempre carregará.
Diante da resposta, que nem
ao menos compreendi, mas anotei, questionei meu irmão que posteriormente me
explicou tudo, inclusive corrigindo os erros ortográficos que cometi anotando
tal resposta.
Acredito que desde aquela
momento tomei a consciÊncia de que crescemos, independente do desejo de termos
10, 12 ou talvez 16 anos eternamente, e também compreendi que as
responsabilidades só aumentam conforme sua idade avança.
As dificuldades físicas e de
raciocínio também são iminentes, mas, ao contrário do que sempre pensei, demoramos
a ficarmos velhos, e o espírito da juventude pode permanecer eternamente em
nossas faces, para não nos rendermos aos maus hábitos.
Nostalgia
A nostalgia toma conta facilmente
de qualquer saudosista como eu, e o principal motivo por escrever mais este
texto está em um específica foto que guardei, e que é datada do ano de 1999,
ano em que estive na 3ª série, e ainda frequentava aula no Grupo Escola
Fiorento Meller (Que hoje já tem outro nome) e onde comecei a conhecer a
Geografia e ano em que decidi ser professor (É cedo, mas é verdade).
Na foto, um mero encontro de
nós alunos, da 3ª série, em frente a um monumento da prefeitura municipal de Criciúma mais
conhecido como “5 dedos”, da foto, reconheço a maioria, de alguns, de alguns
até esqueci o nome, apesar de lembrar muito bem que faziam parte do meu ciclo
de amizades naquele momento!
O valor da foto? R$1, um
valor meramente simbólico para uma grande joia que eternamente guardarei!
“Quando
eu era menino, os mais velhos perguntavam: o que você quer ser quando crescer?
Hoje não perguntam mais. Se perguntassem, eu diria que quero ser menino.”
Fernando
Sabino.
O que você vai ser quando crescer?
O que a gente vai fazer quando se ver
De novo
O que será que acontece
Pra gente um dia não se querer mais
Eu só queria um pouco de paz
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