quinta-feira, 10 de abril de 2014

"Quem já perdeu um sonho aqui?!"

Com a frase central de uma das mais populares canções da banda “Hateen”, começo a escrever sobre uma das coisas que mais me afligem: A falta de prospecção das pessoas, ou seja, duelo utilizando minhas palavras contra um comodismo que insiste em invadir nossas vidas e lares.

A zona de conforto realmente um lugar muito seguro, por vezes flertamos com bons empregos e boas colocações para justamente nos acomodarmos e sermos coadjuvantes, afinal, quem precisa conquistar o espaço é quem deve batalhar. Porém, em minha concepção o comodismo é complexo, e por vezes nos torna somente mais um grão de areia na imensidão.

No âmbito educacional, vejo que é muito fácil para conquistarmos o comodismo, afinal, por que devemos continuar estudando ou buscando qualificações se já conhecemos e sabemos de tudo? Na realidade sei que nós, professores, não sabemos de tudo, porém, após algum tempo parece que a mesma vontade que exigimos aos alunos (Vontade de aprender) fica estagnada para nós, professores.

Novos cursos, especializações, palestras e qualificações parecem ser devaneios, afinal, por que deixaríamos nossas cômodas vidas bem planejadas para aprendermos mais? Por que devemos nos matar de estudar se nem tudo o que existem em cursos e especializações vamos usar em sala de aula? Pois é, é assim que grande parte de nós educadores pensamos.

Não julgo todas as situações, afinal, sei que existem pessoas que entregam suas vidas às suas famílias, o que acho muito bonito e lisonjeiro, porém, saliento que um educador nunca deve parar, o estudo é sua força motriz para continuar, e seus planejamentos e ações devem ser rasgadas ao fim do ano! Tá bem, nem tudo! Mas quase tudo! Isto, em minha concepção, é um reforço para novas pesquisas e novos métodos para a arte de lecionar!


Não admito que me digam que quem faz várias atividades ao mesmo tempo deixa a desejar na maioria delas, conheço casos, e me incluo nisso, modestamente, de pessoas que exercem várias atividades além de lecionar e conseguem desenvolver seus projetos paralelos de maneira límpida e com certo sucesso.

Não é difícil percebermos que a evolução tecnológica tornou o jovem mais esperto e perspicaz, e que o mesmo exige cada vez mais de seu professor, afinal, o anseio de aprendizagem de alguns evoluiu tão rápido quanto as máquinas desde a 1ª Revolução Industrial. Cabe ao professor se reciclar e tornar-se cada vez mais uma referência de caráter e um exemplo de um cidadão bem informado e atualizado.


Com certa nitidez observamos que alguns métodos que são utilizados na educação a tornam detestável, e isso respinga para a escola, que se torna tão chata quanto álgebra linear, que acredito que possa ser legal. Creio que o velho professor (Aquele carrancudo e disciplinador) deve se aposentar e permitir uma “muda” (Termo da biologia) e se utilizar do bom humor e das novas tecnologias para gerenciar suas aulas.

As atualizações, especializações e qualificações para isso existem, e elas nos tornam melhores, nunca é perda de tempo ler, aprender ou se exercitar, tampouco conhecer algo novo! Basta a nós, educadores, abraçarmos esta ideia, afinal, não merecemos ser apenas meros transmissores de conhecimento.

Como um sujeito que abraça o mundo, que tenta desenvolver muitas atividades ao mesmo tempo e que está diante de um cenário que representa o total pragmatismo educacional...Tenho que concordar com Rodrigo Coala quando falo sobre o sonho de uma educação pública de qualidade, pelo menos por enquanto...

Quem já perdeu um sonho aqui
Sabe o que é decepção
Só quem já perdeu tudo o que tinha
Pode entender.
Palavras,
desfeitas,
é consequência de quem já não é
A mesma pessoa, na qual um dia você acreditou
Desgasta ao refazer,
O que se espera e não tem solução
Retornos e atalhos, pra quem só vive sem direção.
Parece que vai ser sempre assim
Nada dá certo pra mim.
Oh não!

Fonte das imagens:http://edsongen.blogspot.com.br/2010/09/diante-da-realidade-em-que-muitas.html


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