sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Os inquebráveis e insustentáveis paradigmas da web

Nos dias de hoje possuímos uma ferramenta de pesquisa que facilita nossa vida em proporção colossal, sim, me refiro a internet!Ela que nos salva em vários momentos, desde pesquisas básicas como as gastronômicas a pesquisas muito bem embasadas e construídas por universidades de renome internacional.

A internet sem dúvidas alguma atua como alicerce fundamental na vida de estudantes, professores e seres humanos em geral que buscam se informar, adquirir conhecimento e talvez entretenimento, mas será que o Google e demais instrumentos cibernéticos somente nos fornecem coisas boas?



Realmente constato que não! Muito tenho lido que informações básicas e reportagens destorcidas são propagadas em redes sociais com facilidade, ou seja, em grande maioria dos casos indivíduos compartilham e “Curtem” textos que nem ao menos leram ou analisaram, tampouco penso que procuraram aferir e mediar informações que nele continham.

O Youtube também é uma ferramenta que por vezes contribui com análises equivocas, precipitada e por vezes avessa à realidade. Apesar de ser consolidado como a rede social efetivamente mais construtiva e que contribui de maneira interessante para a formação de opinião. No Youtube podemos ver aulas de Havard e Oxford como podemos contemplar vídeos desconstrutivos como os idealizados por Rachel Sheherazade, jornalista do SBT, ou seja, até os maus momentos da TV aberta brasileira são vinculados ao Youtube de alguma maneira.

No fim das contas, a alienação é contínua mesmo na internet, espaço este que deveria ser mais democrático e variado, mas o que vemos propagado por aí é sempre mais do mesmo. Vídeos alusivos e que alertam a população para problemas sociais, desvios de verbas públicas, descasos com saúde e educação pública são praticamente esquecidos, tampouco são compartilhados ou divulgados. A divulgação e propagação maior são de correntes e virais humorísticos.

Alguns dos principais pensadores da Web! Muitas frases nem são realmente de sua autoria.

Redes sociais acabam também como grandes difusores de notícias e informações, e como já foi citado neste texto, sem mediação alguma, diferentemente dos livros (Objetos que possuem folhas e mais folhas de informações aferidas e devidamente revisadas) ou seja, devemos analisar com afinco toda e qualquer informação tirada da web, principalmente as propagadas sem nenhum cuidado.

O Facebook, por exemplo, virou um celeiro de desinformados metidos a “Intelectuais”, o autor do blog em questão divulga seus textos por lá, o que não o faz um pensador ou um crítico de extrema importância ou relevância, porém é “Cool” compartilhar textos, frases e mensagens que possam construir uma imagem de intelectualidade, apesar de poucos realmente produzirem! Em suma vemos cópias escrachadas e frases que realmente nem pertencem aos autores citados.

Outra questão que merece análise é a facilidade para se conseguir informações, e por vezes não fornecidas por especialistas ou pessoas devidamente capacitadas, como já foi citado no texto. A Web se consolida como espaço democrático, onde qualquer indivíduo pode vincular informações em redes sociais e sites, portanto filtrar informações cabe ao próprio usuário.

Pelo menos não preciso procurar em 8 livros informações básicas, porém agora devo aferir informações de 8 milhões de sites, e agora?

A busca por informações relevantes e para conclusões de linhas de raciocínios nos dias de hoje está atrelada a simples cliques em buscador qualquer, afinal, será isso aprender? Ou meramente recolher o que precisamos? A relação entre usuário e informações cibernética me remete aos primórdios das relações entre humanos e meio (Natureza), onde seres humanos visando sua subsistência coletavam e caçavam de acordo com sua necessidade, e se analisarmos friamente, utilizamos a internet dessa maneira, apenas memorizando e levando consigo poucas coisas, preenchendo assim lacunas necessárias e geradas por questionamento, mas é claro, sem a devida e necessária aprendizagem.

O Google e todos os recursos cibernéticos podem estar nos deixando mais acomodados, talvez não “Mais burros”, mas estamos cada vez mais próximos de uma zona de conforto que pode nunca ter fim, a cada dia que passa definhamos mais o conceito de “Conhecimento”, não obstante disso desejamos a morte dos velhos livros.


Enfim, menos Rachel Sheherazade e mais livros! Mesmo que sejam e-books!



Fonte da imagem 1:http://www.youpix.com.br/comportamento/autores-cults-na-web/
Fonte da imagem 2: http://espectivas.files.wordpress.com/2010/11/karl-popper-web.jpg?w=398&h=277
Fonte da imagem 3: http://napraticaateoriaeoutra.org/wp-content/uploads/2009/12/sociology_strike.jpg

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