Nos dias de hoje possuímos
uma ferramenta de pesquisa que facilita nossa vida em proporção colossal, sim,
me refiro a internet!Ela que nos salva em vários momentos, desde pesquisas básicas
como as gastronômicas a pesquisas muito bem embasadas e construídas por
universidades de renome internacional.
A internet sem dúvidas
alguma atua como alicerce fundamental na vida de estudantes, professores e
seres humanos em geral que buscam se informar, adquirir conhecimento e talvez
entretenimento, mas será que o Google e demais instrumentos cibernéticos
somente nos fornecem coisas boas?
Realmente constato que não!
Muito tenho lido que informações básicas e reportagens destorcidas são
propagadas em redes sociais com facilidade, ou seja, em grande maioria dos
casos indivíduos compartilham e “Curtem” textos que nem ao menos leram ou analisaram,
tampouco penso que procuraram aferir e mediar informações que nele continham.
O Youtube também é uma ferramenta que por vezes contribui com
análises equivocas, precipitada e por vezes avessa à realidade. Apesar de ser
consolidado como a rede social efetivamente mais construtiva e que contribui de
maneira interessante para a formação de opinião. No Youtube podemos ver aulas
de Havard e Oxford como podemos contemplar vídeos desconstrutivos como os
idealizados por Rachel Sheherazade, jornalista do SBT, ou seja, até os maus
momentos da TV aberta brasileira são vinculados ao Youtube de alguma maneira.
No fim das contas, a
alienação é contínua mesmo na internet, espaço este que deveria ser mais
democrático e variado, mas o que vemos propagado por aí é sempre mais do mesmo.
Vídeos alusivos e que alertam a população para problemas sociais, desvios de
verbas públicas, descasos com saúde e educação pública são praticamente
esquecidos, tampouco são compartilhados ou divulgados. A divulgação e
propagação maior são de correntes e virais humorísticos.
Alguns dos principais pensadores da Web! Muitas frases nem são realmente de sua autoria.
Redes sociais acabam também
como grandes difusores de notícias e informações, e como já foi citado neste
texto, sem mediação alguma, diferentemente dos livros (Objetos que possuem
folhas e mais folhas de informações aferidas e devidamente revisadas) ou seja,
devemos analisar com afinco toda e qualquer informação tirada da web,
principalmente as propagadas sem nenhum cuidado.
O Facebook, por exemplo, virou um celeiro de desinformados metidos a “Intelectuais”,
o autor do blog em questão divulga seus textos por lá, o que não o faz um
pensador ou um crítico de extrema importância ou relevância, porém é “Cool” compartilhar textos, frases e
mensagens que possam construir uma imagem de intelectualidade, apesar de poucos
realmente produzirem! Em suma vemos cópias escrachadas e frases que realmente
nem pertencem aos autores citados.
Outra questão que merece
análise é a facilidade para se conseguir informações, e por vezes não
fornecidas por especialistas ou pessoas devidamente capacitadas, como já foi citado
no texto. A Web se consolida como espaço democrático, onde qualquer indivíduo
pode vincular informações em redes sociais e sites, portanto filtrar
informações cabe ao próprio usuário.
Pelo menos não preciso procurar em 8 livros informações básicas, porém agora devo aferir informações de 8 milhões de sites, e agora?
A busca por informações
relevantes e para conclusões de linhas de raciocínios nos dias de hoje está
atrelada a simples cliques em buscador qualquer, afinal, será isso aprender? Ou
meramente recolher o que precisamos? A relação entre usuário e informações
cibernética me remete aos primórdios das relações entre humanos e meio
(Natureza), onde seres humanos visando sua subsistência coletavam e caçavam de
acordo com sua necessidade, e se analisarmos friamente, utilizamos a internet
dessa maneira, apenas memorizando e levando consigo poucas coisas, preenchendo
assim lacunas necessárias e geradas por questionamento, mas é claro, sem a
devida e necessária aprendizagem.
O Google e todos os recursos
cibernéticos podem estar nos deixando mais acomodados, talvez não “Mais burros”,
mas estamos cada vez mais próximos de uma zona de conforto que pode nunca ter
fim, a cada dia que passa definhamos mais o conceito de “Conhecimento”, não
obstante disso desejamos a morte dos velhos livros.
Enfim, menos Rachel
Sheherazade e mais livros! Mesmo que sejam e-books!
Fonte da imagem 1:http://www.youpix.com.br/comportamento/autores-cults-na-web/
Fonte da imagem 2: http://espectivas.files.wordpress.com/2010/11/karl-popper-web.jpg?w=398&h=277
Fonte da imagem 3: http://napraticaateoriaeoutra.org/wp-content/uploads/2009/12/sociology_strike.jpg
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