sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Maconha, eu não legalizo, e você?

Uma discussão bastante popular, repleta de polêmicas e de informações enganosas, e assim que defino este debate, pelo menos em nosso país. No entendo é bastante sabido que movimentos a favor da legalização da erva são bem organizados e fundamentados, a linha contrário à legalização também não faz feio e organiza-se no mesmo nível.

A maconha recebe a nomenclatura científica de Cannabis (Com três gêneros: Sativa, Indica e Ruderalis) e possui sua origem geográfica na Ásia central e meridional. Começou a ser utilizada antes mesmo de Cristo, por volta de três milênios, e hoje em dia é consumida no mundo todo. Em alguns países o consumo e comércio são parcialmente legalizados, podemos citar como exemplo Holanda e Uruguai, cito que é parcialmente legalizada devido Às restrições impostas ao porte e também ao comércio da mesma.

Fonte da imagem: http://sargentolago.blogspot.com.br/2010/07/por-que-liberar-maconha.html (CLIQUE PARA AMPLIAR).

No Brasil a maconha está conectada a universos bastantes distintos, podem ser citados aqui grandes cientistas, políticos, músicos e escritores que fazem ou fizeram uso da mesma, e também apoiam uma possível legalização, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso é um dos célebres defensores da causa. Também podemos associar o consumo da maconha às periferias e zonas de pobreza ou extrema pobreza de nosso país, é perceptível que “Bocas” e fornecedores em sua grande maioria localizam-se em locais ermos e distantes de localidades nobres.

Em nosso país a maconha é ilegal, porém não há penas de reclusão para o consumo, de fato consumir não é crime, porém o porte de grandes quantidades pode remeter a tráfico, que é crime. Segundo o artigo 28 da lei nº 11.343/2006, de 23 de agosto de 2006 os usuários de drogas podem ser somente advertidos ou vinculados à prestação de serviços comunitários.

No Brasil a discussão a acerca de uma legalização está a dezenas de anos em tramitação no congresso nacional, diversas frentes parlamentares já foram constituídas e dissolvidas durante este tortuoso percurso, é que de fato há muita pressão e influencia midiática no debate, o que acaba gerando desconfiança na maioria das vezes entre os parlamentares, usuários e população em geral.

Sátira após os intensos protestos da “Marcha da maconha”.
Fonte da imagemhttp://www.blogdoserido.com.br/supremo-libera-a-marcha-da-maconha/.(CLIQUE PARA AMPLIAR).

Mas afinal, por que não legalizar a maconha em nosso país? Em minha opinião a maconha é como qualquer outra droga lícita que conhecemos, como bebidas alcoólicas, cigarros e remédios (Estes que são controlados em algumas instâncias, como os faixas preta) e como todas as lícitas é bastante evidente todos os seus males.

Classifico que a maconha, nas mãos de quem sabe administrá-la, é o grande passaporte para o uso de outras drogas mais “potentes” e arrasadoras, como a cocaína e o Crack. É uma opinião bastante conservadora, porém, bastante conectada a nosso contexto atual de sociedade, esta que vive diversos percalços sociais corriqueiramente, primordialmente em áreas como saúde, educação, habitação e segurança pública.

Sem pestanejar sabemos que governos federal, estaduais e municipais gastam dezenas de milhões com recuperações de indivíduos usuários de drogas, e sabemos que muitos ali adentraram ao “Mundo das drogas” através da maconha, não preciso de dados concretos para isso, a realidade nua e crua nos fornece este tipo de informação.

Fonte da imagem: http://tecciencia.ufba.br/articles/0000/8802/charge.jpg?1290357227. (CLIQUE PARA AMPLIAR).

Diversos estudos científicos provam reais benefícios da maconha, contraditoriamente alguns se mostram contrários ao uso da droga e provam reais danos cerebrais acarretados devido ao uso da mesma. Ocorre em muitos debates a associação ignorante e errônea de que quem se utiliza da maconha pode ter seus horizontes abertos ou escancarados, como tal fonte de inspiração.

Quando debatemos a legalização da maconha não podemos esquecer que o Brasil não é um dos grandes produtores mundiais, nossa maconha é importada de países como Afeganistão, Canadá, China, Colômbia, Índia, Jamaica, Laos, México, Myanmar, Países Baixos, Paquistão, Tailândia, Turquia e Estados Unidos. O desembarque o chegada dessa droga no Brasil movimenta um enorme montante de dinheiro que não é computado pelo governo federal, dinheiro sujo e ilegal, ou seja, quando você adquire maconha pode estar adquirindo um produto importado, advindo de trabalho escravo e sem impostos, além disso, vai financiar o crime organizado.

Fonte da imagem:http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/6/6d/Efeitos_corporais_provocados_pelo_Cannabis.png.(CLIQUE PARA AMPLIAR).

Os problemas da maconha não param por aí, existem também o fluxo de “produtos” de má qualidade, estes que podem conter substâncias ainda mais prejudiciais que a própria droga.
Diante de tudo o que apresentei, sigo firme em minha posição conservadora, não legalizo a maconha!


E você, ainda legaliza sem peso na consciência?



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