Até bem pouco tempo atrás muito me questionei sobre as
dificuldades relacionadas à convivência social, escrevi sobre isso inclusive, e
na oportunidade minhas frases e estrofes salientaram o rotineiro e cansativo “dia”
de todos.
Abordei também em outra oportunidade o comodismo que nos
torna cada vez mais sedentários e ociosos, contudo, unindo minhas linhas de
escrita e raciocínio não poderia deixar de escrever sobre a dificuldade de ser diferente em uma sociedade tão estereotipada.
Sim, é normal ser igual ou estereotipado! Gostar das mesmas coisas ou talvez se trajar igual a
um ídolo pop ou personagem de série americana popular. Porém sabemos também que
tal comportamento é fruto de uma padronização advinda de grandes centros, como
Europa e Estados Unidos, estes que desejam vender seus produtos e comercializar
comportamentos e atitudes, assim como seus idiomas e sua cultura.
Quem poderá nos defender dessa padronização de comportamentos?
Fonte da imagem http://sbt.com.br
Vivemos em um país que possui extrema carência de difusão e
de propagação de cultura. Nossa cultura é extremamente mal conduzida por dogmas
vindos de países mais desenvolvidos, pouco nos importamos com tradições e costumes
mais antigos próprios de nossa nação.
Mas minha grande angústia refere-se principalmente ao desafio
de ser diferente, afinal, por vezes sabemos que é condenável adortamos
comportamentos ou atitudes distintas da grandiosa massa que compõe nosso país,
podemos ser julgados por mídia, família ou grupo de amigos ao tomarmos decisões
controversas (Para grande maioria das pessoas).
Sim, somos idiotas, facilmente manipuláveis e por vezes tolos
e injustos, condenamos a diversidade, tanto étnica, cultural ou sexual, somos
em grande parte preconceituosos e “turrões” com todo tipo de diversidade.
Fonte da imagem http://flamir.blogspot.com.br/
Atualmente percebo que por vezes os jovens mais se importam
com seus status do que
realmente com seus futuros, e tomando isso como preceitos básicos de vida
tornam-se em suma grandes idiotas, talvez
esquecendo que um dia crescerão e terão que arcar com uma maior gama de
responsabilidades que as atuais.
Em uma sociedade tão estereotipada o indivíduo que possuir envolvimento
com as artes, música ou esportes poucos difundidos torna-se um extraterrestre,
afinal, somos um país padronizado, e estigmatizado pelo futebol, funk, axé e
demais inutilidades que nos cercam.
“O mundo não é uma mar de rosas”, realmente não é, porém
acredito que podemos torná-lo um pouco melhor e civilizado, mesmo que isso nos
custe tempo e muita paciência, aliás, haja paciência!
Por fim encerro mais este breve relato compartilhando mais
uma de minhas opiniões sobre possíveis e necessárias mudanças em nossa
sociedade, sejam diferentes!
Esteban - Muda
A falta de visão que nos levou a tudo isso
Foi tão difícil de se acostumar
[...]
Saber o meu lugar
Tentando ser o que eu não era mais
Eu me vi escondido em um mundo que você criou
E nunca mais voltou pra me libertar
E eu que não sei aonde chegar
Já caminhei tanto pra encontrar
E eu que não sei como te falar
Já escrevi tanto pra cantar
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