quinta-feira, 4 de outubro de 2018

Eleições em Santa Catarina: Um cenário dramático.

O estado de Santa Catarina é dominado por oligarquias partidárias a pelo menos 50 anos e nos últimos quatro certames, assistimos atônitos sucessivas derrotas de postulantes que ousaram desafiar gigantes conchavos de partidos tradicionais em nossa terra barriga-verde. Atualmente, sob a tutela do MDB, mesmo que por pouco tempo, temos quase duas décadas de revezamento entre o referido partido e o PSD, o último liderado pelo ex-governador, hoje proponente ao senado, Raimundo Colombo.

A disputa se dá entre os peixes-grandes, ou melhor, baleias! Desta vez, os monarcas estão no envolto do senado, parecem verdadeiros zangões ao redor de uma colmeia! Destaque para a presença marcante de nomes inconfundíveis  e dolorosos para os catarinenses...O interminável Esperidião Amin, o (des) governador  Raimundo Colombo e o exilado Paulo Bauer - Nem as convenções do PSDB acreditam mais no indivíduo em questão. Juntam-se a estes "robustos" nomes outras personalidades cansadas de nosso cenário político, tais como Ideli Salvatti e também Jorginho Mello - Uma possível renovação (Sarro puro).

Voltando ao governo, apostas e pesquisas apontam para um cenário de dualidade, novamente desvalorizando o papel do baixo clero partidário em Santa Catarina. Importante frisar que este baixo clero é formado por todos os partidos que não fazem ou nunca fizeram parte de grandes alianças estudais. O panorama é intragável, há grandes possibilidades de vivenciarmos um segundo turno entre Mauro Mariani e Merisio - Espero estar profundamente enganado, e estarei lá exercendo no meu sufrágio a materialização disso (Indo contra a manutenção do poder). Outros candidatos, com bagagem política ou não, como Décio Lima e Camasão são bombardeados por uma visão reducionista e reacionária. Constata-se que o "Antipetismo" atrelados a termos como "Esquerdismo", jargões pobres culturalmente, se materializaram em uma política pública do cidadão catarinense. Somos conservadores, talvez ultraconservadores.

A nível nacional se pede uma renovação, o proponente Bolsonaro, arraigando seu discurso no ódio ganha espaço e influencia diretamente o eleitor catarinense, que ao que parece, deseja qualquer sujeito para o governo, desde que não seja "Comunista", "Petista", "Esquerdopata", e todos os adjetivos que se tornaram fruto de um neologismo podre e pobre ao mesmo tempo. A proposta da reflexão é uma análise a nível estadual, contudo não se pode descartar o quão influente pode ser um postulante popular em um cenário menor. Comandante Moisés deixou claro!

 _ Em Santa Catarina eu sou Bolsonaro!
Merisio, querendo seu quinhão desferiu:
_Você deveria me agradecer, estou fazendo campanha para seu candidato, está com ciúmes?
Cômico,trágico...Uma antítese profunda...

Com um fundo de esperança, existe ainda uma luz no fim do túnel, uma oportunidade de se negar às origens catarinenses, aquela que nos remete a um feudo, com a manutenção do poder de grandes famílias...Não precisamos viajar a tempos remotos para percebermos o quão de potencial já foi desperdiçado nas mãos destes monarcas modernos.

No próximo domingo, esqueça do partido, do seu ódio velado, das frases-prontas e jargões encomendados, permita-se acreditar em um estados mais próspero, menos dependente de ações isoladas que apenas beneficiam diretamente algumas regiões! Lembre-se, o sul de Santa Catarina é pobre, e sempre foi desprezado ao longo destes últimos mandatos oligárquicos.
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A importância do voto regionalizado...consciente!

Vamos preencher a ALESC com 40 deputados, indivíduos que serão escolhidos para a construção de um estado que ofereça serviços qualificados e também capaz de se desenvolver, além deles, escolheremos 16 deputados federais e 2 "novos" senadores. Para o senado, impossível regionalizar o voto, temos uma representatividade quase nula...


Para a ALESC, regionalize seu voto, ou busque alternativas que se proponham a trabalhar por seu estado de fato! A mobilização para a renovação da ALESC é fadigada, estamos em um cenário de cobras criadas, portante pesquise muito o histórico de seu candidato ou postulante ao cargo. Ele já foi eleito? Pesquise quais foram seu propósito, analise sua conjuntura e comportamento mediante aos (des) governos anteriores.


No caso da câmara, atualmente temos três representantes aqui do sul entre os 16 escolhidos pelos catarinenses, leve em consideração o papel destes para a construção de um país mais pacífico e desenvolvido, bem como seu papel de legislador em prol de causas que envolvam ou incidam diretamente sobre o solo catarinense, exija também a renovação! Não podemos esperar que os tentáculos de candidatos já inebriados pelo poder se desfaçam como manteiga ao sol, temos de ter pulso firme e decidir nas urnas, cada cidadão tem seu poder incutido a poucos segundos frente a uma máquina, e serão quatro anos de colheita...


Para nos libertarmos, seguem  alguns versos de nosso belo hino...



"Quebram-se férreas cadeias
Rojam algemas no chão
Do povo nas epopeias
Fulge a luz da redenção"




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