quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Eu, as palavras, e o resto é nada mais.

As relações humanas definitivamente estão muito diferentes do que já foram outrora, há um visível distanciamento entre as pessoas e alguns valores advindos do capitalismo como o consumismo, egoísmo, individualismo e a arrogância são características da maior parte da população de qualquer país, principalmente os que estão  em “desenvolvimento”.

Fonte da imagem::http://anarochaubatuba.blogspot.com.br

A Frase seguinte frase de Jaak Bosmans, "A globalização encurtou as distâncias métricas, aumentando muito mais as distâncias afetivas." É bastante fidedigna para o contexto atual de sociedade, adquirimos uma nova vida, a vida virtual, prazeres presenciais agora também passam a ser virtuais, porém tudo isso parece ter saído do controle, as pessoas mais próximas de nós já não nos parecem próximas, próximos estão às pessoas com que dedilhamos mensagens de textos ou mensagens eletrônicas por redes sociais.

De fato não podemos negar que a tecnologia facilitou e muito nossas vidas, porém a acessibilidade a todos parece por vezes ser muito perigosa ou libidinosa, muitos encaram tal constatação como um preconceito e um veto a possibilidade da inclusão tecnológica, mas repare bem prestigiado leitor, questionamos os maus hábitos e modo de vida trazido pela evolução tecnológica e não iremos questionar  quem  ou qual pessoa deve ou não ter acesso aos mesmos.
Calvin e seus conflitos internos, fonte da imagem:: tiras-do-calvin.tumblr.com/‎.

A distância afetiva a qual se refere Jaak Bosmans é a mesma que acaba ocorrendo em nossos lares, afinal é corriqueiro vermos casos de comunicações por mensagens cibernéticas ou de textos entre irmãos de um mesmo lar ou mesmo vizinhos próximos, é também facilmente observado que em restaurantes, shoppings e lanchonetes as pessoas prestam mais atenção em seus celulares do que em suas companhias, salvo casos de pessoas mais velhas e experientes, não integrantes dessa nova era “Tecnológica não afetiva”.

O encurtamento métrico realmente desenvolveu economicamente nosso planeta, é possível transportarmos mercadorias com imensa facilidade para qualquer ponto do globo terrestre, porém é visível também que o encurtamento métrico está totalmente associado às distâncias afetivas, estamos cada vez mais perdendo a cultura de visitarmos nossos parentes nos fins de semana ou de jogar conversa fora em um fim de domingo.

A missão de estar conectado e totalmente ligado aos fatos e modas lançadas na última semana é extremamente estressante e dificultoso, é difícil de imaginar que hoje uma criança demonstre interesse por livros, sim, aqueles velhos objetos de papel com centenas de páginas, a tecnologia é tão mais ampla e “interessante”, vemos que ela substituiu até mesmo os humanos.

Os Jetsons e sua absurda realidade, já não estamos mais tão distantes assim dela, fonte da imagem: www.anos80.com.br.

Para encerrar a postagem deixo aqui as estrofes de uma bela canção de Gilberto Gil, “Pela internet”.

Eu quero entrar na rede
Promover um debate
Juntar via Internet
Um grupo de tietes de Connecticut
Um grupo de tietes de Connecticut
De Connecticut de acessar
O chefe da Mac Milícia de Milão
Um hacker mafioso acaba de soltar
Um vírus para atacar os programas no Japão

Eu quero entrar na rede para contatar
Os lares do Nepal,os bares do Gabão
Que o chefe da polícia carioca avisa pelo celular
Que lá na praça Onze tem um videopôquer para se jogar...

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