terça-feira, 1 de março de 2022

Ainda falta muito para cumprirmos o mínimo!

Sim, caro leitor, o título é este mesmo! Nos falta ainda o básico quando falamos de educação, e afinal, o que seria este básico? 

A universalização das matrículas em todos os segmentos da educação básica…por incrível que pareça, este problema retorna às manchetes devido a ausência de vagas em vários municípios catarinenses, a começar pelos que compõem o eixo da Grande Florianópolis.É um grande problema, já que a ausência de atendimento para crianças menores de 4 anos acaba gerando sérios transtornos para pais, que trabalhadores acabam se revezando e até mesmo deixando a terceiros a responsabilidade de ficarem com suas crianças.


Deixamos claro aqui que a universalização da educação é garantia da Constituição de 1988, e desde lá vários programas foram desenvolvidos visando a distribuição de recursos para que estados e municípios (principalmente) garantam esta etapa. Várias décadas se passaram, porém os resultados apresentados ainda mostram que grande parte de nossas crianças se encontram longe de escolas ou centros de educação infantil. E até mesmo Santa Catarina e outros estados sulistas, que normalmente despontam dados educacionais mostram-se com sérias dificuldades para enfrentamento deste repto.


Como superar este desafio?


O desafio é enorme e faz parte de vários documentos básico ligados a educação, como a LDB e também metas decenais de educação. Durante a gestão de FHC e a criação do FUNDEF, várias barreiras foram quebradas e alçamos o Brasil a um patamar jamais visto, porém aos poucos parece que a educação básica deixou de ser importante. FHC, Lula, Dilma, Temer ou Bolsonaro…nenhum deles é responsável direto por estes grandes insucessos, haja vista que temos um legislativo com mais de 500 deputados, além de inúmeras comissões para solucionar demandas educacionais…além disso parece que prefeituras se agarram na possibilidade de utilizar mecanismos para ludibriar populações, apesar de inúmeros protestos, pouca coisa muda em várias realidades.


Existem vários “Brasis”?


Como disse o sábio Ariano Suassuna, 


“… que é muito difícil você vencer a injustiça secular, que dilacera o Brasil em dois países distintos: o país dos privilegiados e o país dos despossuídos.” 


Estes Brasis ilustrados por Suassuna separam um trabalhador, com extrema dificuldade de sobreviver em um país caro e de poucas oportunidades, de um nobre detentor de recursos, que muitas vezes nem sabe as tramas que envolvem a conquista de uma vaga em uma instituição pública de ensino.


Talvez nem saiba que muitas pessoas passam 3h todos os dias em ônibus/trens para se locomover em um caótico trânsito para executar suas atividades profissionais.

Estes são os Brasis, que não obstante do que Suassuna coloca, parece não se importar com os direitos mais básicos, como o da educação!


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