quinta-feira, 29 de agosto de 2013

O médico e o monstro?!

O título desta postagem faz alusão sim à reconhecida e premiada obra dirigida por Victor Fleming datada do ano de 1941, é um excelente filme (Assisti duas vezes) e relata as peripécias do cientista e médico Henry Jekyll, este que acreditava que todo ser humano possuía um lado “bom” e um lado “mau”, mas afinal, o porquê desta introdução? Ora caro leitor, explico! 


Acompanhamos atualmente uma discussão sem fim que abarca vários segmentos da nossa sociedade, sim, estou falando do programa “Mais médicos” este que visa reforçar o atendimento médico especializado em localidades afastadas das capitais e carentes de profissionais, a polêmica do programa está justamente de que maneira e por quem estas localidades serão atendidas. 

Através de parcerias internacionais com países como Portugal, Espanha, Cuba, Bolívia e Argentina o governo brasileiro tomou a iniciativa de trazer, ou melhor, “importar” médicos, profissionais estes em sua grande maioria já empregados em seus países, porém classificando como desafio este convite brasileiro, saliento, porém que também virão (Retornarão) ao Brasil aqueles profissionais brasileiros formados no exterior.

Para a população dependente do SUS (Sistema Único de Saúde), nós, a notícia soa como uma imensa vitória, principalmente para os habitantes dos 781 municípios beneficiados, estes que em suma possuem baixos níveis de desenvolvimento humano, incluem-se aí dados referentes À educação, saúde, moradia e segurança pública.

É evidente que a polêmica (Relacionada À vinda dos médicos estrangeiros) não parte da população mais pobre ou carente! Ela parte de classes sociais aristocratas, ou seja, dos privilegiados! Daqueles que provavelmente nunca utilizaram o SUS, e daqueles que vivem nos entupidos e caóticos centros urbanos, mas afinal, será que a reclamação destas elites, primordialmente formada por médicos brasileiros possui fundamento em suas colocações ou protestos? Não! Acredito que não, é visível o temor da classe médica, os conselhos regionais temem a desvalorização da carreira, esta que é supervalorizada, isto perante outras classes como as relacionadas ao magistério.

A qualificação destes “Novos” profissionais que irão atuar no Brasil é em todos os momentos questionada, o que de certa maneira me deixa com o coração na mão, afinal os cubanos (Principais alvos de protestos) possuem forte ligação com a área da saúde, possuem vasto número de universidades dedicadas à pesquisa e extensão de atividades ligadas à saúde, possuem alunos de mais de 100 países em todas as suas 25 universidades, e é claro, em sua famosa e premiada Escola Latino-Americana de Medicina, famosa por desenvolver estudos referentes a vários tipos de doenças, tais como o câncer.


                         Prates questiona, E os incompetentes daqui?


A classe médica em nosso país é formada primordialmente por alunos de escolas particulares e uns gatos pingados muito esforçados de escolas públicas, estes que precisam por vezes financiar o curso a longo prazo, em Cuba tudo é gratuito, e posteriormente a isso todos estão empregados, para ser médico em Cuba o histórico escolar deve ser praticamente perfeito, há conexões diretas que se referem ao comportamento e notas, fator esquecido em nosso país, e neste momento recai a seguinte pergunta, será que somos realmente bons o suficiente para questionarmos a competência ou capacidade destes profissionais? A classe médica brasileira, particularmente a “Frente jovem” se acha, encerro minhas indagações e meu relato com a seguinte imagem:



Na imagem vemos Juan Delgado, cubano que já atuou no Haiti e anteriormente bem empregado em Cuba, receberá o mesmo salário de seu país de origem, argumenta que veio pelo desafio e que se impressionou com a hostilidade praticada pelas “Patricinhas médicas” (Apliquei esta nomenclatura com a convicção de estar contemplando realmente a classe de pessoas que praticaram estes atos xenofóbicos com Juan), por fim disse que não tirará o emprego de ninguém e que pretende aplicar a medicina preventiva, fato este que deve irritar profundamente médicos e seus “parceiros” (Indústrias farmacêuticas).

2 comentários:

  1. Esse médico estrangeiro é um exemplo a ser seguido e não vaiado.
    Ele se sujeita a trabalhar em lugares não muito confortáveis e em localizações que muitas vezes são quase inacessíveis, essas "médicas patricinhas" que vaiaram ele com certeza não sabem quais são as leis básicas de um médico e qual é o real trabalho a ser feito; que ser médico não é só ganhar dinheiro e ficar rico, é algo muito maior, é salvar vidas.

    Renato Garcia Campos

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  2. Que vergonha pra essa vadias aí do lado! Dá pra ver que as sem vergonhas de unhas bem feitas nem limpa seus próprios rabos sujos sozinhas!Parabéns por esses médicos que estão aceitando esse desafio!!! Eles serão abençoados por esse ato humanitário e honrarão a sua profissão com muita dignidade!!! Até que enfim que A Dilma acertou um pouquinho...

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