quinta-feira, 17 de abril de 2014

A Síndrome de Peter Pan e eu.

A síndrome de Peter Pan foi definida em psicologia como a “Síndrome do homem que nunca cresce”, e a primeira obra que se refere ao assunto foi escrita por Dan Killey em 1.983, porém nem há certeza se realmente isso é uma doença real, e eu por exemplo, acredito que não, e somente creio que podemos defini-la como um estado de extrema nostalgia.

Peter Pan era um personagem que nunca crescia, e que aproveitava sua juventude eterna com seus companheiros de sua idade, ou mais novos e ao lado de sua fiel escudeira, a fada sininho, e como o mesmo nunca crescia, e desejava o mesmo, acredito que tenho um pouco em mim do velho (risos) personagem de Walt Disney.

Fonte da imagem: Uol.com.br

Desde cedo contava os dias para nunca crescer, e sempre olhava para os mais adultos e acompanhava seu semblante de extrema preocupação, e eram preocupações fidedignas, afinal, existem dívidas, empregos e imensas responsabilidades quando você se torna adulto.
Desde o ano 2000, quando tinha 10 anos, já sabia que o tempo é implacável e que nossas vidas são guiadas sempre ao sabor do destino e é claro, com nossa ajuda e com nossa tomada de decisões.

Uma vez, após uma aula questionei uma professora.

-Professora, será que um dia o ser humano criará um jeito de se ser para sempre criança?
Ela me respondeu, e tal resposta jamais esqueci...

-Não, jamais conseguirá isso, mas pense, as memórias são o que de melhor você pode levar de todos os momentos que você viveu quando criança, não esqueça também que existem fotografias e os próprios relatos orais, muitos  que você conhece hoje serão seus amigos eternamente, mesmo que alguns você nunca mais veja, algum resquício de memória você sempre carregará.

Diante da resposta, que nem ao menos compreendi, mas anotei, questionei meu irmão que posteriormente me explicou tudo, inclusive corrigindo os erros ortográficos que cometi anotando tal resposta.

Acredito que desde aquela momento tomei a consciÊncia de que crescemos, independente do desejo de termos 10, 12 ou talvez 16 anos eternamente, e também compreendi que as responsabilidades só aumentam conforme sua idade avança.

As dificuldades físicas e de raciocínio também são iminentes, mas, ao contrário do que sempre pensei, demoramos a ficarmos velhos, e o espírito da juventude pode permanecer eternamente em nossas faces, para não nos rendermos aos maus hábitos.

Nostalgia

A nostalgia toma conta facilmente de qualquer saudosista como eu, e o principal motivo por escrever mais este texto está em um específica foto que guardei, e que é datada do ano de 1999, ano em que estive na 3ª série, e ainda frequentava aula no Grupo Escola Fiorento Meller (Que hoje já tem outro nome) e onde comecei a conhecer a Geografia e ano em que decidi ser professor (É cedo, mas é verdade).

Na foto, um mero encontro de nós alunos, da 3ª série, em frente a um  monumento da prefeitura municipal de Criciúma mais conhecido como “5 dedos”, da foto, reconheço a maioria, de alguns, de alguns até esqueci o nome, apesar de lembrar muito bem que faziam parte do meu ciclo de amizades naquele momento!


O valor da foto? R$1, um valor meramente simbólico para uma grande joia que eternamente guardarei!

“Quando eu era menino, os mais velhos perguntavam: o que você quer ser quando crescer? Hoje não perguntam mais. Se perguntassem, eu diria que quero ser menino.

Fernando Sabino.


O que você vai ser quando crescer?

O que a gente vai fazer quando se ver
De novo
O que será que acontece
Pra gente um dia não se querer mais
Eu só queria um pouco de paz




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