sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Nas noites em que virei...Texto incidental: O adeus da individualidade.

Ao ligarmos a televisão ou até mesmo ao acessarmos outros meios de comunicação como a internet dificilmente nos deparamos com boas notícias, é evidente que vivemos em um país subdesenvolvido e pouco organizado socialmente ou economicamente, porém também sabemos que coisas boas acontecem em nosso país, mas nós teimamos, preferimos ver a desgraça travestida em nossa límpida face.

É inegável aceitarmos o fato de que tudo o que é ruim nos chama atenção, massivamente falando, observamos também que seguimos tendências um tanto quanto controversas e possuímos uma forte predisposição de adoção do conceito de “Ir a favor da maré”.

É sabido que ir contra a maré é muito dificultoso, deixarmos hábitos que alimentam nosso sedentarismo intelectual é mais difícil ainda, afinal, quem em sã consciência deixaria de ver “Revange” ou qualquer outra série ou filme famoso para ver um episódio do Telecurso 2000 ou ler um livro de cunho informativo ou científico? Poucos! Talvez alguns corajosos, mas, e os mesmos, debateriam com quem o que leram?

Não veto a leitura de um Best seller ou o acompanhamento de um enlatado americano (Série), questiono a falta de identidade do brasileiro com sua cultura. Durante essa última semana tive a oportunidade de presenciar uma manifestação cultural tipicamente brasileira, porém que somente conhecia pelas leituras efetuadas a cerca de nosso folclore nacional, tratava-se do Boi de mamão, uma das fábulas mais contadas e populares de nosso folclore.



Boi de mamão, elemento cultural trazido nos primórdios da colonização portuguesa.
Fonte da imagem: http://blogdamarejada.files.wordpress.com/2011/10/img_4356.jpg

A Apresentação foi linda, estupenda e maravilhosa, não há adjetivos que a descrevem, principalmente por ser um espetáculo composto primordialmente de crianças. Mas e o resto? Onde estão os outros elementos culturais de nosso país? Lá em Florianópolis presenciei um dos poucos focos da verdadeira cultura de nosso estado/país, tenho certeza.


Luciana Gimenez apresentando mais um de seuss interessantes programas!
Fonte da imagem: http://rudivan.no.comunidades.net/imagens/burro2.jpg

A condição de desprezo a estas manifestações deriva-se de uma homogeneização e padronização de nossos hábitos, nossos principais hábitos estão conexos ao comportamento de grandes nações, tanto é que nos divertimos somente diante de um computador ou de uma televisão, muito dizem que tal modo de diversão é saudável, afinal, evita-se o contato com “Marginais” ou pessoas.

Quando deixamos nossos hábitos de lado seguimos uma tendência cruel e descabida chamada alienação, esta que pretende formar meros cidadãos “Obedientes” e trabalhadores, e não críticos. O lixo que circula pela internet ou chega à nossas televisões é o mais puro retrato de nosso país, composto em suma, infelizmente, de ignorantes.


Datena, sempre abrilhantando suas tarde com sangue, crimes e miséria, porém sem mover uma palha para reverter essa situação.
Fonte da imagem: http://blogdocara.xpg.uol.com.br/charge-datena-na-tela.html

Para finalizar saliento que devemos ser críticos e não aceitarmos essa padronização, muito menos prestigiar as babaquices ou devaneios existentes na televisão, ou corroborarmos para a disseminação de informações tendenciosas ou errôneas na internet. Por isso, caro leitor, abandone o sensacionalismo e a rasa opinião de fragmentadores de opinião que trabalham na difusão de desgraças, tais como: Marcelo Rezende, Datena, Luciana Gimenez entre outros tantos.

Tudo muda ao teu redor, o que era certo, sólido
Dissolve, desaba, dilui, desmancha no ar No moinho, giram as pás, e o tempo vira pó De grão em grão, por entre os dedos, tudo parece escapar

Estamos no centro, por dentro de tudo, no olho do furacão
Estamos no centro de tudo que gira, na mira do canhão
Se for parar pra pensar, não vai sair do lugar

!Não tem parada errada, não! No olho do furacão!


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