domingo, 3 de abril de 2022

O tão esperado mesmo de Abril!



O mês de abril é de fundamental importância para a educação, já que trata-se de um mês dedicado ao autismo. Atualmente, políticas públicas e campanhas ainda são frágeis no repasse de informações e conscientização sobre a temática.


O papel das escolas…



O papel das unidades escolares é acolher e fornecer de maneira digna atendimento a crianças e jovens, trabalhando de maneira didática o desenvolvimento de competências e habilidade, e é claro, dando todo suporte a profissionais dedicados a este segmento.


O dia 04 de abril foi instituído pela ONU - Organização das Nações Unidas, mesmo com atraso, se tornou instantaneamente uma data significativa, um marco temporal na luta por direitos e igualdade no acesso à atendimento e tratamentos médicos dignos.


O TEA


O Transtorno do espectro autista tem diferentes graus, alguns com maior comprometimento, exigindo um acompanhamento de vários profissionais para o desenvolvimento de atividades básicas e sociabilidade. Alguns graus são menores, permitindo a crianças autista um desenvolvimento rápido para algumas atividades cotidianas. 


É importante lembrar…


Não há uma causa específica para o autismo, tampouco transmissão. Dentre os fatores mais aceitos, estão a predisposição genética, podendo ou não ter a participação de condições ambientais como influência.


A importância de discutir TEA nas escolas


É essencial a discussão de quaisquer tipos de deficiências ou transtornos, e em absoluto temos um cenário em que a escola assume um protagonismo na socialização de crianças.  A instituição contribui para o desenvolvimento do conceito de diversidade, aceitação e empatia.


Por isso o educação reitera, vamos falar em TEA, não somente no mês de abril, mas durante o ano todo!

segunda-feira, 21 de março de 2022

E o novo ENEM?

As mudanças mais recentes no Ensino Médio acabaram chocando estudantes e lideranças estaduais. Muitas escolas não possuem infraestrutura e a carga horária ampliada exige ainda mais compromissos escolares de nossos alunos.

O Novo Ensino Médio traz consigo algumas grandes mudanças, e uma delas é a formação com foco em itinerários formativos, estes baseados em áreas do conhecimento. Podemos dizer que o estudante faz sim escolhas vitais para sua carreira acadêmica.

E o ENEM faz parte de uma das séries de escolhas para seu futuro no mercado de trabalho ou mundo acadêmico…

Mas e o novo ENEM?

O novo exame nacional vai mudar bastante, uma mudança desta envergadura somente ocorreu diante da transição dos anos 2008 para 2009, quando o número de questões foi ampliado e a matriz mais próxima da atual passou a vigorar. 

E diante de tantas modificações no Ensino Médio nem faz sentido continuar com um ENEM tão conteudista e já pré-moldado/direcionado. A tendência é que a prova ganhe questões discursivas, priorize os conteúdos básicos das disciplinas, e permita aos estudantes a escolha de provas personalizadas. Tudo de acordo com as áreas de conhecimento que optaram durante o Ensino Médio.

O ENEM vai melhorar?

Só o tempo dirá, porém é fato que grandes mudanças devem ser feitas, até para equacionar as gigantescas transformações recentes na educação básica. Dificilmente teremos transformações rápidas, porém 2024 é logo ali, e a primeira turma desta modalidade/Novo Ensino Médio estará posta a prova.

Que os bons ventos deste exame, idealizado em 1998, nos tragam ainda mais glórias e oportunidades!

domingo, 13 de março de 2022

Os desafios do piso nacional

Os desafios do piso nacional

O piso nacional para o magistério faz parte de um plano antigo para valorização de carreiras dos docentes brasileiros. Na prática foi institucionalizado no ano de 2008, com seu primeiro ano de vigência em 2009.

Naturalmente se imagina que o piso tenha obtido êxito no combate à desvalorização docente e precarização do ensino, já que ataca um dos principais focos de debate midiáticos, os baixos salários e condições salubres de professores.

O fato é…

Que desde 2008 líderes estaduais e municipais acabam "ludibriando" carreiras e sociedade civil, já que omitem e retiram direitos em nome do cumprimento do básico. 

É justo? Não, de maneira nenhuma, já que o objetivo do piso nacional é oferecer a remuneração básica mínima.

Por ventura líderes conseguem sempre "cumprir o piso", retirando direitos e o que chamam de "vantagens"…penduricalhos muitas vezes. Exceto pelo tempo de permanência (triênios e similares) outros itens como regência de classe ou premiações sequer são levados para fins de aposentadoria.

Joga de maneira contrária aos docentes a manutenção de seus próprios direitos, já que por vezes seus vencimentos ultrapassam por poucos reais o piso nacional…incentivando lideranças políticas a simplesmente ignorarem qualquer forma de reajuste.

Qual é o cenário de 2022?

A prospecção de 2021/2022 é que o reajuste de 33% chegasse aos docentes, e vários movimentos em municípios conhecidos já se tornaram evidentes, para citar casos nas proximidades de Santa Catarina, temos Itajaí, Florianópolis e Capivari…todos terão um desfecho, ou já tiveram, mas a luta sempre continua.

Para encerrar…

Os docentes não ficam milionários exercendo sua função em sala de aula, porém apesar do amor a profissão, necessitam também de uma vida financeira equilibrada e digna, a começar pelo constante investimento em suas carreiras. 

É possível que futuramente estejamos em um cenário melhor, mas pelo andar da carruagem e disposição de liderança políticas…isso poderá demandar longos anos, infelizmente!


domingo, 6 de março de 2022

A polêmica hora-atividade!

Em tempos que o trabalho remoto ganha força, a começar pelo fator pandemia, o governo de Santa Catarina parece ir na contramão desta via. A poucos dias, por meio da SED, emitiu um decreto insinuando o cumprimento parcial por parte dos professores nas unidades escolares.


A polêmica…


O governo se baseia na lei 668/2015, a qual regulamenta uma série de atividades e deveres dos professores, inclusive é o norte para o plano de carreira dos docentes.

Para além disso, um item específico regulamenta o cumprimento de horas atividades, com uma polêmica envolvendo a conversão de horas/aula para horas relógio, ampliando assim a carga horária de professores sem que haja uma remuneração compatível com tal.


Como se dá o cumprimento?


Pela lei 668 de 2015, o cumprimento na unidade escolar é parcial, ou seja, 50% na escola, porém as escolas tinham autonomia de liberarem seus docentes. 


Agora o governo institui a obrigatoriedade,  mesmo que as escolas não tenham condições de receber todos os docentes ao mesmo tempo.


Não podemos esquecer que a maior parte das escolas possui problemas estruturais, e mais profissionais na escola gera uma demanda por mais espaços (que não existem, ou já estão ocupados por aulas). Portanto, se torna até mesmo inviável que haja uma coerência nesta proposta.


O governo forneceu computadores, porém para uma pequena gama de profissionais, os efetivos, que são a minoria em nossas escolas.O mais agravante está na falta de estrutura de rede de Internet, o que impossibilita um trabalho de qualidade. 


Portanto a exigência existe para instituições que não possuem sequer estrutura básica para que haja sem cumprimento.


Como é atualmente?


Atualmente servidores executam suas atividades fora da escola, com seus materiais, sua rede e seus equipamentos, e com isso aproveitam melhor seu tempo para gerenciamento de atividades, haja vista que escolas não fornecem naturalmente as mesmas condições.


A polêmica continua…


As manifestações já existem e ganham corpo, afinal, profissionais da educação se organizam para evitar mais um ataque a autonomia de seu cargo. Assembleia regionais e movimentos já renegam o "enquadro governamental". Diretores se organizam e cobram isonomia entre instituições.


No fundo parece que estamos sempre lidando com lideranças que não conhecem escolas e suas realidades. 

Vivem em mundos paralelos…imaginam escolas finlandesas em território catarinense.

terça-feira, 1 de março de 2022

Ainda falta muito para cumprirmos o mínimo!

Sim, caro leitor, o título é este mesmo! Nos falta ainda o básico quando falamos de educação, e afinal, o que seria este básico? 

A universalização das matrículas em todos os segmentos da educação básica…por incrível que pareça, este problema retorna às manchetes devido a ausência de vagas em vários municípios catarinenses, a começar pelos que compõem o eixo da Grande Florianópolis.É um grande problema, já que a ausência de atendimento para crianças menores de 4 anos acaba gerando sérios transtornos para pais, que trabalhadores acabam se revezando e até mesmo deixando a terceiros a responsabilidade de ficarem com suas crianças.


Deixamos claro aqui que a universalização da educação é garantia da Constituição de 1988, e desde lá vários programas foram desenvolvidos visando a distribuição de recursos para que estados e municípios (principalmente) garantam esta etapa. Várias décadas se passaram, porém os resultados apresentados ainda mostram que grande parte de nossas crianças se encontram longe de escolas ou centros de educação infantil. E até mesmo Santa Catarina e outros estados sulistas, que normalmente despontam dados educacionais mostram-se com sérias dificuldades para enfrentamento deste repto.


Como superar este desafio?


O desafio é enorme e faz parte de vários documentos básico ligados a educação, como a LDB e também metas decenais de educação. Durante a gestão de FHC e a criação do FUNDEF, várias barreiras foram quebradas e alçamos o Brasil a um patamar jamais visto, porém aos poucos parece que a educação básica deixou de ser importante. FHC, Lula, Dilma, Temer ou Bolsonaro…nenhum deles é responsável direto por estes grandes insucessos, haja vista que temos um legislativo com mais de 500 deputados, além de inúmeras comissões para solucionar demandas educacionais…além disso parece que prefeituras se agarram na possibilidade de utilizar mecanismos para ludibriar populações, apesar de inúmeros protestos, pouca coisa muda em várias realidades.


Existem vários “Brasis”?


Como disse o sábio Ariano Suassuna, 


“… que é muito difícil você vencer a injustiça secular, que dilacera o Brasil em dois países distintos: o país dos privilegiados e o país dos despossuídos.” 


Estes Brasis ilustrados por Suassuna separam um trabalhador, com extrema dificuldade de sobreviver em um país caro e de poucas oportunidades, de um nobre detentor de recursos, que muitas vezes nem sabe as tramas que envolvem a conquista de uma vaga em uma instituição pública de ensino.


Talvez nem saiba que muitas pessoas passam 3h todos os dias em ônibus/trens para se locomover em um caótico trânsito para executar suas atividades profissionais.

Estes são os Brasis, que não obstante do que Suassuna coloca, parece não se importar com os direitos mais básicos, como o da educação!


MEC dá bons sinais, é hora de acreditar?

 MEC dá bons sinais, é hora de acreditar?


O MEC lançou em Santa Catarina, na última semana, um programa denominado “Educação financeira na escola”, e parece dar alguns bons sinais de apoio ao Novo Ensino Médio, que ainda carece de mais capacitação de seus docentes para que trabalhem de forma inovadora com as propostas de disciplinas eletivas.


Mas o que foi lançado em Tubarão, é algo inédito?


Sim, é inédito e inovador, portanto devemos dar toda atenção e prestígio a este momento, já que além de Tubarão, apenas outros 4 municípios brasileiros vão possuir núcleos de formação docente e estudantil sobre a temática, oferecendo cursos e inovação no setor.


A pauta referente a educação financeira é antiga, e por mais que hajam críticas, é importante salientarmos que atualmente é muito importante criar uma cultura de domínio sobre o dinheiro, primordialmente em uma fase de inflação alta e dificuldades na manutenção de um padrão de vida estável.


Espera-se que as iniciativas do MEC não parem por aí, haja vista que outros segmentos também merecem atenção, não podemos esquecer que a inovação é essencial para que tenhamos melhor formação de nossos estudantes, para que atinjam objetivos maiores e mais concretos.


Milton Ribeiro, está indo bem na gestão do MEC?


Não, na realidade pareceu desconhecer por muito tempo a pasta, assim como sua voraz dinâmica, e com seus discursos vagos acabou conduzindo de maneira equivocada algumas situações recentes que permearam a educação brasileira, como o próprio ENEM, em que vários membros do INEP acabou pedindo desligamento devido ao autoritarismo de algumas lideranças.


Inovação x MEC


O MEC passa por um processo de reestruturação, e não parte de Milton Ribeiro, pois temos a implementação do Novo Ensino Médio e outras novidades que independem de quem lidera a pasta, o mais correto é conduzir estas novidades de maneira retilínea, dialogando com grandes instituições e sempre próximo das demandas reais da sociedade.


Primeiro passos para a inovação…


Propostas como esta do programa ligado a educação financeira, e outras tantas ligadas a educação continuada são de grande valia, portanto o MEC acerta mais uma vez em buscar inovação, e não somente estar ancorado no tradicional, afinal, a formação dos estudantes mudou, agora possuem novas demandas do mercado de trabalho, e os desafios do século XX mudaram…


Parece que o século XXI chegou para o MEC, antes tarde do que nunca!


terça-feira, 15 de fevereiro de 2022

As novas tecnologias em Santa Catarina!



As novas tecnologias estão cada vez mais presentes em nossas vidas, e diante disso o governo de Santa Catarina - Adormecido por várias décadas - parece finalmente ter dado os primeiros passos para acordar. Não parece o suficiente para os autores desta coluna, contudo é inegável que realmente tenhamos uma clara evolução em alguns segmentos.


Na última semana o secretário de educação Luiz Fernando Vampiro esteve em uma solenidade entregando mais de 600 unidades de notebooks para professores efetivos da rede estadual, com breve promessa para novas entregas aos docentes de caráter temporário. Para além disso, Vampiro foi firme ao afirmar que a pasta da educação segue com caixa e de mãos livres para novos investimentos!


A empolgação tomou conta de muitos professores, afinal, temos determinado abandono por parte de gestões governamentais no que tange a educação. Vampiro trouxe junto a uma equipe renovada diversos investimentos, porém as formações ainda ficam devendo, e são pouco rotineiras ou proveitosas…


Não podemos ir com tanta sede ao pote…


Vampiro segue enfatizando o trabalho do governo com as constantes reformas estruturais da escola, e para além disso a retomada do plano de carreira…e fácil de imaginar que seus planos são audaciosos, mas não se pode realizar tudo ao mesmo tempo e em tão curto espaço de tempo.


As tecnologias retornam a ser pautas quando, neste momento de entrega o secretário enfatiza que todas as salas de ensino médio terão além de lousa digital, aparelhos projetores, o que seria algo revolucionário…já que isso seria inimaginável tempos atrás na rede estadual, que tinha ares de decadente e abandonada.


Além disso, a promessa de novos tablets educacionais foi realizada, distante do desastroso projeto de 2013, cujos materiais entregues eram deficitários…desta vez o foco é o uso maker, com ênfase no estudante!


Mas a tecnologia basta para sanar problemas? Será que aplicações e cursos de qualidade serão oferecidos como alternativas para o desenvolvimento de novas metodologias? Ou mais tecnologia será espalhada sem o devido cuidado, como ferramenta de convencimento eleitoral? 


Só o tempo dirá…


terça-feira, 8 de fevereiro de 2022

O ano letivo começou!


O ano letivo na maior parte dos municípios catarinenses começou, e é claro, para a rede estadual também. Na região carbonífera além de Criciúma, outros municípios decidiram encurtar as férias de julho e ter uma semana a mais de excesso em fevereiro, algo normal vide os dias de calor.


O que há de novo?


Temos os desafios de um novo Ensino Médio, e também grandes projetos municipais começando, então preparem-se pais, este ano teremos 100% de presencialidade, o que vai passar a exigir mais do estudante, portanto parece que ninguém mais será empurrado, ou terá aprovação automática!


São grandes desafios…


Os grandes desafios estão em torno de novas práticas e demandas, já que as escolas terão que flertar com elementos ligados à metodologias diferenciadas, exigindo assim mais criticadas é empenho dos estudantes.


Não há o que temer, a escola foi feita para ser um ambiente respectivo e de socialização, e cada vez mais, apesar de lacunas, os sistemas educacionais estão lutando para que a formação de estudantes tenha mais qualidade.


Quanto aos novos desafios, teremos de ser resilientes, porque são grandiosas as oportunidades e investimentos, talvez jamais ocorridos em décadas recentes, tudo para tentar diminuir o vazio existente e deixado pelas marcas de 2020 e 2021.


Bônus: A Rede estadual oferece equipamento tecnológico!


Sim, recentemente já havíamos comentado por aqui a necessidade de informatizar processos e ceder aos professores equipamentos dignos de sua posição. Me parece que o clamor está sendo ouvido, e mesmo que aos poucos, a rede estadual vai liberar o primeiro lote de notebook a professores da região sul. Neste primeiro momento contemplando funcionários de carreira e em sala de aula, porém outras chamadas estão nos planos para contemplar demais professores e funcionários do quadro administrativo!


Que este ano seja repleto de realizações e acima de tudo, muita aprendizagem!


terça-feira, 25 de janeiro de 2022

Somos conteudistas?



Temos mais uma polêmica a frente...afinal, a escola brasileira é conteudista? Pautamos o trabalho docente em reproduções de conteúdo e não em inovação?


Sempre temos discussões acerca de como a escola funciona ou melhor, deveria funcionar! As comparações com modelos de países mais desenvolvidos não é algo saudável, principalmente para um país em que a maior parte das pessoas não atinge a escolaridade básica, ou seja, por infinitos problemas simplesmente deixam a escola.


Começando…


Não somos conteudistas, talvez isso seja até um grave problema, por vezes professores tratam de assuntos de maneira superficial, evitando rusgas ou imposição de dificuldades a seus alunos, que já deficitários sentem muitas dificuldades com o básico.


Não encare como presunção, apenas um choque de realidade...o discurso de redes sociais que preconiza o fato do sistema educacional "podar" criatividade ou não ser convidativo a todos caí por terra, afinal, ele exige o mínimo.


Pensemos, podemos afirmar que exigimos em sala que alunos sejam bons em todas as disciplinas? Que se sua afinidade for com linguagens e humanas, ele será condenado a "aprender" algo inútil nas exatas?


É um grave erro afirmar isso, e até temerário, pois em sala um aluno aprende ao menos o básico de todas as disciplinas, o que revela-se essencial para os preceitos mais básicos de cultura.


O Novo Ensino Médio altera algo?


Sim, porém ainda exige o mínimo, ou seja, o aluno não poderá deixar o ensino médio sem conhecer o mais básico em física, química, geografia, história...o que vai acontecer é a tomada de decisão frente às trilhas de aprofundamento, mas isso fica para um próximo debate!


Portanto caro aluno...sem choro, a escola não lhe poda nada, mesmo que avalie você você seus colegas de maneira quantitativa, não quer dizer que não valorize suas potencialidades!


Por isso, "bora" estudar!



quarta-feira, 19 de janeiro de 2022

A redação foi tão ruim assim?



Polêmicas à parte, tivemos na última semana a divulgação preliminar dos resultados envolvendo o certame da Secretaria de Educação de Santa Catarina. O magistério esperou com ansiedade e assistiu atônito um péssimo trabalho da Acafe...que de maneira morosa e desorganizada fez sua divulgação.


Os resultados não foram nada agradáveis…


Inúmeros professores foram desclassificados, ou seja, não atingiram o mínimo exigido em alguma das competências avaliadas...e a grande vilã? Sim, foi ela mesma, a redação.


Muitos cursos e preparatórios foram desenvolvidos por diversos institutos, haja vista que jamais na história recente uma avaliação discursiva foi utilizada pela SED. Mas parece que não surtiu muito efeito, inclusive dados preliminares informam que praticamente 50% dos profissionais foram desqualificados, sendo impedidos de participar de listas iniciais, dependendo das denominadas chamadas públicas.


De quem é a culpa?


Depende. Afinal, a Acafe já anunciou que haverá um campo para recursos, com isso a possibilidade de novos classificados pintarem na lista final é grande. Soa estranho termos uma reprovação tão gigantesca, mas não surpreendente. Explico o porquê logo abaixo.


As péssimas formações alinhavadas quase que exclusivamente a provas e modalidades frágeis tem se tornado cada vez mais populares, isso explica a falta de prática de escrita e até mesmo raciocínio e junção de ideia mediante uma dissertação, inclusive ante um tema tão tátil e de fácil explanação…


Agora devemos aguardar…


A Acafe e a SED foram rígidas demais? Houve erros? Somente a lista final nos revelará...o fato é, uma reprovação dessas proporções poderá comprometer o início do ano letivo devido a letargia das chamadas e por consequência, das demais que são públicas.


Por enquanto vamos aguardar os próximos capítulos deste agitado início de ano letivo...em que professores passaram a ser mais valorizados, porém mais exigidos também, perpassando por seu processo de seleção. 




sexta-feira, 14 de janeiro de 2022

Os desafios permeiam a vida de um professor!


O mundo é movido por perguntas, e esses questionamentos são vitais para que o ser humano descubra, aprenda e também ensine.


O desafio de ser professor não está somente em sua tarefa burocrática fora de sala de aula, em sua formação que cada vez mais exige novas habilidades...mas se encontra também no cerne das péssimas condições estruturais de nossas instituições.


Por mais que investimentos sejam feitos, a remuneração me parece a menor das queixas existentes entre os educadores, que em verões insuportáveis pingam junto com seus alunos em ambientes distantes do ideal para a aprendizagem.


Estamos rumando a educação 5.0, mas em alguns locais do Brasil temos situações de precariedade extrema, em que não há sequer banheiro com saneamento, e em outros, um teto decente.


Esqueca sua métrica quando for analisar situações, afinal, estamos em um país continental, em que temos mais de 8,5 milhões de Km² para ser gerenciados. São tantas dificuldades que são necessárias umas 4 décadas para colocar tudo em ordem quando mencionamos educação.


A nós educadores…


A nós educadores não cabe o conformismo, tampouco fazermos o básico, ou o "Que dá"...temos que inovar, porém sem ficarmos ainda mais pobres, doentes ou com chagas das sala de aula.


Portanto professor, abandone o sentimento de fracasso, de solidão ou inconformidade...busque forças na razão de um propósito, ou seja, ensinar e propagar valores e cientificidade…


Que em 2022 a inovação, qualidade e básico nos seja oferecido para darmos saltos a diante, rumando para uma educação eficaz e de saber crítico.




terça-feira, 4 de janeiro de 2022

O que esperar de 2022 para a educação?



É um grande e belo questionamento, afinal teremos muitas novidades para o ano de 2022. Desde o retorno presencial para todas as unidades escolares de Santa Catarina como a implementação de uma nova modalidade para o Ensino Médio.


As novidades não param, para além das mudanças em propostas metodológicas, estaremos diante de um programa de remuneração aos estudantes, este vinculado aos alunos que frequentarem o novo Ensino Médio, visando é claro o combate da evasão escolar, grande gargalo da educação brasileira.


Mas o que podemos esperar para este novo ano letivo?


Antes de tudo, nossa coluna não deseja estabelecer laços com a futurologia, tampouco adivinhações...mas se nenhuma das novas variantes impedir, estamos cientes que 2022 tem tudo para ser muito melhor que os dois anos letivos anteriores.


O que poderá acontecer de bom?


Provavelmente o combate à evasão será o grande desafio dos estados de nossa federação, políticas como a bolsa estudantil de SC devem servir como modelo, e a tendência é que se mostrem eficazes, pelo menos como uma medida mitigadora, ou seja, temporária.


Para a educação infantil e ensino fundamental a busca por maior número de vagas e ensino integral deve se propagar, não somente em SC, mas como proposta do MEC aliado a projetos estaduais e municipais, o que de certa maneira garante mais qualidade e pelo uma escola de tempo integral.


Ainda para o ensino médio, as propostas de novos componentes curriculares e escolhas feitas pelo corpo discente devem valorizar individualidades e atender novas demandas do século XXI, favorecendo habilidade e competências exigidas pela sociedade.


O que pode dar errado?


Primeiramente falando do infantil e fundamental...a ausência da efetiva universalização de vagas, para além disso, com a volta do ensino totalmente presencial grandes desafios tendem a aparecer relativos à alfabetização e conhecimentos básicos em séries iniciais.


Ainda neste segmento, a ausência de vagas em creches e pré-escolas deverá acontecer em grandes centros, por mais que políticas reforcem a universalização. Ainda neste segmento, ausência de efetividade na implementação de escolas em tempo integral.


Já no ensino médio o grande temor é que a nova proposta seja um grande fracasso, algo que poderá comprometer toda esta imensa revisão curricular a que se propõe a modalidade. Motivos que levariam a este fracasso seriam ligados à evasão, que poderá aumentar devido a situação econômica deteriorada de maior parte da nossa população ou até mesmo o desinteresse pelos novos componentes curriculares.


Mas é você, o que espera para o ano letivo de 2022? 


Serão grandes desafios, contudo nós, do Educação em Ação torcemos para que seja um ano repleto de alegrias e sucesso educacional.

O final do ano chegou, é hora de agradecer!

Mais um final de ano bate à porta...são as festas de confraternização, Natal, virada de ano e para nós, profissionais de educação, o último suspiro do ano.


O Educação em Ação obteve uma brilhante trajetória em 2021, foram grandiosas edições com inúmeras notícias positivas, e é claro, muitas negativas - O que infelizmente é comum ao meio educacional.


Mas para nós, Jorge e Lucas, é hora de agradecer!


Agradecer por todo apoio de patrocinadores, da própria Rádio Cocal 87.9 FM, que abriu mais uma vez espaço para a divulgação de projetos e notícias educacionais. Manteve o Educação em Ação ainda mais forte em sua programação, gerando ainda mais possibilidades para que em 2022 surjam mais novidades.


E para um novo ano?


Para 2022, a terceira temporada de nosso programa, esperamos grandes novidades, e partir do finalzinho de janeiro, a beira de um novo ano letivo, voltaremos com ainda mais intensidade, sempre na mesma frequência, com transmissões ao vivo pelo Facebook, e abertura de espaços para protestos e temáticas polêmicas que envolvam as diferentes esferas da educação.


Nossa gratidão!


Muito obrigado a todos que acompanham, e se fizeram presentes neste fabulosos ano de 2021, que apesar de grandes dificuldades, foi superado com árduo trabalho e acima de tudo muita dedicação.


Da equipe do Educação em Ação no resta agradecer!


Até breve, e que venha 2022!


Os seletivos e suas eternas confusões

Os seletivos para profissionais da educação nunca foram de fato uma primazia em termos de organização, porém sempre obtivemos boas avaliações no quesito lisura e agilidade.


Depois de regionalmente testemunhamos alguns episódios de editais ruídos e empresas desistindo de certames, chegamos a principal prova, a de seleção estadual promovida pela SED/SC.


A quantia de proponentes ao certame aumentou muito, tanto que a Selecon, do Rio de Janeiro, desistiu de organizar esta seleção, devido sua envergadura e todo o dispêndio exigido. A Acafe assumiu, experiente na seleção, logicamente gerou o sentimento de seguridade nos profissionais que se inscreveram.


Em muitas regionais o certame foi excelente, e também ocorreu de forma organizada, promovendo a prova na mais absoluta segurança e confiabilidade. Já afirmamos, a Acafe detém imensa experiência e sempre participou de certames de tamanho gigantesco como este, como edições anteriores e vestibulares das universidades comunitárias de Santa Catarina.


Porém…


Em outras regionais o certame foi marcado por grande confusão, desorganização e acima de tudo, irresponsabilidade da própria Acafe. A SED/SC contratou a Acafe e desta forma assiste a distância todos os casos relatando acesso a celular ou movimentações supeitas em sala.Para além disso, temos casos de pessoas passando mal em salas abarrotadas, impedindo sequer a idoneidade da avaliação, já que pareciam provas em dupla.


Quem é o culpado?


Depende. O culpado logicamente sempre é buscado, e recai quase sempre ao contratante a responsabilidade, e não poderia ser diferente…


Mas é a Acafe? Pois bem, tem sido alvo de inúmeras críticas, contudo tem afirmado que forma casos isolados, de qualquer maneira ficou evidente que problemas existiram, e que o volume de candidatos foi um grande problema para quem se acostumou a ver estas provas em Santa Catarina.


O processo também ilustrou irresponsabilidades como pessoas utilizando o celular em sala, filmando cartões de prova e também ironizando situações.


Fica claro que estes processos sim, podem oferecer pontos de discórdia e desorganização, mas cabe aos educacadores que dele participam primar pelo cumprimento de regras básicas, com o bom senso prevalecendo…


Agora é aguardar os próximos capítulos e uma possibilidade de cancelamento, em pleno dezembro de 2021, será que seria a melhor solução?


Aguardemos...


O Bolsa estudante é a solução?


O ano de 2022 ficará marcado pela virada de chaves em Santa Catarina, principalmente pela inserção em definitivo das escolas na modalidade do Novo Ensino Médio, que promete em seu escopo uma grandiosa revolução. O rompimento de paradigmas e gargalos parece ser um desafio para duas ou três décadas…


Mas e o Bolsa estudante, já ouviu falar, caro leitor?


Este projeto visa combater a evasão escolar, um problema crônico da educação brasileira, e que por ventura aparece com força em grandes municípios de Santa Catarina. O projeto já foi encaminhado para a ALESC, e carece de revisões, já que alguns critérios como bom desempenho e frequência deverão ser levados em consideração para que o benefício seja de fato pago aos responsáveis pelo aluno.


Mas qual seria o objetivo do bolsa estudante?


O ano de 2022 é eleitoral, e toda a prática neste tipo de ocasião merece ser analisada com todo cuidado. Apesar de fatores externos corroborarem para uma análise política desta pauta, valer-se-á o bom senso,afinal, boa parte de nossos estudantes são trabalhadores, e necessitam completar ou complementar a renda de suas famílias, deixando claro que alguns são os mantenedores de alguns grupos familiares.


O fato é, o bolsa estudante tem tudo para ser uma estratégia eficaz para a manutenção do estudante no Novo Ensino Médio, afinal, ele, mediante a comprovação de documentos de rendimentos, conseguirá fazer usufruto de 11 parcelas de 568 ao longo do ano letivo. Apesar disso, o caráter emergencial da matéria analisada por nossos representantes se dá pelas brechas orçamentárias e todo o traquejo necessário para que estes valores cheguem aos responsáveis.


Não podemos admitir que estudantes se tornem subalternos escolares, mas ao mesmo tempo não se torna viável desperdiçar a chance de contemplar famílias carentes com programas sociais que auxiliam na manutenção do subterfúgio mais importante ao jovem, a Educação…aquela que muda realidades e transforma cidadãos!


Que o programa/projeto se torne um sucesso, e principalmente, que os responsáveis façam usufruto de maneira adequada deste processo…e unidos, que vençamos o grande fantasma que impede que boa parte de nossos estudantes concluam esta etapa essencial de escolarização, a evasão escolar.

domingo, 12 de dezembro de 2021

As Soft Skills são úteis?

Caro leitor, 


Estamos chegando a mais um final de ano emocionante, uma reta final cheia de obstáculos e desafios, e para acalentar os corações de vários educadores, mais um ano atípico para o sistema educacional brasileiro.


E para falar nele, a cada dia que passa escancara suas grandes chagas deixadas por um profundo descaso ou até mesmo a ausência de um robusto projeto nacional. Mas para além disso, no próximo ano os desafios serão ainda maiores, pois estaremos diante de uma grande ruptura no segmento em que a evasão é quase uma companheiro fiel, um Novo Ensino Médio.


mas para além do próprio nome e de críticas desvalidas, temos um termo que tem encantado a muitas pessoas…


Você já ouviu falar das Soft Skills?


Bom, se você não é um nativo do idioma ou pulou essa lição do seu English book, ai vai a tradução ao pé da letra…”Habilidades interpessoais”.


Mas isso é algo desenvolvido socialmente, ou então nos próprios grupos sociais, certo? Errado, agora a escola pautará suas ações pensando também nas competências socioemocionais…é um imenso desafio!


Mas espere! Para compreendermos o papel das Soft Skills é necessário que conheçamos também as Hard Skills…mas claro que você sabe o significado deste termo, não é mesmo?


Se não faz ideia, eu explico… Habilidades facilmente aprendidas e ensinadas por meio de cursos, aulas e similares.


A pauta de aprendizagem atualmente se baseia na resolução de problemas e na humanização das relações, portanto não estranhe se em um curto espaço de tempo você passe a reconhecer estes nomes em seu cotidiano. As empresas, fábricas e demais setores logo passarão a utilizar estes jargões que grudam mais que chiclete jogado em praça pública ou músicas ruins de carnaval…


O fato é que, na prática, elas serão úteis?


Dependendo…as Hard Skills são apreendidas hoje em dia da maneira mais tradicional possível. São exemplos: Dominar linguagem de programação, excel, ou até mesmo edição de imagens. Elas nunca perdem seu valor, mas precisam de equilíbrio.


As Soft Skills estão mais conectadas a itens cotidianos, porém esquecidos e que buscam equilibrar a relação entre trabalho e vida social e inteligência emocional (Talvez a principal delas). Destacam-se: Resiliência, Comunicação assertiva, Princípios éticos.

Mas como isso aparecerá no Novo Ensino Médio? Será através do Projeto de Vida, uma disciplina que serve, antes de tudo, para escutar os anseios de nossos estudantes, e logicamente ajudá-lo a perseverar em atividades que possui afinidade e deseja executar. 


Mas e aí, estamos preparados para (re) aprender as Soft Skills?

 



quinta-feira, 2 de dezembro de 2021

A diversidade é pauta na escola?

A diversidade é pauta na escola?


Cara leitor, estamos à beira do final do ano, momento em que reflexões chegam à tona porque mais um ano letivo se finda!


Recordar bons momentos, interações e também apontar os erros para que haja evolução no ensino-aprendizagens de nossos estudantes, primordialmente no que tange a inclusão e diversidade.


Mas a diversidade é realmente trabalhada em nossa escola?


A diversidade pode ser pauta, mas sua temática efetivamente é esquecida em nossas escolas boa parte do ano, sendo rememorada por aqui apenas em datas específicas, assim como funciona com a conscientização…


Ou você já não percebeu que apesar de uma semana do meio ambiente ser carro-chefe de um mês de atividades na escola, ao fim temos os mesmos alunos jogando papéis fora do lixo e desprezando a utilidade de uma lixeira seletiva?


Conscientização, inclusão, diversidade...infelizmente se tornam jargões de "boas" instituições, já que qualquer adaptação é atraso atravancam nosso voraz sistema, haja nota e número…


Agora, em época de novas matrículas, novos ares, novas metodologias. Enfatizo que a diversidade é o mais esquecido entre estes reptos...primordialmente por ser tratado como "mimimi", outro jargão para justificar que…


"Na minha época eu sofria bullying e tudo funcionava", "Hoje o aluno é sensível demais", "Hoje ninguém reprova".


Comentários audaciosos como este desejam perpetuar justamente a educação que não deu certo, a pouco vigorosa, que era baseada em experiências totalmente fora da base que se deseja para alçar voos maiores.


Mas ora, o que isso tem a ver com diversidade?


Tudo.


Principalmente porque a educação, em um primeiro momento, parte de casa, com a construção de valores ligados à humanidade, desmistificados e conexos a proposta de uma vida social plena e de liberdade.


Não adianta ser a favor da diversidade e julgar credos e orientações! É essencial que o respeito, antes de tudo, guie nossa sociedade  e que urgentemente contagie nossas escolas…espaço que para além de conteúdos, nos formam melhores cidadãos.


O fim do ano letivo chegou…Reprovações também!

O fim do ano letivo se aproxima...

Frustrações de quem encaminha mais um ano na mesma série, alegria de quem vence mais uma etapa rumo a novos desafios, sejam estes uma estrada pavimentada a Universidades, ou então a uma nova etapa, como o Novo Ensino Médio, tão polêmico e que começará a rodar em definitivo no próximo ano.


Mas, vale a pena reprovar? A reprovação é uma punição justa? Um castigo?


Bom, pedagogicamente falando, querido leitor, estamos diante de um implacável debate, afinal, a reprovação pode levar a evasão escolar, o grande calcanhar de Aquiles em nossa educação, haja vista que as distorções série/idade começam a pesar, além é claro, da subsistência, esta condicionada a um trabalho e/ou estágio.


A reprovação escolar não é exatamente a ferramenta mais didática e interessante para estimular um estudante, sendo que muitas vezes ela ocorre mediante a um baixo desempenho ou falta de estímulo do estudante em frequentar a escola.


As reprovações tendem a ser cada vez mais diminutas, recriando um sistema de vício dos estudantes, que agora estão acostumados a avançar sua série sem ao menos absorver ou discutir os conceitos mais básicos.


A grande esperança de combate ao desinteresse escolar, evasão e reprovações é o Novo Ensino Médio, mas também poderá ser o grande divisor de águas, estabelecendo quem vai ou não estudar no último segmento do ensino básico.


Mas voltando às reprovações, devemos lembrar que elas retardam sonhos, objetivos e acarretam frustações, apesar de que seu objetivo inicial seria um grande reforço e um volta por cima, torna-se na verdade uma punição...que não necessariamente recupera ou renera algúem, mas encarcera em uma situação incômoda.

 

E você, já repetiu o ano? É frustrante?


As alternativas relacionadas a reprovação sempre devem ser debatidas, afinal, não é prazeroso para pais e professores estabelecer um diálogo com jovens de 16 anos em pleno 6º ano, junto a crianças que ali avançam a pré-adolescência.


Por isso este debate é precioso e válido...vale a pena reprovar de qualquer maneira? A punição regenera alguém?


Fica a reflexão e desta vez, sem avaliação ou reprovação alguma.






GIRO DE NOTÍCIAS



Cursos técnicos e de pós-graduação gratuitos em SC estão com inscrições abertas



O IFSC (Instituto Federal de Santa Catarina) está com inscrições abertas para cursos técnicos e de especialização em várias em áreas em todo o Estado.


Os cursos podem ter duração de 3 a 4 anos, ao final dos quais o aluno recebe o diploma de técnico de nível médio. As inscrições, sem taxas, estão abertas até 16 de dezembro. A seleção das vagas é realizada por meio de Sorteio Público.


Os locais dos cursos são nos campi de Araranguá, Caçador, Canoinhas, Criciúma, Garopaba, Gaspar, Jaraguá do Sul (Centro e RAU), Joinville, Palhoça Bilíngue, São Carlos, São Lourenço do Oeste, São Miguel do Oeste, Urupema e Xanxerê.


São quatro cursos de pós-graduação Lato Sensu gratuitos, oferecidos pelo IFSC com ingresso no primeiro semestre de 2021. Os cursos têm inscrições totalmente gratuitas abertas até 30 de novembro.








Bolsa Estudante de R$ 6 mil em SC está pronto e será encaminhado à Alesc



O Grupo Gestor do governo de SC aprovou, nesta segunda-feira (22), o projeto para a criação do Bolsa Estudante para alunos do ensino médio e do programa Educação de Jovens e Adultos (EJA). Em setembro, a coluna antecipou a ideia, já com vários detalhes. Agora o texto está pronto, aprovado e será encaminhado para a Assembleia Legislativa assim que tramitar pela Casa Civil.


O Bolsa Estudante de SC será concedido para alunos do ensino médio e do EJA com famílias inscritas no CadÚnico, programa social do governo federal. Eles receberão R$ 6,25 mil por ano, em parcelas mensais.


Além de matriculado na rede pública estadual de ensino e com família no CadÚnico, os alunos precisam de pelo menos 75% de frequência nas aulas. Um dos objetivos do programa é reduzir a evasão escolar no Estado.






Enem: SC tem menor índice de abstenção do Sul, mas bate recorde com quase 24% de faltantes



No primeiro dia de provas, realizado neste domingo (21), Santa Catarina registrou taxa de abstenção de 23,8% no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). Cerca de um candidato a cada quatro faltou. Apesar disso, a taxa caiu mais da metade se comparada ao ano anterior, quando 52,8% dos alunos não compareceram para realizar o exame.


Os dados ainda são preliminares e foram apresentados durante a coletiva de imprensa realizada pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira). Entre os Estados do Sul do Brasil, Santa Catarina teve o menor índice de abstenção. Os vizinhos Paraná e Rio Grande do Sul tiveram taxas de abstenção de 25% e 24,2%, respectivamente.



sábado, 20 de novembro de 2021

Dissertar é preciso!

 No auge de extremas polêmicas envolvendo exames para admissão de professores na rede estadual, tivemos a troca da empresa que lidera o certame, agora a desconhecida - Para nós catarinenses, Selecon, abandonou o barco, alegando que seu contrato previa uma gama de até 45 mil inscritos, sendo que a realidade se mostrou diferente, afinal, 70 mil  inscritos vão estar nos bancos prestando tal prova.


A prova terá exigências antes nunca feitas, como uma dissertação, que misteriosamente foi reduzida, explico leitor, é que na realidade seu tamanho mínimo previsto era de 20 linhas, agora ficamos com um pequeno "texto", já que a redação terá no máximo as 20 linhas, sendo seu mínimo 10, o que soa até um pouco absurdo aos mestres da língua portuguesa…


Na última edição do Educação em Ação estivemos à frente deste debate; novidades do edital, troca de banca, vinda da Acafe e, por fim, a polêmica envolvendo a minúscula dissertação, mas afinal, será um processo fidedigno? Reduzir a dissertação é o caminho para que resultados sejam divulgados mais cedo?


Dissertar é preciso?


É sim, até para que tenhamos parâmetros mais alinhados quando desejamos qualidade, não obstante disso, aulas provavelmente não faltarão, o que range os dentes é escrever, ser julgado...o desespero de alguns profissionais aflige muito, será que não se propõe, de maneira nenhuma, estudar, se reciclar ou trabalhar gêneros textuais em sala? As avaliações, sempre são objetivas?


São questões que o tempo, e o certame idealizado pela a Acafe vai responder, afinal, fica evidente que a valorização por parte do governo, com reconhecimento a categoria (pelo menos a faixa ingressante) tornou este exame uma verdadeira disputa do conhecimento, e provavelmente, vencerá o mais preparado, mas no fundo, quem sairá beneficiado de verdade são os alunos, que assim terão professores cada vez mais preparados, valorizados e buscando o melhor para seus pupilos.


Por isso, afirmamos aqui em nossa coluna e nas tardes de sábado..


Dissertar é preciso!


Os cancelamentos educacionais e a vida no magistério…

Para quem esperava seletivos e concursos concorridos em nossa região…vai ter que aguardar!


Foram alguns cancelamentos! Os dois primeiros certames cancelados foram referentes ao município de Criciúma, cujo nicho é, em sua maioria, pedagogos. O primeiro foi o processo seletivo de caráter temporário, posteriormente a isso, o concurso público, cujo caminho da efetivação é pavimentado; sonho de muitos servidores, inclusive.


Estes cancelamentos são de ordem judicial, pelo CREF, Conselho Regional de Educação Física, o que gerou polêmica entre o professorado da área, que julga improcedente essa exigência de filiação ao Conselho, já que suas atividades não se referem a atuação profissional de um bacharel…gerando profundo debate sobre a utilidade de tal Conselho aos licenciados.


Do outro lado, com mais candidatos e ainda mais polêmicas presenciamos outro grande golpe no magistério, o cancelamento dos serviços da Selecon, empresa fluminense cuja missão era sistematizar, conduzir e aplicar o seletivo no estado de Santa Catarina, cujo recorde de inscrições acabou ocorrendo…


E foi isso mesmo que derrubou o instituto, vide sua incapacidade de gerenciar tamanha demanda, primordialmente pelo fato de estar com estrutura para no máximo 45 mil candidatos, o certame passou facilmente das 70 mil inscrições. Diante da falta de flexibilidade de ambos, instituto e governo catarinense, ficamos sem o certame, pelo menos por agora...adiado para dezembro.


Mas como isso impacta na vida docente? Explico!


Trata-se de uma etapa que qualifica o professor a escolher escolas mais próximas ou que já tenha algum tipo de laço, facilitando o trabalho a ser desenvolvido!


Além disso, poderá valer, de fato, o posto de trabalho! Como apontamos em outra coluna "Rufem os tambores", é necessário que haja humanidade nestes tempos, afinal, muitas pessoas, de distintos níveis de saúde ou possibilidade de dedicação participam destes exames e concursos, e não é fácil ficar decepcionado com colocações não favoráveis.


Por isso professor, se tem um lado positivo neste prisma de final de ano letivo, leve em consideração que seu tempo de estudos aumentou, e a dedicação para galgar melhores escolas ou maior carga de trabalho, está aí!


Uma imensa sorte para todos nós, principalmente àqueles que amam estar em sala!



sábado, 30 de outubro de 2021

O ENEM vem aí...

O ENEM vem aí…

São dois domingos de pura tensão, afinal, o futuro de adolescentes, jovens e adultos se deposita em um grande exame, o Exame Nacional do Ensino Médio…


Ele nasce com outra finalidade, como um indicador de qualidade de nosso ensino, vide que em meados de 1998 o primeiro exame reuniu apenas milhares de alunos! 


Sim, o ENEM já foi pequeno um dia…


Mas hoje ele é gigantesco, aceito em outros países, em federais, estaduais e universidades privadas...é obrigatório flertar com o exame, que também sempre se mostra como fio de esperança para a conquista em uma universalidade de qualidade.


O ENEM é fundamental ao Prouni - Programa Universidade para todos, já que por meio de sua nota, o estudante pode pleitear vagas em instituições privadas por meio de bolsas parciais ou integrais...aliás, este programa foi elementar para a consolidação do acesso à Universidade no Brasil, já que oportunizou estudantes a chegarem a passos mais largos em seus sonhos.


Dias 21 e 28 de novembro estudantes entram em salas visando responder questões de Ciências Humanas, Natureza, Matemática e Linguagens...além da temida redação…


Os murmúrios já iniciaram...qual será o tema deste ano?


Professores, escolas e alunos buscam sempre a melhor preparação, mas o ENEM mudou...não é o mesmo de 1998...são dois períodos de prova, 180 questões e uma produção surpreendente  om tema sempre bem elaborados…


E você, vai encarar?

sábado, 23 de outubro de 2021

Homeschooling é o caminho?

Meses atrás em mais uma edição do nosso Educação em Ação estávamos discutindo essa modalidade pouco conhecida por brasileiros, o Homeschooling, que consiste em contratar tutores ou professores para que o aluno tenha seu processo formativo em casa, sem a socialização comum que acontece nas escolas.


Lembrando que este papel também poderá ser desenvolvido por pais ou responsáveis capazes de ministrar, didaticamente se possível, todos os conteúdos e objetos de aprendizagem exigidos por cada ano escolar.


O fato é, que no centro desta polêmica estão educadores, base governista, progressistas educacionais, e por fim, associações de pais que preferem manter seus filhos como alunos também.


Mas quem está certo? Se é que podemos começar o debate tentando entender o porquê de tamanhas polêmicas…


A modalidade Homeschooling ou estudo domiciliar é bastante popular nos Estados Unidos, quase que uma tradição existir, em todas as famílias, casos de primos que cursam toda fase elementar e inicial de seus estudos em casa, sem contatos diretos com aglomerações ou atividades escolares conjuntas…


Mas sabemos que países desenvolvidos e nortistas como os Estados Unidos, Japão, Coreia do Sul e Canadá comportam tamanha modalidade, o analfabetismo e outros problemas de escolaridade foram quase que erradicados nas últimas décadas.


Mas é o Brasil? Onde ele se coloca?


Assistindo este fervoroso duelo está o MEC, que até hoje parece não ter um líder de fato, apenas um grande líder provisório...o MEC para estar posicionado ao lado óbvio, negando que estudantes sigam esta modalidade acaso realmente não necessitem (afastamentos de saúde, por exemplo).


A maior parte dos especialistas educacionais acreditam que a escola é um local formativo essencial para a formação humana, e uma dispensa de um local em que muito se aprende com a convivência, é um tiro no pé.


No Brasil temos aproximadamente 18 mil alunos na modalidade, essencial para este debate é lembrarmos que apenas o Distrito Federal possui uma regulamentação para o funcionamento desta modalidade.


Lembrando que apesar de casos isolados, como de outras cidades, para além dos Distrito Federal, é expressamente proibido o funcionamento do Homeschooling, pois se configura como uma modalidade de ensino, e isso é papel do Estado brasileiro.


Mas afinal, quem ganha com isso?


Apesar da escola balizar tudo, incluindo exigir conteúdos e cobrar avaliações e exames constantes, famílias se organizam para oferecer esta modalidade, principalmente com associações crescendo! O número de estudantes abonados cresce, enquanto a escola tende a parecer o reduto da formação de trabalhadores…


O Homeschooling mostra os níveis de desigualdade altos de nossa nação, em que pais podem pagar tutores específicos em suas casas, contrariando uma maioria pobre, que infelizmente, depende de tudo que a escola pode oferecer…


Amizades, ensinamentos, sabedoria e principalmente, Ciência...itens capazes de fazer qualquer indivíduo romper o estamento e ascender socialmente!


Viva a escola!

sábado, 16 de outubro de 2021

O dia do professor - O ser que professa

Em um longínquo dia 15 de outubro de 1827 D. Pedro I emitiu uma lei sobre o ensino elementar, e a partir dela, no ano de 1963 o então presidente João Goulart, vulgo "Jango", criou o dia do professor.


A data internacional é dia 05 de outubro, mas tudo bem, a lei sobre o ensino elementar foi fundamental para nossos primeiros passos no que tange a educação, inclusive estabelecendo objetos de estudos, locais das escolas e salários dos professores.


Atualmente a educação dá passos firmes para novas transformações, aliás, pode-se afirmar que Raul Seixas está certo, a educação é uma metamorfose ambulante, sempre deve ser renovada, discutida, e de maneira invariável, lutar por valores como igualdade, equidade e fraternidade.


E os professores, como ficam nestas transformações?


Como sempre respondo aos meus alunos, todos profissionais devem continuar estudando, se especializando e buscando inovar em suas atividades. Mas o caso dos professores é atípico, pois devemos ter na ponta da língua conteúdos e metodologias bem arquitetadas em nossas "cacholas". Não é fácil estar sempre animado e com várias cartas na manga...até Mister M já cansou de ter truques…


Ao professor resta estudar, e muito por sinal! Um professor nunca termina sua trajetória como aluno, tampouco como aprendiz...ao professor resigna-se o papel de trabalhar conteúdos, transformá-los em objetos de aprendizagem cotidianos, interessantes e instigantes!


Dar-se-á ao professor a missão de professar, ou seja, de discutir e proliferar a ciência, não somente reproduzir, mas sim produzir conhecimento.


Os desafios do magistério são enormes, as decepções e angústias também, contudo o prazer do chamado "chão de sala de aula" é muito maior...ao professor auleiro, não se preocupe, seus alunos te amam, valorizam muito sua atividade, sabem que profissionais como você são elementares para o funcionamento da sociedade...não se preocupe ou compare a alguém que trilha caminhos universitários, porque é na base que tudo acontece!


Tenha orgulho, professor! Você professa, você constrói!


A todos os professores, fé! Muita fé! São de vocês que partem as mais raras e preciosas joias de nossa nação! 


São os votos do Educação em Ação, um humilde programa, que nasce com a missão de fortalecer ainda mais os laços educacionais entre estudantes e professores.


domingo, 10 de outubro de 2021

O centenário do incompreendido Paulo Freire

Paulo Freire é o terceiro educador mais buscado em mecanismos de pesquisas a nível global, é notadamente uma grande referência quando mencionamos a palavra mágica"Educação".

Freire reluz inclusão, principalmente inclusão por meio de uma educação que valoriza os conhecimentos acumulados durante a vida de um trabalhador, de um operário, como milhões em nosso país.

Mas Paulo Freire é em demasia associado a questões políticas, se tornando símbolo de algo que simplesmente nunca fez parte de fato...deixemos a ignorância de lado, ele jamais foi inimigo de quaisquer grupos políticos, mas sim foi perseguido por implementar métodos que alfabetizaram pessoas em extrema pobreza, os marginais sociais.

Lembrar-se-á que estes são aqueles indivíduos ocultos da sociedade, excluídos por não possuírem o mínimo, que neste caso é a alfabetização…

O centenário de Freire é símbolo de nosso fracasso educacional? 

Não, justamente o contrário! Seu método de fato nunca foi aplicado em ampla maioria das comunidades onde prevalecia o analfabetismo, Freire é, e segue sendo, alguém injustiçado pelo destilar de informações básicas e desconexas de pessoas que sequer leram um preâmbulo de seus livros…

O centenário de Freire é um recado de que não somente ele, mas outros tantos pensadores brasileiros, podem ajudar nossa nação na construção de um projeto para o desenvolvimento da educação em nosso país! É fundamental alicerçarmos nossas esperanças em um futuro melhor...em que o analfabetismo seja erradicado e a escola um espaço formativo de construção de cidadãos críticos, dispostos a (re) construir um país melhor!

Como disse o mestre: 

“Educador e educandos se arquivam na medida em que, nesta distorcida visão da educação, não há criatividade, não há transformação, não há saber. Só existe saber na invenção, na reinvenção, na busca inquieta, impaciente, permanente, que os homens fazem no mundo, com o mundo e com os outros.”

Novo Ensino Médio: Avançar ou retroceder.

Em 2022 teremos novidades para os estudantes que avançam ao Ensino Médio, um modelo novo, repleto de desafios…

Educadores, gestores e estudantes vivem momentos de euforia e angústia, já que toda grande ruptura gera descontentamento para uns e alegria extrema a outras.

Mas afinal, o que muda?

O Educação em Ação faz questão de esclarecer!

Em um primeiro momento, o estudante frequentará por mais tempo sua escola...ao invés das tradicionais 25 aulas com 12 disciplinas, passamos a ter 31 aulas, com mais componentes curriculares e trilhas de aprofundamento...é fato que este modelo é o que vigorará em nossa região, podendo ser oferecido com um contra turno ou um turno único possuindo mais aulas.

Mas afinal, e o Ensino noturno?

Este é o grande "galho", pois teremos mais aulas, porém não há como combater os relógios, portanto...teremos quatro anos de Ensino Médio, uma reprovação poderia acarretar um atraso colossal!

Portanto; pai e mãe, ajude seu filho e o guie pelo melhor caminho! O novo Ensino Médio é repleto de meandros e ainda se encontra sob uma grande névoa, com isso é importante estarmos cientes de nossas escolhas!

Flexibilizar e preciso? Sim! Reformar e necessário? Sim!

E todas as mudanças acarretam descontentamentos, é necessário que maturidade e tempo façam parte deste processo. Professores, gestores e estudantes...todos são partes integrantes deste processo, e são elementares! 

Mas os desafios são enormes, e você caro leitor, vai acompanhar tudo isso pelas colunas do Educação em Ação e também por meio de nossos programas!

Grandes decisões estão por vir…


Setembro amarelo e o papel das escolas

Mike Emme deixou um legado…

Para poucas pessoas é familiar a história deste jovem que tirou sua própria vida aos 17 anos de idade, chocando amigos e familiares...mas o legado existiu!

O setembro amarelo, de Mike e tantos outros, não pode pode passar batido nas escolas! Setembro é um mês de combate aos grandes desafios que envolvem a defesa pela vida.

Mas para compreendermos a importância deste mês, antes de tudo, devemos entender que há vidas e mais vidas…

Dificuldades, percalços e desafios são ilustrados por estudantes em nossas escolas, e muitas vezes independem de questões físicas, sociais ou econômicas...mas sim emocionais!

Como trabalhamos o lado emocional de nossos jovens? A estrutura do lar de cada um deles favorece o desenvolvimento pessoal e a estabilidade emocional?

O mundo não é um mar de rosas…

Jovens, principalmente no ensino médio, lidam com diferentes pressões, decisões e precisam ser cada vez mais precoces. Muitas vezes são objetificados por pais que espelham suas frustrações e objetivos em seres que ainda estão em plena formação…

É vestibular aos 17, ENEM em seguida, mercado de trabalho, relacionamentos e por fim, mais decisões…

Nesta turbilhão o peso da experiência é fundamental...muitos jovens pedem socorro pelo olhar, por sinais quase indetectáveis. 

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o suicídio é o único fator de mortalidade que não teve redução no número de casos nos últimos 50 anos. "Precisou vir uma pandemia para que esse tema passasse para o primeiro plano”. 

O CVV hoje é uma luz no fim de qualquer túnel, disque 188 e converse com voluntários.

Lembre-se, neste Setembro amarelo, valorize a vida! Valorize o coleguismo, e principalmente a empatia. Somente o dono da casa sabe apontar onde existem goteiras...ainda bem que hoje podemos tentar consertar cada uma delas juntos!

Valorize a vida!


Rufem os tambores....

Chegamos a mais um mês de setembro, etapa conhecida pelos educadores como a época dos “Editais”...

Sim, caro leitor! Professores anualmente ou no máximo bienalmente passam por provas e exames de admissão, e porventura, os melhores vencem! Sei que não devemos tratar a educação como uma competição, ou como uma disputa similar a páreos com apostadores afoitos sedentos pelo primeiro prêmio…

Neste caso, para o magistério, o primeiro prêmio é dormir tranquilamente por mais um tempo trabalhando, ou seja, essas provas definem os rumos de muitas famílias! 

A concorrência está grande, cada vez maior! Em nossa região postos de trabalho na educação são almejados como um valioso copo d'água em um dia ensolarado do Atacama!

Mas, como bons lutadores, sabemos que esta etapa não somente seleciona, mas também gera nosso “ganha pão”...ou seja, ninguém trabalha por amor, necessitamos urgentemente de valorização, não somente financeira, mas de respeito às condições mínimas de trabalho!

Devo alertá-lo! Há inúmeras formas de se estudar gratuitamente, então colega professor, muito cuidado! Cursos mirabolantes prometem aprovações, bons lugares, mas fique atento! Cada vez mais pessoas estão mais conectadas a boas maneiras de estudos e práticas! Então, mãos à massa!

Mas você, querido leitor? Faz parte do páreo? Ou apenas vai ser espectador deste espetacular (ou nem tanto) processo de seleção e classificação de docentes? Torcer, vibrar? Vale tudo...mas o que desejamos é…

Educação a todos, e com qualidade, valorização e sem a falta de docentes em nenhuma sala de aula!

Os desafios da escola no século XXI

Nesta segunda coluna do Educação em Ação se faz necessário um diálogo elementar...o futuro da educação!
Para onde vão as escolas? Como elas serão ao longo deste século XXI?

São desafios, incertezas e com certeza, muita busca! Mas caro leitor, fazê-lo-ei refletir sobre a origem desta instituição milenar.

A Educação apresenta seus primeiros passos junto a Grécia Antiga, principalmente por Platão e outros filósofos/pensadores que capacitavam pessoas nas mais diferentes poleis
gregas…

Mas a escola que conhecemos, enquanto instituição seriada e dedicada a aprendizagem é mais jovem, provém do Século XII. Mesmo que apresente uma linda história, repleta de rupturas inclusive, a escola tem se modernizado pouco ao longo dos últimos séculos.

A ideia de disciplinas com caixinhas de aprendizagem e conteúdos são,por vezes, pouco utilizados ou materializados para crianças e adolescentes, apresentando assim uma face entediante, comum e pobres em muitos segmentos da escola…
A dúvida é...para onde vão as escolas? Sairemos deste modelo oriundo do século XIX? 

Ou ainda vamos patinar e abominar novidades? A culpa é sua, estudante? Nossa, docentes? Ou realmente de todo um contexto social e econômico que insiste que devemos ficar inertes, com uma escola que funciona a parte,
que preconiza uma ideia de recebermos repasses científicos mas não trabalharmos com eles…

No Brasil, teremos um Novo Ensino Médio; Angústias, desafios, evasão e muita pauta ainda estarão presentes no Educação em Ação!

Mas a pergunta é...Para onde vai a Educação do século XXI?

São 50 edições…

A educação é fundamental a qualquer ser humano, e na escola, espaço formativo que se constroem às primeiras lições...mas será que podemos resumir educação a escola?

A resposta é um categórico não! Com isso a mais de um ano atrás pensamos em levar novidades, informações e convidados qualificados durante as tardes de sábado.

Por que não ousar? Em mais de um ano cativado nossa audiência e produzimos 50
edições...exploramos talentos, estudantes, universidades e vários profissionais qualificados!

"O Educação em ação está no ar!" Sempre com o compromisso de informar e estabelecer laços mais afetivos entre educação e ouvintes...que são pais, estudantes e antes de tudo,
cidadãos.

Nem Jorge, nem Lucas; O Educação em Ação pertence ao mundo! Chegamos a
frequências vizinhas a Cocal do Sul, mas antes de tudo, invadimos a Internet…por lá
compartilhamos angústias, desafios e transformações educacionais, e não vamos parar por aí!

Aguarde, outras 50, 100 ou 200 edições ainda vão ocorrer, sempre naquele horário...na aconchegante 14h, no sinal mais charmoso desta cidade...87,9 FM…
E soando o sino na igreja matriz podemos ouvir, seja no rádio ou Internet…

"O Educação em Ação está no ar"...

quinta-feira, 4 de outubro de 2018

Eleições em Santa Catarina: Um cenário dramático.

O estado de Santa Catarina é dominado por oligarquias partidárias a pelo menos 50 anos e nos últimos quatro certames, assistimos atônitos sucessivas derrotas de postulantes que ousaram desafiar gigantes conchavos de partidos tradicionais em nossa terra barriga-verde. Atualmente, sob a tutela do MDB, mesmo que por pouco tempo, temos quase duas décadas de revezamento entre o referido partido e o PSD, o último liderado pelo ex-governador, hoje proponente ao senado, Raimundo Colombo.

A disputa se dá entre os peixes-grandes, ou melhor, baleias! Desta vez, os monarcas estão no envolto do senado, parecem verdadeiros zangões ao redor de uma colmeia! Destaque para a presença marcante de nomes inconfundíveis  e dolorosos para os catarinenses...O interminável Esperidião Amin, o (des) governador  Raimundo Colombo e o exilado Paulo Bauer - Nem as convenções do PSDB acreditam mais no indivíduo em questão. Juntam-se a estes "robustos" nomes outras personalidades cansadas de nosso cenário político, tais como Ideli Salvatti e também Jorginho Mello - Uma possível renovação (Sarro puro).

Voltando ao governo, apostas e pesquisas apontam para um cenário de dualidade, novamente desvalorizando o papel do baixo clero partidário em Santa Catarina. Importante frisar que este baixo clero é formado por todos os partidos que não fazem ou nunca fizeram parte de grandes alianças estudais. O panorama é intragável, há grandes possibilidades de vivenciarmos um segundo turno entre Mauro Mariani e Merisio - Espero estar profundamente enganado, e estarei lá exercendo no meu sufrágio a materialização disso (Indo contra a manutenção do poder). Outros candidatos, com bagagem política ou não, como Décio Lima e Camasão são bombardeados por uma visão reducionista e reacionária. Constata-se que o "Antipetismo" atrelados a termos como "Esquerdismo", jargões pobres culturalmente, se materializaram em uma política pública do cidadão catarinense. Somos conservadores, talvez ultraconservadores.

A nível nacional se pede uma renovação, o proponente Bolsonaro, arraigando seu discurso no ódio ganha espaço e influencia diretamente o eleitor catarinense, que ao que parece, deseja qualquer sujeito para o governo, desde que não seja "Comunista", "Petista", "Esquerdopata", e todos os adjetivos que se tornaram fruto de um neologismo podre e pobre ao mesmo tempo. A proposta da reflexão é uma análise a nível estadual, contudo não se pode descartar o quão influente pode ser um postulante popular em um cenário menor. Comandante Moisés deixou claro!

 _ Em Santa Catarina eu sou Bolsonaro!
Merisio, querendo seu quinhão desferiu:
_Você deveria me agradecer, estou fazendo campanha para seu candidato, está com ciúmes?
Cômico,trágico...Uma antítese profunda...

Com um fundo de esperança, existe ainda uma luz no fim do túnel, uma oportunidade de se negar às origens catarinenses, aquela que nos remete a um feudo, com a manutenção do poder de grandes famílias...Não precisamos viajar a tempos remotos para percebermos o quão de potencial já foi desperdiçado nas mãos destes monarcas modernos.

No próximo domingo, esqueça do partido, do seu ódio velado, das frases-prontas e jargões encomendados, permita-se acreditar em um estados mais próspero, menos dependente de ações isoladas que apenas beneficiam diretamente algumas regiões! Lembre-se, o sul de Santa Catarina é pobre, e sempre foi desprezado ao longo destes últimos mandatos oligárquicos.
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A importância do voto regionalizado...consciente!

Vamos preencher a ALESC com 40 deputados, indivíduos que serão escolhidos para a construção de um estado que ofereça serviços qualificados e também capaz de se desenvolver, além deles, escolheremos 16 deputados federais e 2 "novos" senadores. Para o senado, impossível regionalizar o voto, temos uma representatividade quase nula...


Para a ALESC, regionalize seu voto, ou busque alternativas que se proponham a trabalhar por seu estado de fato! A mobilização para a renovação da ALESC é fadigada, estamos em um cenário de cobras criadas, portante pesquise muito o histórico de seu candidato ou postulante ao cargo. Ele já foi eleito? Pesquise quais foram seu propósito, analise sua conjuntura e comportamento mediante aos (des) governos anteriores.


No caso da câmara, atualmente temos três representantes aqui do sul entre os 16 escolhidos pelos catarinenses, leve em consideração o papel destes para a construção de um país mais pacífico e desenvolvido, bem como seu papel de legislador em prol de causas que envolvam ou incidam diretamente sobre o solo catarinense, exija também a renovação! Não podemos esperar que os tentáculos de candidatos já inebriados pelo poder se desfaçam como manteiga ao sol, temos de ter pulso firme e decidir nas urnas, cada cidadão tem seu poder incutido a poucos segundos frente a uma máquina, e serão quatro anos de colheita...


Para nos libertarmos, seguem  alguns versos de nosso belo hino...



"Quebram-se férreas cadeias
Rojam algemas no chão
Do povo nas epopeias
Fulge a luz da redenção"